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sábado, 31 de março de 2012

Cada vez que nos tocamos 2º temporada: Cap.18, 19 e 20


 Cap.18, 19 e 20

POV ROBERTA

   Durante o percurso até a delegacia, eu não falei um 'A', eu só pensava nele, se ele está bem. Logo que chegamos, eu desci e peguei Léo no colo, meu rosto estava coberto por lágrimas, senti todo o meu corpo se arrepiar quando senti o perfume de Diego na minha jaqueta. Abracei Leonardo mais forte e ouvi ele fungar, meu bebê também estava triste, parece até que ele sabe que seu pai não está bem. 


   Entramos numa sala estranha, mas eu nem liguei, afinal eu não estava mais ligando pra nada. Alice me abraçou de lado e eu sorri de lado, não consigo criar forças para seguir em frente, sem ele nada mais será igual. O delegado me trouxe um copo com água, eu bebi e me acalmei um pouco. Senti algo vibrando no meu bolso, restrito. Atendi e o delegado me olhou com uma cara de interrogação. Suspirei, pensando que fosse o meu Diego , mas era uma mulher.
XXX- Roberta Messi Maldonado? - perguntou.
- sim? - funguei alto
- Sou a enfermeira Janice, eu estou ligando do Hospital Regional de L.A, seu ... marido se encontra aqui, ele está ferido.
- O QUE? MEU DEUS, ME DIZ QUE ELE VAI FICAR BEM, POR FAVOR - senti mais lágrimas escorrerem por meu rosto.
- Ele levou um tiro no peito Roberta, é grave o caso dele, ele vai entrar na sala de cirurgia agora, peço que você venha para assinar uns papéis.. - essas palavras e cortaram ao meio.
- Eu estou indo aí agora mesmo, até mais. - Desliguei o celular aos prantos, meu Diego, a razão do meu viver, não pode ser...


   Contei o ocorrido para Alice, Pedro e o delegado. O policial disse que já tinham achado a 'bandida' que atirou em Diego, e que ela ja estava presa. Liguei para o meu advogado resolver as coisas. Saí com pressa para o hospital, precisava vê-lo nem que fosse pela última vez.

   Entrei no hospital com o coração querendo sair pela boca, fui até a recepção e a mesma enfermeira que me ligou, me atendeu, ela disse que Diego estava na cirúrgia, que logo ele sairia de lá. Preenchi as fichas dele e me sentei na sala de espera. Alice
 e Pedro levaram as crianças para comer no McDonalds, e eu fiquei ali, por quatro dias seguidos.

   Quinto Dia no Hospital:

   Eu mal dormi essa noite, passei ela em claro, rezando para que Diego saia dessa, ele não acordou até agora, faz 4 dias que eu não vejo meus filhos, os pais de Diego vieram até aqui, pra eu poder descansar um pouco, meus pais também. Amanda e Vitor estavam viajando junto com Carla e Tomás, Alice e Pedro estavam cuidando das crianças. Então, eu estava sozinha esperando por uma notícia.

   Fitei o teto tão olhado por mim nesse hospital, já estava cansada de ficar aqui, sem saber notícias do meu Diego .  Aproveitei que as enfermeiras estavam distraídas e fui até a UTI. Peguei uma roupinha daquelas de médico e coloquei-a junto com a máscara. Olhei pelas janelas de vidro e vi Diego deitado na cama, tão pálido, tão sem vida. Chorei. Chorei como nunca havia chorado antes. Abri a porta que dava para o seu quarto e fui correndo até ele, toquei em suas mãos geladas, me causando um arrepio por causa do frio. Me sinto tão errada perto dele, tão ... desconexa. Ignorei meus pensamentos fúteis e toquei em sua bochecha, também gelada. Passei a ponta dos meus dedos por seus cabelos castanhos, lindos. Tirei a máscara e lhe dei um selinho, não importa o que tenha acontecido, eu perdoo ele, por tudo. Puxei uma cadeira e me sentei próximo a ele.

- eu sinto tanto a sua falta.. você pode me ouvir?.. Eu acho que sim, rs. - Eu falava meio risonha , meio triste.

   Passei meus dedos por seu braço, com tantos músculos.. Me senti tão protegida perto dele, esses braços sempre me envolveram quando eu mais precisei, e agora quando eu preciso deles em minha volta, eles não estão. Me senti agoniada por não poder falar com ele, tão agoniada que me deu vontade de morrer. 

Ninguém pode mudar o meu caminho, meu caminho é ao lado dele, somente dele. Eu me sinto mal por tudo o que está acontecendo. Eu não estou bem, eu só vou ficar bem quando tudo voltar ao normal. Só preciso acreditar que Diego ficará bem. Sentei na berinha da cama dele, e peguei em suas mãos, chorei muito, muito. Cada lágrima que saía de meus olhos, caiam sobre as mãos do Dih, que estava sobre meu rosto, eu estava segurando sua mão, para me acariciar, eu só preciso disso agora. 

- por favor, acorda.. - dizia entre soluços

   Foi em vão, ele nem ao menos se mexeu. Senti meu rosto ficar quente, minha cabeça latejava, de tanto chorar. Aproximei meu rosto com o rosto do Diego, chorei. Agora minhas lágrimas caiam em seu rosto, limpei com meus polegares, as lágrimas que invadiam seu rosto pálido. Abracei ele e apoiei minha cabeça em seu pescoço, afundei meu rosto ali, distribui beijinhos em toda a sua extensão. Logo senti uma mão tocar minhas costas, me apertando junto ao corpo de Diego, olhei para seu rosto e ele estava com os olhos abertos, sorrindo.

- vo.. você ta bem? - mordi meu lábio
- eu estou, melhor agora aqui com você. - sorri quando ouvi isso.

 Cap.19

- eu vou chamar um méd.. - fui interrompida por seu lábio se juntando ao meu.

   Foram sensações que eu já tinha esquecido de como era bom sentir, parecia que meus lábios formigavam devido a força do beijo, minhas pernas estavam bambas, nem nos meus melhores sonhos isso acontecia, e só de pensar que isso era real, eu me sentia inteira novamente. Separei nossos lábios com muito custo, apenas para respirar.

- é tão bom te sentir de novo - eu sorri.
- digo o mesmo, você não sabe como foi angustiante sem você do meu lado, para me proteger, amar. - segurei em sua mão
- agora está tudo bem, tudo ficará bem, Roh.

   Quando ouvi o apelido que ele me chamava na época da escola, meu coração palpitou de um jeito diferente, parecia que iria sair pela boca.

- vou chamar um médico, não suportaria te ver partir .. novamente - a ultima palavra saiu como um sussurro.

   Senti as mãos quentes de Joe apertarem meu pulso, virei para ele e o vi sorrir. Dei as costas e fui até a porta, chamei um médico e ele logo veio ao quarto.

- Posso ajudar? - Medico
- Diego acordou! - sorri
- Sério?-   ele entrou no quarto,se aproximou da maca de Diego,e mediu sua temperatura - como está Sr.Maldonado?
- Bem. - sorri.
- sente dores?
- nas costas, somente.

   O médico olhou para Diego e sorriu.

- Muito bom rapaz, você se recuperou rápido, prometo que logo logo irá sair daqui, só precisa de um tempo de repouso - saiu do quarto.
- fico feliz em ouvir que você está bem Dih. - apertei a mão de Diego.
- Roh, você sabe que tudo o que aconteceu conosco, foram ameaças feitas a mim, não sabe?

   Fechei os olhos por um instante e senti uma brisa fria passar por meu rosto, olhei para a janela e pude notar uma tempestade se aproximando, voltei meu olhar para Diego e pude o ver sorrir.

- eu gosto de chuvas. -ele falou com seu sorriso torto que e enlouquece.
- eu sei, você sempre gostou *-* - passei as mãos no cabelo dele.
- Mas Roh, me responde, você sabe?
- Sim, o delegado me contou tudo, ele achou câmeras na casa da Megan, por sorte sua. - sorri.
- Você quase me matou do coração, pensei que ficaria de mal comigo para sempre.
- se eu fosse ficar, não teria te beijado, bobo. - selinho demorado.

   As vezes eu tinha dúvidas que o amor existia, mas agora.. eu tenho certeza de que ele existe. *-*

Cap.20


POV ROBERTA

   Passei a noite com Diego no hospital, o ajudei a tomar banho, Gabi e Léo vieram visitar seu pai e depois foram embora com Alice e Pedro. Arrumei a poltrona do lado da cama de Diego e observei sua respiração serena, ele estava dormindo como um anjinho. Sorri pra mim mesma, estava muito feliz dele estar bem. Senti uma brisa gelada vindo da janela, fui até ela e a fechei, olhei para a rua e puxei uma cadeira, me sentei á frente da janela e fiquei olhando as árvores balançando com o vento. Depois de uns minutos eu levantei, dei um beijinho na testa de Diego e o cobri com a manta. Deitei ao seu lado, não queria sentar na poltrona, queria ficar ao seu lado, ele sorriu e foi me aconchegando em seus braços, tirei meus sapatos e meus brincos, ficando apenas de vestido. Diego me abraçou e disse em meu ouvido:


- Seremos eu e você para sempre.



Sorri sincera e o fitei, seus olhos transbordavam felicidade e os meus não podiam estar diferentes, colei nossos lábios e observei Diego fechar os olhos, imediatamente fiz o mesmo.

   POV DIEGO

   Abri os olhos e fitei o teto, logo virei meu rosto e encarei Roberta, ela estava dormindo ainda. Tirei meus braços dela e fiz o máximo de forças para levantar, fiquei em pé e sorri satisfeito. Fui para o banheiro, tomei um banho e vesti minhas roupas, hoje eu iria sair daqui. Chamei uma enfermeira e pedi pra ela pegar um lanche natural na cantina do hospital e um suco de laranja. Logo ela bateu na porta, peguei as coisas e uma rosa que estava no vasinho do lado da cama, Roberta ainda dormia, suspirei vendo ela se mexer, coloquei a bandeija com as coisas ao seu lado e a dei um selinho, ela sorriu e abriu os olhos me encarando. 


Olhou para a bandeija ao seu lado e sorriu mais ainda, sentou na cama e me puxou junto, comemos tudo e depois o médico chegou falando pra fazer os ultimos exames, depois eu estava liberado. Juntei minhas coisas e saí junto com Roberta. Fomos para casa e ligamos para Alice e Pedro avisando para ligar aos outros. Pedro disse que ficaria com Gabi e Léo até amanhã.
   Desci as escadas e encontrei Roberta com um sorriso sapeca no rosto, arqueei uma sobrancelha (acho que escreve assim euri) e a olhei.


- o que ta aprotando Srta.Messi? - sorri.
- sabe aquela casa na árvore que tem nos fundos da nossa casa? Eu fui la esses dias, limpei tudo e levei um colchão pra lá, ta afim de passar a noite comigo lá?
- claro amor. - Peguei os nossos travesseiros e coloquei no carro, juntei comida, cobertor e frutas para levar.Roberta sorriu e fomos para lá.

   POV ROBERTA

   Chegamos lá e eu saí correndo na frente de Diego, queria ver se estava tudo pronto, subi a escadinha de madeira e entrei na casinha, estava tudo perfeitamente arrumado. Sorri e observei Dih jogando as coisas lá de baixo para mim segurar, peguei tudo e coloquei em seu devido lugar, ele olhou para a casinha arrumada e sorriu. Deitei na cama e ele se deitou ao meu lado, tirei minha roupa e fiquei de camisola, ele sorriu e ficou de calção. Fechamos a porta da casinha e olhamos para a pequena janela, uma tempestade estava se aproximando. Me encolhi nos braços de Diego por causa de uma brisa gelada que passou. Ele puxou a coberta e nos cobriu. Ouvi ele cantarolando algo, e logo prestei atenção na música.
- Eu preciso de você, baby, para aquecer as noites solitárias.
Eu te amo, baby, acredite em mim quando eu digo...
Oh, coisinha linda, não me deixe deprimido, eu imploro
Oh, coisinha linda, agora que eu te encontrei, fique
E me deixe te amar, baby, me deixe te amar...

   Senti meus olhos ficarem úmidos e uma lágrima solitária escorreu por meu rosto que estava sendo tomado por emoções completamente gostosas de se sentir. Diego percebeu e limpou a lágrima com o dedão. Sorri para ele e recebi um beijo na testa.

- não chore menina linda, não gosto de te ver triste. - sorriu
- não estou triste, eu só.. fiquei emocionada, eu te amo tanto. - selei nossos lábios
- eu também te amo, minha linda.

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