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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Amor Por Contrato


         
                37º e 38º Capitulo




- O que foi? Brigou com Micael? - ela disse sentando ao lado de Sophia e lhe abraçando com um braço. Ela meneou a cabeça – Então o que foi? Me diga, quero te ajudar.
Sophia não conseguiu falar. Tinha a garganta apertada e o único som que conseguia emitir, eram os soluços de choro.
Ao contrario de falar abriu a bolsa e mostrou para Lua uma caixinha onde em letras grandes e coloridas de azul e rosa indicavam: “Teste de Gravidez”
O queixo de Lua instintivamente foi para no chão.
- Você... - ela não conseguiu terminar a pergunta, apenas apontou para a caixinha
- Não sei. - a loira disse em pranto – Não tive coragem de fazê-lo sozinha.
Lua não tinha ideia do que falar. Ficou em silencio por alguns segundos que mais pareceram minutos, e quando viu que Sophia estava realmente desesperada e que precisa dela mais do que nunca, respirou fundo e tomou o controle da situação.
- Ótimo. Não vamos nos precipitar. A quantos meses esta atrasada?
- Apenas um.
- Isso não significa exatamente que esteja esperando um bebê.
- Eu me sinto diferente Lua! E a nos não me atraso no mês!
Lua esfregou as têmporas.
- Quem é o pai?
- Como quem é o pai! - a loira pareceu ofendida – Obvio que é Micael!
- Tudo bem, foi uma pergunta idiota, mas.. Por Deus Sophia não sei o que te dizer! Como vocês esqueceram de se proteger?
- Oh Dulce, vai dizer que se lembra da merda da camisinha quando esta prestes a ir as alturas com Arthur? - Lua corou com o comentário – Vai me dizer que sempre usaram camisinha!
- Nunca usamos camisinha. - ela disse um tom de voz mais alto – Eu tomo regularmente o anticoncepcional. Você não?
- Tenho milhares de coisas na cabeça... nunca me lembro de tomá-lo na hora certa! Não deve ter surtido efeito.
- Ou você esqueceu de tomá-lo. - Lua disse a opção mais provável
- Oh, o que acontece agora é que eu estou completamente perdida! O que eu vou fazer com uma criança?! Me diga, o que vou fazer com uma criança?! - ela voltou a chorar – Eu nem se quer sei o que Micael acha sobre filhos! Céus o que eu faço Lua?
- Sophia, não chore! - ela disse com os olhos igualmente marejados – Vamos pensar em algo. Estamos juntas nessa.
- Obrigado... - a loira disse ainda chorando
- Bom, você ainda não fez o teste certo? - ela assentiu – Então, a primeira coisa é fazê-lo.
- Trouxe mais cinco marcas diferentes. - ela disse secando as lagrimas e tirando as outras cinco caixinhas da bolsa – Se importa se também fizer um? Não quero fazê-lo sozinha.
Lua abriu a boca para dizer “Estupidez” mas voltou a fechá-la. Nunca virá a amiga tão transtornada.
- Tudo bem. Dê-me um. Eu faço e depois você faz.
Lua pegou uma caixinha e foi até o banheiro lendo as instruções.
Quando Lua voltou do banheiro, Sophia a esperava com a expressão que parecia ainda mais aflita.
- Sua vez. Você faz todos os cinco de uma só vez e depois vemos o resultado juntas.
- Tudo bem. - a loira assentiu parecendo de repente ficar mais confiante.
Antes da loira entrar no banheiro Lua a abraçou com força. Sophia sorriu sem jeito, entrou no banheiro e demorou alguns minutos até sair.
Quando saiu tinha cinco testes na mão e os entregou todos a Lua.
- Me diga você o resultado.
Lua pegou os testes e os colocou sobre a mesa de centro da sala de estar. Sentou-se no sofá ao lado de Sophia e ambas esperarem ferozmente que cinco minutos houvessem passado.
- É agora. - Lua disse se levantando – Quer que eu diga o seu ou o meu primeiro?
- Tanto faz. - a loira deu de ombros ainda bastante branca.
Lua pegou o dela primeiro.
- Tudo bem, todos são com os resultados iguais. Uma linha negativo duas linhas positivo. - pegou o que ela havia feito e mostrou para Sophia – Negativo.
Sophia assentiu com a cabeça e começou a esfregar as mãos uma na outra.
Lua pegou o primeiro que Sophia havia feito e por sua expressão o resultado já estava evidente.
- Positivo Soph. - ela esticou o teste para a amiga que pegou-o na mão.
- Oh meu Deus. - ela sussurrou voltando a chorar, enquanto olhava as duas linhas destacadas – Os outros... - ela disse parecendo esperançosa - … estão diferentes?
- Estão todos iguais Sophia. - Lua abriu um pequeno sorriso enquanto os olhos começavam a transbordar - Você vai ser mãe.
Sophia levantou parecendo perturbada e pegou os outros testes, comparando-os. Todos com duas linhas… Todos positivos…
- Estou perdida... - ela começou a repetir sem parar
Em um ataque de ira jogou os testes no chão, fazendo Lua se assustar. Apenas um teste havia ficado sobre a pequena mesa de centro, e ela o pegou e correu até a cozinha, jogando-o com raiva dentro da lixeira. Desnorteada, voltou com a intenção que dar o mesmo fim aos outros, mas quando chegou na sala Lua lhe abraçou e tentou acalmá-la:
- Acalme-se Soph. Isso não vai lhe fazer bem.
- Que se dane! - a loira gritou – Estou perdida … Como vou dizer a Micael isso? Um bebê! Céus um bebê... ele não vai querer um bebê.
Lua sentiu um calafrio na coluna. Sophia não podia falar sério. Não mesmo. Respirando fundo e criando coragem para perguntar ela falou:
- Mais você o quer, não quer? Você quer um bebê não é Soph? - Lua disse contendo o próprio choro
- E-e-eu não sei. Estou confusa. - ela disse sentando no sofá. Lua sentou ao seu lado, sentindo as próprias pernas tremerem.
Sophia realmente não podia, não podia por momento algum pensar em interromper a vida de um ser humano.
- soph você não esta pensando em … em... - a palavra se recusou a sair da garganta de Lua, mas ela tinha certeza que Sophia havia compreendido...
O par de olhos azuis se arregalou e a loira pulou do sofá com a expressão assustada:
- A que estima me tem Lua? Claro que não! Nunca faria isso!

Lua suspirou aliviada, e sorriu:
- Eu sei, desculpe. É que você me assustou...
- Eu estou assustada! - a loira disse desabando novamente no sofá – O que eu faço Lua?
- A primeira coisa é falar com Micael.
- Não posso fazê-lo. Não suportarei se ele me lançar aquele olhar de repreensão que os advogados tem. Oh, ele tinha que ser advogado? - Lua se obrigou a rir – Não ria de mim. Estou por um fio de perder o controle.
O silencio caiu sobre ela, permitindo que ambas organizassem os pensamentos. De repente Sophia disse séria.
- Prometa que por enquanto isso fica entre nós Lua. Não quero que conte para Arthur. Pelo menos ainda não.
- Porque? - Lua disse com o tom de voz mais grave que o habitual. Por algum motivo a falta de confiança que Sophia demonstrou por Arthur a deixou irritada.
- Quero um tempo para preparar Micael para a notícia. Se você contar pro Arthur, temo que ele de com a língua nos dentes. Você pode fazer isso por mim?
Lua suspirou e pensou por longos segundos. Sophia tinha o direito de querer esconder isso por uns dias.
- Quando você pretende contar pro Micael?
- O mais rápido possível. - ela disse mirando o chão
- Quer que eu converse com ele? - ela se propôs como qualquer boa amiga faria
- Não. Obrigado mas não. É algo que diz respeito a mim, a ele e ao … nosso filho.
- Ou filha. - Lua disse de imediato.
Sophia gemeu e deitou a cabeça no colo de Lua, como sempre faziam quando uma estava carente. Lua iniciou o cafuné e disse divertida:
- Nossa, estou fazendo cafuné em duas pessoas ao mesmo tempo... e só com uma mão. É tão estranho.
Lua finalmente conseguiu o que queria desde que a amiga havia batido em sua porta. Sophia gargalhou e secou os olhos.. desta vez não porque estava chorando, e sim porque derramara lagrima de tanto rir.
- Você vai ver que vai dar tudo certo. - Lua disse lhe beijando a cabeleira loira – Eu vou estar aqui com você o tempo todo. Sei que agora você esta com um pouco de medo, e céus eu também estou, mas não precisa se preocupar. Nós, juntas vamos tirar de letra, independente do que aconteça daqui pra frente. Combinado irmã?
- Combinado. - Sophia disse sentindo-se de repente mais confiante
- E pode apostar que se precisar passar noites em claro porque o bebê não para de chorar, ou porque o bebê não quer dormir sozinho, ou quando ele chorar porque quer ser trocado, ou quando ele chorar porque quer mamadeira, ou quando ele chorar … - A loira lhe interrompeu
- Eu entendi Lua! - Ela disse divertida
O olhar de Lua se iluminou; 
– Já imaginou uma bebezinho me chamando de tia Lua?
- De Dinda Luh. - Sophia a corrigiu e a olhou nos olhos – A menos que você ache que Arthur não vai aceitar. Você acha que Arthur vai aceitar ser o padrinho?
O coração de Lua bateu mais forte, e ela preferiu brincar do que falar realmente sério:


- Acho bom mesmo. Mataria você se não me chama-se para ser a madrinha do seu primeiro filho. - Sophia riu novamente.
- Será que ele ou ela, vai ter olhos azuis? - a loira parecia sonhadora com um grande sorriso nos olhos – Eu gostaria de tivesse os cabelos de Mica... e o sorriso de Micael. Por mim poderia ser a caricatura de Micael.
Lua riu e continuou acariciando o cabelo de Sophia:
- Tenho certeza que será uma criança linda Sophia.
- Eu também Lua.
A semana seria difícil para todos.

Lua chegou a esta conclusão na manhã seguinte quando levantou sentindo as pernas pesadas e doloridas.
Já fazia dois dias que haviam descoberto sobre a gravidez de Sophia, e a loira ainda não tinha tido o momento certo para dar a noticia a Micael.
Lua escovou os dentes e penteou os cabelos, cogitando a possibilidade de mudar de visual... já estava cansada de ser sempre a mesma. Amarrou bem o roupão em volta da cintura, por cima da calça de abrigo e da blusa branca de algodão.
Naquela manhã fazia frio, e o vento não estava nada agradável.
Desceu as escadas bocejando e um grito morreu em sua garganta quando viu Arthur de pé na cozinha. Tinha o cabelo totalmente bagunçado, e o roupão não estava bem amarrado. Seria uma imagem extremamente sexy e provocativa, se Lua não houvesse reparado no nariz e nos olhos vermelhos, e nas olheiras que denunciavam a noite mal dormida.
- Bom dia. - ela disse com a voz mais rouca que o normal por ter acabado de acordar – Caiu da cama?
Ele não sorriu. Mal sinal.
O dia de Lua realmente não havia começado bem... ou melhor nem se quer havia começado a julgar que o seu dia começava apenas depois de ver o sorriso de Arthur.
- Café? - ele ofereceu indicando a térmica em cima da pia
- Sim. - ela disse estreitando os olhos e o analisando – Esta tudo bem?
- Porque não estaria? - o tom da sua voz soou frio
- Não sei.. - ela disse tomando o primeiro gole de café – Você parece abatido. Triste.
- Eu apenas não dormi bem esta noite. - ele deu de ombros sem encará-la
- Você sente-se doente? Porque não dormiu?
- Não creio que esteja doente. Apenas não consegui dormir.
O silencio que se seguiu tirou uma boa parte da paciência dela e quando ela estava prestes a gritar ele falou:
- Vou subir. Não precisa se preocupar com o meu almoço.
Lua arregalou os olhos:
- Você vai passar a tarde aqui? Não vai trabalhar ? Digo, não vai para a empresa? - ela se sentiu estúpida por parecer tão perturbada com a ideia dele ali o dia todo.
- Não. Hoje não. - ele disse já no alto da escada, e logo o barulho da pesada porta do quarto dele foi ouvido.
Lua piscou uma, duas, três vezes, e continuou atordoada.
Arthur nunca faltava ao serviço... podia té se atrasar mais faltar nunca!
Ele estava estranho naquela manhã e disso ela tinha certeza. Estaria ele doente e tivesse mentido? Mas Arthur era forte como um touro...
A curiosidade de Lua impediu que ela continua-se ali parada no meio da cozinha. Respirou fundo enchendo os pulmões de ar e largou a xícara em cima da mesa, começando a subir as escadas decidida a desvendar o terrível mistério que rondava seu marido.
Sendo levada por uma onde de adrenalina e coragem ela abriu a grande porta do quarto de Arthur sem bater, porem nem toda a coragem do mundo poderia deixar seu coração imune e preparado para aquela cena.
- Arthur... - ela disse com a tão doce que até ela mesma estranhou.
Ele virou-se pra ela percebendo só agora sua presença. Não escondeu o rosto. Era Lua que estava na porta o olhando com aqueles grandes olhos brilhantes... Não tinha o que temer.

- Você esta chorando? - ela perguntou sentindo-se idiota dois segundos depois.
Ele secou o rosto e respirou fundo.
Ela não pode mais aguentar, terminou com a distancia que existia entre eles sentou-se na cama e o abraçou. Ele não a afastou como ela previa, apenas deixou-se ser abraçado.
- O que houve? - ela perguntou de novo – Fale comigo Arthur, por favor.
O quarto ficou em completo silencio até ele indicar com a cabeça o porta-retratos ao lado da cama em cima do criado mudo.
- São seus pais? - ela perguntou analisando o casal da foto. Ele apenas assentiu. 
Ela não falou nada... estava emocionada de mais para isso.
- Hoje esta completando mais um longo anos sem eles. - ele disse com a voz baixa.
O olhar de ambos se encontrou e ela por algum motivo, sentiu como se algo fosse conectado, e graças a essa conexão pode interpretar a dor contida nos olhos vermelhos dele. Aquilo a emudeceu, e ela sentiu os olhos marejando. Querendo ou não, ela sabia a dor que Arthur estava sentindo.
- Pode parecer idiota, - ele disse com um sorriso fraco - mas nenhum homem é forte o suficiente quando se trata da saudade de alguém que ele ama em condicional. Sinto falto de uma família...
Lua surpreendeu-se quando uma vontade insana de chacoalhar os ombros do homem a sua frente e gritar que ela era sua esposa e que era sua família
a preencheu. Mas não o fez, apenas o abraçou com força.
- Você sabe que pode contar comigo.
Ele retribuiu o abraço sentindo o cheiro doce dos cabelos soltos dela.
- Eu sei. - ele disse parecendo mais controlado.
Ela não soube dizer ao certo em que exato momento o abraço deixou de ser reconfortante e tornou-se sensual, mas soube quando Arthur ainda lhe abraçando sussurrou seu nome:
- Lua...
- Arthur …
Ele beijou-lhe o nódulo da orelha, e trilhou um caminho de beijos até a boca dela. Os lábios macios de Lua se abriram pedindo uma caricia mais ousada, e ele atendeu invadindo sua boca com a língua.
Ela sentiu-se derreter... já fazia tanto tempo!
As mãos apressadas de Arthur se detiveram em seus seios e ela gemeu entre o beijo.
Ele precisava de consolo.. estava em busca de consolo e ela queria lhe dar isso. Queria confortá-lo mais que nunca. Por mais que parecesse egoísta ela queria fazê-lo esquecer de tudo, até do seu próprio nome. E foi isso que ela fez.
Ele desceu os beijos para o seu pescoço e sentiu quando ela lhe acariciou a ereção. Ele grunhiu de desejo acariciou os cabelos compridos dela, enquanto a fazia ir mais para o centro da cama.
Deitou-se em cima de Lua e tirou o próprio roupão. Logo a camiseta também já era jogada no chão junto com roupão dela.
- Estava com saudades. - ele disse ofegante enquanto tentava tirar a calça dela.
- Eu também – ela disse erguendo o quadril e sentindo a calça escorregar até seus pés.
Ele lhe beijou os lábios novamente enquanto traçava círculos em sua feminilidade por cima da calcinha.
- Me Poe louco garota... - ele disse lhe tirando a blusa de algodão.
Ela riu nervosa, e ele abaixou a cabeça distribuindo beijos em todo o seu seio por cima do sutiã. Ela gemeu... estava tão sensível.
- Acho que não vou aguentar muito Lua. - ele gemeu entre dentes pressionando a ereção contra ela.
- Eu também não. - ela admitiu e se agarrou mais a ele – Oh, Arthur, senti sua falta...
Ele tirou a própria calça junto com a cueca, liberando o membro ereto e pronto. Lua sorriu maliciosamente e lhe deu uma piscadela enquanto tirava o próprio sutiã. Ele sorriu hipnotizado com a sensualidade dela. Quando o sutiã foi lançado ao chão, em alguma canto qualquer, ela começou a tirar a calcinha lentamente. Arthur sentiu seu pênis pulsar de excitação. Quando a calcinha finalmente passou pelos pés, ele voltou a deitar-se sobre ela e a beijou com sofri dão e as caricias ficaram cada vez mais intensas.
- Me faça esquecer Lua... - ele pediu com a voz rouca.
- Eu vou fazer querido. - ela prometeu – Juro que vou.
Passando as pernas ao redor dele ela impulsionou o seu corpo para o lado fazendo ambos virar sobre a espaçosa cama. Ela ficará por cima.
Com uma sensualidade que deixou Arthur sem reação ela começou a acariciar o membro, distribuindo beijos por todo o tórax masculino, e ora passando a língua, ora sugando os mamilos escuros.
Ele gemeu e tentou ficar por cima novamente;
- Quietinho! - ela ordenou com um sorriso triunfante
- Já não aguento mais. Te quero agora Lua, preciso de você agora! - estava excitado de mais para entender que havia gritado.
Ela não se importou com o tom de voz, pelo contrário, adorou a pequena demonstração de falta de controle.
Erguendo os quadris ela segurou o membro entre os dedos e sentou sobre ele. Arthur afundou a cabeça no travesseiro gemendo. 
Não conseguia se lembrar da última mulher que levou para a cama antes de Lua. Não se lembrava, muito menos, de ter desejado alguém assim, a ponto de jogar tudo para o alto pelo consolo que, sabia, encontraria naqueles braços.
Ela começou a mexer os quadris em movimentos lentos, e logo os movimentos se intensificaram e tornaram-se rápidos e afoitos.
O par de seios chocava-se com o rosto de Arthur cada vez que Lua inclinava o corpo para frente. Ele sentiu que estava chegando no ápice.
- Céus Lua, estou quase!
Ela respirou fundo tentando prender o próprio orgasmo por mais tempo.
Ela rebolou.
- Céus não vou conseguir! - ele disse lhe agarrando os seios – Lua eu …
Os músculos de Arthur ficaram tensos e então ele caiu em queda livre derramando seu liquido no interior de Lua.
Ela rebolou mais duas vezes e então sentiu-se explodir em milhões de partículas.
Ofegante, caiu sobre o peito másculo, sem se desconectar.
- Eu não aguentaria nenhum dia a mais sem você aqui. - ele disse em meio ao silêncio fazendo o coração de Lua bater ainda mais acelerado.
- Eu também não. - ela disse escondendo o rosto no pescoço dele.
- Que tal passarmos o dia inteiro na cama para recompensar os dias de abstinência?
Ela o olhou indecisa e logo sorriu travessa.
- Tudo bem... até a noite. - ela disse deixando-se cair ao lado dele e suspirando pelo desconexão.
Ele a braça pela cintura e deita a cabeça em seus seios, fechando os olhos. Ela sorri lhe acariciando os cabelos.
Por mais frio que o dia estivesse, ali, naquele quarto, naquela cama, e naqueles corpos, o calor queimava.
Mais tarde quando a única iluminação do quarto era a luz da lua, ela não soube dizer quantas vezes eles haviam feito amo..sexo. Lua encarou por alguns segundos. Ele dormia. Acariciou-lhe os cabelos por alguns segundos e se afastou como se de repente o contato com a pele dele a machuca-se.
Não queria, Céus, como não queria fazer aquilo. Mas o fez. Juntou suas roupas e saiu do quarto silenciosamente, exatamente como antes.
Respirou fundo.
Já tinha dado seu apoio a ele, e consolo, não podia arriscar quebrar sua armadura de cristal e também lhe dar o coração.
Arthur acordou no dia seguinte livre de qualquer pensamento coerente. Sabia apenas que estava cansado como à tempos não se sentia.
Esticou os braços soltando o ar e relaxando os músculos. Tossiu. Sua garganta estava seca demais.
Ele suspirou como se criando coragem, e olhou o relógio que marcava cinco e quarenta e quatro da manhã.

Empurrou as cobertas tossindo novamente e soltou um palavrão baixinho quando tropeçou no pé da cama. Amarrou com força o roupão e começou a descer as escadas, tentando fazer o menos possível de barulho para não acordar Lua, que certamente ainda dormia.
A cozinha estava mergulhada na escuridão, mas isso não o impediu de achar o interruptor. A luz branca da lâmpada, o fez espreitar os olhos ate que estes se acostumassem com a nova iluminação.
Encheu um copo de água gelada e tomou todo de uma vez. Estava no fim do segundo copo quando seus olhos focaram na pequena peça em cima da mesa. Ele se afogou, e secou a boca com o dorso da mão, voltando a praguejar.
Pegou a pequena e delicada peça entre os dedos enquanto largava o copo na pia.
O que a calcinha de Lua estava fazendo em cima da mesa?
As lembranças da noite anterior lhe invadiram a mente de uma só vez e ele voltou a ficar com a garganta seca, porem desta vez não de sede.
A imagem de Lua nua sobre a mesa, enquanto ele lhe explorava com a língua, lhe veio a mente e então ele se lembrou de tudo... Haviam transado na cozinha, na sala, no quarto... Tais memórias lhe provocaram um comichão na virilha e tentando mudar o rumo dos pensamentos apanhou um pedaço de papel descartável para secar a água gelada que havia escorrido por seu pescoço.
Sua mente continuou vagando e em questão de segundos ele também se lembrou de que novamente acordará sozinho, mesmo depois de tudo.
Milhares de pensamentos giraram em sua cabeça com uma rapidez recorde. Perdido e distraído entre eles, Arthur foi até a lixeira largar o papel molhado, mas deixou cair a coisa errada. Ao invés do papel, a calcinha havia ido direto para o lixo. Ele a juntou rapidamente agradecendo por não haver nada orgânico no lixo, somente algumas embalagens de comida pronta, um teste de gravidez, e mais papeis descartá...
A mão dele paralisou e seus olhos se arregalaram focando o teste em meio as outras coisas. 
Ele quase pode sentir a adrenalina começar a correr em suas veias, enquanto seus dedos trêmulos agarravam aquela pequena coisa que mostrava duas linhas.
Ciente de que suas pernas estavam moles e que o suor frio começava a gotejar de sua testa, ele sentou-se em uma cadeira em frente a mesa.
- Meu Deus... - ele sussurrou apoiando as mãos na cabeça, deixando o teste em cima da mesa bem debaixo dos seus olhos.
Ele respirou fundo uma, duas, três vezes, e a sensação de que precisava de ar continuou lá, presente.
- Arthur? - alguém sussurrou tão baixo que ele mal identificou o som. - Arthur?! É você? - agora um pouco mais alto – Se for me responda... por favor.
Ele viu a sombra de Lua que se aproximava da cozinha com passos cuidadosos e amedrontados:
- Arthur? - ela repetiu colocando a cabeça para dentro da cozinha – Mais que merda. - ela gritou com a mão no peito – Quase me matou de susto. Acordei com um barulho, e depois escutei passos e … - ele a interrompeu
- Quando você ia me contar?
- Quando eu ia o que? Pode repetir? Meu coração esta acelerado depois e... - ele voltou a interrompê-la
- Quando diabos ia me contar sobre isso, droga?! - foi a vez dele gritar – Eu achei que você tomava anticoncepcional …
- Eu tomo anticoncepcional.
- … por isso nunca usei camisinha, por isso ontem eu não sei camisinha.
- Arthur, do … - ele a interrompeu
- Quando você ia me contar? Você ia algum dia me contar? - ele disse com o olhar triste.
- Do que vo... - ela se interrompeu quando viu o teste sobre a mesa – Arthur, não é o que você esta pensando! - ela disse depressa
- E o que eu estou pensando? - ele perguntou erguendo o olhar e a encarando pela primeira vez
- Arthur, me escuta. - ela pediu com a respiração entre cortada
- Eu estou te escutando. - ele disse apertando o maxilar
- Certo calma. - ela disse de novo e devagar
- Eu estou calmo. - ele disse pausadamente
- Certo. Eu... eu.... - ela gaguejou – eu, não posso te contar.
- Ah, você não pode me contar? - ele disse parecendo irônico
- Não. Dentro de alguns dias, juro que te explico tudo, mas agora não posso te contar. 
- Até quando você pensava em esconder?
- Como assim esconder?
- Por Deus mulher, se eu não achasse esse maldito teste no lixo, nem saberia da existência dele! - ele gritou levantando de repente
- Mas Arthur … - ele não a deixou falar
- Como você pode esconder isso de mim?! - ele disse caminhando até ficar completamente de frente pra ela – Como?
- Me entenda por favor, eu prometi. - ela disse nervosa
- Prometeu? - ele disse com desdem – E o que você prometeu? Que não iria me contar que esta grávida? Que não iria me contar que esta esperando um filho meu? Quando você pretendia me contar isso Lua?
- Este teste não é meu Arthur! Não é!
- E o que ele esta fazendo na lixeira da cozinha?
- Arthur, eu não posso te contar, eu …
- Não pode me contar? - ele repetiu bravo
- Me escute, droga!
- Eu estou te escutando! - ele disse gritando
- Não, não esta. Você esta gritando... não me escutando. - ela também gritou nervosa – O teste não é meu.
- Então de quem é? - ele perguntou tentando se acalmar
- Não posso lhe dizer. - ela disse com o olhar baixo – Sinto muito mas não posso.
- Você não quer, é diferente. - ele retrucou – Mas isso também já não importa porque eu achei esse bendito teste, e amanhã mesmo nos vamos ao medico e … - ela o interrompeu
- Céus, eu não estou grávida. Eu tomo anticoncepcional! Não estou grávida Arthur, nunca lhe esconderia se o estivesse!
- Então de quem é o teste? - ele perguntou irônico.
Lua suspirou enquanto o silencio se espalhava pela cozinha.
Ela tinha prometido a Sophia que não contaria, mas as coisas não estavam nada bem. Haviam saído do controle mas do que qualquer um podia planejar.
Nunca havia quebrado uma promessa para com Sophia, porem, Arthut continuava ali a olhando com aqueles olhos escuros e que pareciam cada vez mais intensos. Ela não tinha outra saída se não contar.
- Promete que não vai contar pra ninguém?
- Pelo amor de Deus … - ele disse revirando os olhos
- Prometa.
- Porque? - ele disse relutando
- Porque isso não é assunto nosso e não devemos nos intrometer, então ou você promete e me da sua palavra, ou eu não te conto nada.
- Tudo bem... - ele disse erguendo as mãos – Eu prometo. Te dou minha palavra que não direi nada a ninguém.
Ela suspirou lentamente assentindo. Abriu e fechou a boca duas vezes, e finalmente na terceira falou com a voz fraca:
- É da Sophia.
Arthur arregalou os olhos bastante surpreso:
- Ela esta grávida? - disse parecendo desconfiado – Desde quando?
- Ela descobriu a pouco tempo e me pediu para que não contasse para ninguém, muito menos pra você.
- Porque? - ele parecia ao mesmo tempo desconfiado e ofendido
- Porque ela precisa de tempo com Micael, e como você são amigos ficou com medo que você pudesse falar algo.
Ela não soube dizer o que a expressão dele representava.
- Tem certeza? - ele disse dando mais um passo e pegando as mãos dela entre as suas, um toque comum que fez acender ao corpo de ambos – Sabe, se você estiver grávida... nos podemos dar um jeito... eu e você, nós podemos... - ele disse se enrolando com as palavras.
O que ele estava querendo dizer afinal?!
Ela puxou as mão com pressa colocou uma de cada lado do rosto de Arthur.
- Ei, olhe pra mim – ele o fez – Não estou grávida, tudo bem? Não estou.
Ele assentiu, abrindo um pequeno sorriso e suspirou.
- Eu quase morri de nervosismo agora. - ele brincou enquanto ela ainda lhe acariciava as bochechas.
Ela riu alto e lhe abraçou, descansando a cabeça em seu ombro, enquanto as mãos dele lhe contornavam a cintura.
- Então o Micael vai ser pai... - ele disse com a voz baixa
- É vai. - ela disse no mesmo tom de voz
- Daria tudo para ver a reação dele quando a Sophia contar. - ele sorriu como um garoto travesso.
- Arthur, você é irritante. - ela disse divertida – Já lhe disse isso não é verdade?
- Algumas vezes. - ele disse rindo, mas de repente ficou serio – Temos que conversar, não acha?
Um frio tomou conta de todo o corpo de Lua.
Ela sabia sobre o que ele queria conversar. Era o tipo de conversa que ela não estava nenhum pouco preparada para ter com ele.
- Eu não quero conversar. - ela disse começando a beijar o pescoço dele – Não agora... - ela se interrompeu para morder o nódulo da orelha dele -… não com você.
- Você esta bêbada? - ele perguntou com a voz rouca e animada
Ela riu com vontade, enquanto ele a puxava mais para perto, colando completamente os dois corpos.
- Tem problema se estiver? - ela o provocou
- Não. - ele disse procurando a sua boca – Problema nenhum …
O beijo foi quente, afoito e sensual.
As mãos de Arthur passeavam pelo corpo feminino o acendendo-o de forma enlouquecida.
- Ainda quer conversar? - ela disse entre o beijo, fazendo ele gemer.
- Não. Conversamos depois. - ele disse cobrindo um seio com a mão – Só depois... - o apertou suavemente, emitindo um rouco gemido.
Ela foi subindo os lábios até lhe mordiscar suavemente o queixo. Ele riu de forma rouca, enquanto descia as alças da comportada camisola que Lua vestia. Quando o tecido caiu, ela arqueou as costas oferecendo o par de seios desnudos. Ele aproveitou sua paixão para agarrá-la pelos quadris e levantá-la até deixá-la sentada na mesa, com as pernas separadas para ele, e só então agarrou o mamilo ereto com os lábios, sugando-o com força e sensualidade.
- Quero você Arthur... - ela sussurrou lhe apertando levemente a ereção
Ele gemeu, subindo a boca ao encontro da dela novamente, enquanto sua mão ia ao encontro ao seu centro, coberto pela calcinha.
- Encontrei uma das suas calcinhas em cima da mesa... - ele disse separando-se dela para poder lhe ver a expressão do rosto. Ela apenas sorriu corando um pouco, mas logo a sua expressão mudou quando ele começou a traçar círculos por cima da sua calcinha. Colocando a peça um pouco para o lado, ele lhe introduziu um dedo, e sorriu com satisfação masculina quando ela mordeu o lábio para não gritar e arqueou o quadril pedindo por mais.
Ele começou a movimentar o dedo sentindo-o escorregar com facilidade.
- Oooh Arthur... - ela disse jogando a cabeça para trás e tentando respirar fundo
Ele continuou torturando-a com o dedo, até que ela gritasse e chegasse perto do orgasmo, então, quando isso aconteceu, ele parou e lhe beijou a boca.

Bom gente postei aki 2 capitulos enormes, peço desculpa pelo tempo sem postar

não sei quando vou postar mais, mas quando eu entra aki de novo quero ver muitos comentários 

ass: Stephanie

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