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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Armadilhas do Destino - Parte 51 a 55


Armadilhas do Destino - Parte 51

POV –Diego
 
- SEU MALDITO, FILHO DA PUTA! NUNCA MAIS ENCOSTE NA MINHA ROBERTA! – eu berrei a plenos pulmões, eu tinha prendido ele em uma chave-de-braço , ele tentava sair, mas não conseguia. – VOCÊ VAI APRENDER QUE A ROBERTA NÃO TE QUER E NÃO PRECISA DE VOCÊ, AGORA ELA TEM A MIM E NÓS VAMOS FICAR JUNTOS. – olhei distraidamente para o lado onde ela estava, toda bagunçada, com lágrimas nos olhos, mas sorriu com o que eu disse. Eu não pude deixar de retribuir. Erro meu, o desgraçado do Binho aproveitou essa hora pra me dar um murro no olho e um chute no meu estômago. Eu fiquei sem ar. Não conseguia respirar, sentia meus olhos lacrimejarem e meu pulmão como se fosse estourar. Eu tentei abrir os olhos, mas no segundo seguinte não sentira mais nada, só uma grande e vasta escuridão.
POV –Roberta
 

O Diego tinha caído do chão e não parecia respirar.... OMG, SERÁ QUE ELE.... NÃO, NÃO PODE SER, EU JURO QUE EU MORRO SE ISSO.....
- ARRRRRRGH! ME SOLTA SEU DESGRAÇADO! OQUE VOCÊ FEZ COM ELE? ME DIIIZ! OQUE VOCÊ... – eu tentava berrar, mas o Binho colocou a mão na minha boca, ele parecia fraco, com a cara manchada de sangue, porém, mais decidido que nunca e aquilo me dava medo.
-Agora escuta aqui, agente vai sair desse hotel e fugir. Não é uma linda história de amor? – ele disse de um jeito maníaco. Ele era doente, tentei gritar e me soltar, mas quanto mais eu me debatia, parecia que ele ficava mais forte.....
- Mas pra você não atrapalhar meus planos.... que tal um suquinho de uva, hm, minha pequena? – eu não precisava de mais nada pra entrar em pânico, aliás, mas do que eu já estava é meio difícil, o Diego ainda não tinha nem ao menos se mexido, eu sentia uma dor imensa no coração.
- É só beber. – ele abriu minha boca, eu tentei gritar, mas engasguei com o suco. Depois, era só escuridão.

Armadilhas do Destino - Parte 52

POV –Diego
 
Acordei em um local escuro, com a sensação que eu tinha tido um pesadelo, e uma dor de cabeça do caralho. Putz, que sensação horrível. Mas não podia ter sido real, podia?
- Cadê a minha mãe? Oque você fez com ela? – perguntou aquele menino, chorando.... Não, não pode ter sido verdade, simplesmente não pode.
- Oque?! A Roberta não tá aqui? MAS AONDE ELA FOI? – eu berrei. Que droga, será que ninguém era capaz de me responder com coerência? Comecei a procurar ela pelo quarto, mas a única coisa que achei foi aquele maldito celular... argh! 

 
POV –Roberta
 
Eu acordei estourando de dor de cabeça, não conseguia nem abrir os olhos direito, mas sentia frio, passei a mão no meu corpo, eu estava nua... mas eu não me lembrava de .... NÃO ACREDITO! QUE SENSAÇÃO DE D-JAVÚ DO INFERNO!
- Acordou, amor? Que delícia a noite de ontem, né? – ele falou se sentando na cama e me abraçando. Eu tentei gritar, mas eu me sentia realmente MUITO fraca.
- Oque você fez comigo? – eu quase não conseguia falar.
- Não interessa oque eu fiz, só que eu fiz por amor.
- Você é doente.... – ele pegou meu rosto nas mãos; eu jurava que ele ia me bater, mas ele só fez carinho, oque me arrepiou até a alma, eu sentia um frio anormal.
- Vamos ver se você vai achar isso amanhã.... – ele deu um sorriso de lado, estremeci.
- E o Rodrigo? Cadê meu filho? – perguntei com esforço, eu já estava começando a achar que estava sonhando....
- Você não vai mais precisar dele. Não vai nunca mais precisar de nada além de mim.

Armadilhas do Destino - Parte 53

Eu estava numa rua sem saída, eu precisava da Roberta. Eu só achava o celular dela, mas nada do meu. Senti o celular dela tocar, mas não era ela, droga... era só uma mensagem que dizia: 
“ Eae parceiro, a cabana serviu? Tua mulher ta curtindo?
Lembra que você é meu cliente preferencial, mas é só por 1 mês caso não queira comprar...
Vou te dar meu endereço, é bem perto da casa que vocês estão, só 1 quarteirão depois daquela floresta.” 

Oque?! Peraí, esse não é o celular da Roberta, é o celular do Binho! Ele a sequestrou.... desgraçado, vai se arrepender de ter nascido, isso vai. Eu liguei o carro pronto pra seguir aquele endereço quando vi o Rodrigo, (tínhamos conversado), chegando.... ah não, oque essa criança quer agora? ¬¬ Tô com pressa.
- Peraí, aonde você tá indo? Sabe aonde minha mãe está? Eu vou com você!
- Não, é perigoso. Você fica ai.
- Ai aonde? Sozinho no quarto, lá? Eu tenho medo..... – ele disse com cara de choro. Confesso que fiquei com pena, o garoto só tinha 4 anos.
- Mas volto logo com a sua mãe, pega meu celular, sabe fazer ligação? – ele confirmou com a cabeça - Ta ok, vai pra suíte, assiste tv, não sei, mas jajá eu volto. Vai lá, garoto.
Ele ficou me olhando como se decidisse se iria ou não confiar em mim, por fim me deu as costas e saiu andando. Dei marcha ré no carro, e lá estava ele na janela. Puta que pariu ¬¬
- Trás a minha mãe logo. O meu pai pode machucar ela, ele já fez isso antes.... – ele disse com sinceridade. Ele tinha os olhos da Roberta.... sai com o carro a toda velocidade a procura daquele endereço, ficava quase que em outro país. Estava noite, eu tinha passado por uns 3 casebres já, cheios de prostituas e caminhoneiros drogados..... Até que a gasolina acabou, e tinha uns 4 motoboys vindo de encontro ao meu carro. Fu-deu.
Estava noite, eu tinha passado por uns 3 casebres já, cheios de prostituas e caminhoneiros drogados..... Até que a gasolina acabou, e tinha uns 4 motoboys vindo de encontro ao meu carro. Fu-deu. Um deles tinha um bafo horrível de whisky, bateu na janela do meu carro, eu pensei em não abrir, mas eu não tinha tempo, além de eu estar sem gasolina, eu precisava muito saber pra que lado era Kinghs, eu só sabia que era uma floresta meio devastada, nada mais, e talvez se eu desse meu carro eles me dessem essa informação. Espero que sim, eu já estou desesperado atrás da minha Roberta.
- Ae, perdeu playboy, perdeu.... - e então, eu abri a janela, do nada uns dois magricelos apareceram e começaram a cantar em um tom muito desafinado.
” Eu não nasci gay, a culpa é do meu pai, que contratou um tal de Wilson....” – karalho! Morri e fui pro inferno, a bicha começou a rebolar na frente do meu carro, fechei a janela de vez e sai pelo outro lado. Olhei com uma cara cética pra um motoqueiro com uma roupa de couro, por um momento achei que ele fosse dar em cima de mim, mas ele só disse:
- Cara, tá entrando em um lugar muito louco.
- Eu percebi.
- Então porque esta aqui? Deu sorte de não ter ido para mais a leste, lá tem uma floresta realmente sinistra.... - opa, floresta?! – sim, sim, mortes.... lendas que dizem que um demônio ronda o lugar, dizem que é tudo lenda, mas toda semana, toda a vez que algum jovem ou alguém que seja idiota o suficiente pra ir pra lá, não volta mais. E o corpo fica jogado na pista, uns sem uma gota de sangue, outros rasgados ao meio..... parecem de borracha.
- Tá legal, é a floresta Kinghs? – perguntei já rezando pra não ser.
- Essa mesmo. Conhece?

Armadilhas do Destino - Parte 54

- Infelizmente sim, e é pra lá que estou indo. Sério que tem uma cabana lá?
- Nunca ouvi falar, cara. Mas é melhor você ir logo, essas bichas ficam sempre tentando parar o trânsito.... – eu ri, ummomento tenso daquele, deveria estar pensando na Roberta, mas eu provavelmente demoraria 5 horas pra chegar a esse ponto da cidade, sem o meu carro.
- Sabe aonde tem gasolina? O carro ta sem combustível.... – eu não conseguia parar de pensar na Roberta.... será que ela estaria bem? Ou eu vou chegar tarde demais? :/
- Tem, mas você vai ter que andar uns 2km, nem irá adiantar muito.... você vai estar quase lá.
- Cara, EU PRECISO MESMO, URGENTE, CHEGAR LÁ LOGO! SERÁ QUE NÃO PODE ME EMPRESTAR ESSA SUA MOTO ? EU TE DOU MEU CARRO! – eu gritei, desesperado.
- Mas.... o carro esta somente sem gasolina... - ele me lançou um olhar astuto – Não esta?
- Claro que esta. Mas eu não tenho tempo pra botar gasolina, preciso ir pra aquele maldita floresta agora!
- Tá, ok..... vou ficar com teu carro, se passar por aqui, agente desfaz a troca, entendido?
- Ta tá..- falei impaciente, pegando a moto dele e acelerando no
 máximo, quase cai da moto, mas eu tinha muito equilíbrio.
{...}
Eu tinha impressão de que tava correndo a umas 4 horas, puta que pariu... essa droga não anda mais rápido?! Tava tudo escuro, ouvi um gincho de dor e depois um grito humano. Será que .... ? Parei no meio daquela estrada. Tinha um alce morto, o corpo sem cabeça, e sangue fresco no chão..... eu não queria olhar pra aquilo, mas não tinha ninguém a vista, ninguém pra quem perguntar e eu não vou mentir, aquela floresta estava me dando arrepios.
- Ouviu alguma coisa, Tom? – perguntou uma que vinha de dentro de uma floresta. Porra, não é pos-sí-vel morar ali, e porque alguém iria querer?
- Oque você tá fazendo aqui? Ninguém passa por aqui a meses, e o último idiota que tentou acabou “desaparecido” .... mas eu sei que ele esta morto. – ele me olhou de um jeito sinistro.
- Eu tô procurando uma cabana que dizem que fica por aqui.... – eu disse com firmeza, embora um pouco inseguro sobre se deveria ou não confiar naquele senhor.
- A minha é a única.... a não, tem uma que é depois de uma cachoeira... Mas você não vai querer ir até lá.
- Ah, eu vou. Com certeza eu vou.
- Não seja idiota. Se tem amor a vida não vá.... você irá conhecer o por quê deste lugar ter má fama. - ele deu um sorriso banguela.
- Eu vou. Me diz pra que lado é só isso.
- Hm, corajoso. – ele me fitou profundamente – tem mulher na parada, né?
- A mulher da minha vida.
- São umas desgraçadas, todas elas. Se eu fosse você não perderia meu tempo, mas se esta tão desiludido da vida assim, é pra lá – ele apontou na direção mais escura. – andando a uns 15 metros encontrará uma cachoeira, depois um casebre, eu acho.... nunca mais o visitei. Eu nem vou dizer até mais, porque sei que você não vai voltar, enfim... a vida é sua.
- Obrigado, mas mesmo que eu não volte não interessa, há coisas mais importantes do que a minha vida em jogo. – agradeci e segui naquela direção, tinha um cheio bem silvestre, vários mosquitos, pensei ter ouvido o sibilo de uma cobra mais de 2 vezes. Sapos, rãs, parasitas, e outras coisas mais ... selvagens. Eu estava andando com as mãos na frente, era muito escuro, impossível saber aonde eu estava, as árvores cobriam tudo, quando finalmente ouvi uma cachoeira; graças a Deus, aquele velho não estava mentindo, por que se não eu nem ao menos saberia como voltar.

Armadilhas do Destino - Parte 55

- Oque você tá fazendo aqui? Ninguém passa por aqui a meses, e o último idiota que tentou acabou “desaparecido” .... mas eu sei que ele esta morto. – ele me olhou de um jeito sinistro.
- Eu tô procurando uma cabana que dizem que fica por aqui.... – eu disse com firmeza, embora um pouco inseguro sobre se deveria ou não confiar naquele senhor.
- A minha é a única.... a não, tem uma que é depois de uma cachoeira... Mas você não vai querer ir até lá.
- Ah, eu vou. Com certeza eu vou.
- Não seja idiota. Se tem amor a vida não vá.... você irá conhecer o por quê deste lugar ter má fama. - ele deu um sorriso banguela.
- Eu vou. Me diz pra que lado é só isso.
- Hm, corajoso. – ele me fitou profundamente – tem mulher na parada, né?
- A mulher da minha vida.
- São umas desgraçadas, todas elas. Se eu fosse você não perderia meu tempo, mas se esta tão desiludido da vida assim, é pra lá – ele apontou na direção mais escura. – andando a uns 15 metros encontrará uma cachoeira, depois um casebre, eu acho.... nunca mais o visitei. Eu nem vou dizer até mais, porque sei que você não vai voltar, enfim... a vida é sua.
- Obrigado, mas mesmo que eu não volte não interessa, há coisas mais importantes do que a minha vida em jogo. – agradeci e segui naquela direção, tinha um cheio bem silvestre, vários mosquitos, pensei ter ouvido o sibilo de uma cobra mais de 2 vezes. Sapos, rãs, parasitas, e outras coisas mais ... selvagens. Eu estava andando com as mãos na frente, era muito escuro, impossível saber aonde eu estava, as árvores cobriam tudo, quando finalmente ouvi uma cachoeira; graças a Deus, aquele velho não estava mentindo, por que se não eu nem ao menos saberia como voltar. 
Eu fui correndo pra cabana, tinha uma iluminação fraca, eu corria tão depressa que nem percebi uma coral que estava ali, a maldita me picou. Senti meu sangue molhar minha pele, e a cobra saiu rastejando, acho que pisei em cima dela.... Puta que pariu que dor desgraçada, eu não conseguia nem andar. Tomara que não tenha veneno, por favor que não tenha veneno, por favor que não tenha.... eu não parava de dizer em pensamento quando escutei a voz dela, a voz pela qual eu daria a minha vida. E estava ali pra isso.
- BINHO, PÁRA! NÃO ENCOSTA EM MIM!
- VOCÊ GOSTA, NÉ SUA SAFADA? E TA GRITANDO PORQUE? TA FORTINHA, É? VEM CÁ, QUE EU TE DOU OUTRO BOA NOTIE CINDERELLA, QUANTOS FOREM PRECISO PRA VOCÊ CALAR ESSA BOCA. JÁ MANDEI VOCÊ SÓ USAR ESSA COISA LINDA PRA ME CHUPAR.... – ele gritou de um jeito enlouquecido. Eu senti uma raiva descomunal, foda-se tudo, se é pra morrer, o Binho morre junto! Eu entrei praticamente me rastejando, mas consegui reunir força pra abrir a porta, talvez com uma força desnecessária, porque ela caiu no chão. Quero mais é que se foda mesmo.
- LARGA.... ELA.... SEU FILHO DA PUTA... - eu disse com raiva, me atirando pra cima dele, ele me deu um murro na barriga, eu tentava socar com força cada parte do corpo daquele desgraçado, mas sentia minhas forças se esvaindo cada vez mais. A Roberta gritava meu nome, muito emocionada..
- Diego... – ele disse com um gemido fraquinho e olhou pra um lado de um jeito desesperado, eu senti o Binho me dando um chute muito forte na barriga e ao mesmo tempo, a picada de cobra fazendo efeito, acho... Tinha um revólver... eu dei uma virada pra lá e o murro do Binho atingiu o chão, ele estava descontrolado, se jogou em cima da Roberta.
- AGORA VOCÊ VAI VER OQUE EU E ELA ESTÁVAMOS FAZENDO ANTES DE VOCÊ CHEGAR! – ele disse e abriu as pernas da MINHA Roberta com violência, enfiando 3 dedos, ouvir ela gritar pra mim, perdi os últimos controles que me restavam. Peguei a arma e atirei, torcendo pra não errar o alvo, depois apaguei. A última coisa que eu ouvi foram gritos, e a última coisa que vi, sangue no lençol.

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