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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Amor Por Contrato



                                                                                              24º Capitulo

Lua não pode deixar de suspirar quando entrou na grande suíte.
Era tudo tão maravilhoso … Maravilhas que o dinheiro conseguia comprar...
- Vou deixar suas malas aqui. - o carregador disse
- Oh sim. - ela disse pegando a pequena nécessaire onde tinha guardado as maquiagens e também a carteira.
Quando o rapaz colocou a ultima mala no chão, ela sorriu e lhe alcançou uma cédula de dinheiro. Ele sorriu agradecido e lhe desejou uma ótima estadia, saindo logo depois e fechando a porta.
Ela olhou novamente ao redor e começou a conhecer os cômodos.
A vista que se podia contemplar da sacada era magnífica. Em pleno vigésimo terceiro andar, se via boa parte da cidade que já começava a se iluminar com a chegada da noite e ela sorriu diante a tando esplendor.
Teria que tirar uma foto depois para mostrar tudo a Sophia. Sem sombra de duvidas a loira iria ficar histérica com tudo aquilo.
Tentando ignorar a enorme cama coberta por lençóis de cetim e o fato de que quando a noite chegasse seria um calvário o desafio de dormir ao lado daquele homem, ela começou a se organizar.
Não fazia ideia de como tanta roupa e tanto sapato haviam entrado em apenas uma mala. Tinha roupa suficiente para uma semana inteira.
Tirando com cuidado o luxuoso vestido branco, ela o estendeu na cama e tentou ajeitá-lo. No meio de tantas coisas ele havia amassado.
Lembrou-se que o carregador havia lhe dito que geralmente o jantar era servido as 10 da noite, e que ele ainda lhe alertara com o fuso horário.
Segundo o relógio do quarto, faltavam três horas para as dez da noite. O que lhe dava tempo de sobra para um belo banho na gigantesca banheira de hidromassagem que se tinha no banheiro, ela sorriu maravilhada.
A vida era tão mais fácil quando se tinha dinheiro...
Ela logo se despiu e enquanto a banheira enchia, ela experimentou um dos roupões de banho cheirosos que tinham o símbolo do hotel bordado. Logo a banheira encheu e ela o atirou sobre a cama. Errou pois o roupão foi ao chão. Ela riu mas não foi juntá-lo, preferiu entrar logo na banheira.
Tinha tantos tipos de sais minerais e hidratantes para o corpo que ela resolveu colocar um pouco de cada, fazendo uma espuma e tanto.
Na casa de Arthur também tinha banheira de hidromassagem, porem não tão sofisticada e grande como aquela.
Quarenta minutos depois, ainda relutante, ela saiu da banheira com os dedos enrugados.
Secou-se e começou a se aprontar, afinal, não podia fazer feio perto de homens tão importantes quanto os canadenses pareciam ser.
Uma e meia depois, com o olho bem delineado e com a maquiagem e o cabelo impecáveis, ela se ocupou de vestir o luxuoso vestido pela primeira vez.
Contendo a ansiedade, ela colocou a sandália antes de se olhar no espelho, quando por fim se olhou sorriu satisfeita.
O vestido com alças transpassadas aumentava seu busto e afinava sua cintura, tendo um contraste lindo com o cabelo um pouco preso, um pouco solto, deixando que as madeixas Claras lhe enfeitassem o ombro junto com o colar delicado e os brincos discretos.
Respirou fundo e olhou para o relógio. Já estava na hora... e Arthur nem havia ido lhe buscar no quarto. Ela pensou magoada antes de sair da suíte se equilibrando no salto alto.

Sem vergonha, pediu informações até que finalmente chegou ao salão onde muitas pessoas riam e jantavam animadas.
Com uma bela varrida com o olhar no salão, encontrou Arthur sentando em uma mesa ao fundo com um belo sorriso nos lábios, enquanto parecia conversar animadamente com dois homens. Os canadenses, ela concluiu. Na mesa ao lado de Arthur também estava Perola, a secretaria.
Felizmente ela havia mudado de roupa, mas o vestido rosa, parecia tão ou mais chamativo do que o azul.
Com passos confiantes ela começou a se aproximar, inconsciente dos olhares que lhe lançavam os homem e as mulheres.
Perola foi a primeira a notá-la no salão, e Arthur pareceu percebê-la logo depois. E pelo novo sorriso que se formou em seus lábios, ele aprovara sua produção...
- Lua. - ele disse se levantando, e sendo imitado pelos outros dois homens
- Arthur – ela respondeu sorrindo – você não foi me chamar querido, pensei que não quisesse minha companhia.

- Desculpe. - ele disse parecendo sincero – Estava quase subindo para lhe chamar. Perola disse que bateu em nossa suíte mas que você não atendeu.
Ela franziu as sobrancelhas. Fazia mais de uma hora que havia saído do banho, e mesmo enquanto estava na banheira, ela ouviria sem a menor sombra de duvidas se alguém tivesse batido na porta.
- Oh, creio que posso ter estado bastante distraída. - ela disse sorrindo para Perola, porem algo lhe dizia que a mulher estava mentindo.
- Deixe-me lhes apresentar. - Arthur pediu – Esta é minha esposa Lua e estes são Eddy e Fred. - ele disse em um inglês com sotaque
- É um prazer conhecê-los senhores. - Lua disse também em inglês fazendo Arthur a olhar com admiração
- O prazer é nosso em ver tanta beleza reunida em uma mesma mulher. - o mais velho disse em inglês beijando sua mão.
Logo o mais novo o imitou sorrindo sedutor e Lua corou, sentando-se ao lado de Arthur.
Não demorou muito para que o jantar ficasse pronto, e assim que Arthur teve a oportunidade disse baixo suficiente para que apenas ela escute-se :
- Você me surpreendeu muito hoje.
- Você não lembrava que eu falava inglês não é ? - disse sorrindo – Estava no meu currículo, a culpa não é minha se você não o leu com atenção.
- Isso também. - ele admitiu – Mas estou falando do vestido. Quando o comprei lhe imaginei dentro dele, mas estava muito melhor do que a minha imaginação. - ele disse malicioso lançando um olhar rápido para o decote que as alças transpassadas forneciam.
Ela riu e corou ao mesmo tempo.
- Então Lua... - o canadense mais novo disse os interrompendo – Você esta gostando daqui ?
Voltando a falar inglês ela disse o quanto estava gostando.
Tudo estava transcorrendo bem durante o jantar e os canadenses estavam encantados com o inglês e com os conhecimentos de Lua. Ela não estava diferente, estava se deliciando com a sobremesa quando Perola disse cheia de veneno :
- E então Arthur, quando vamos repetir a dose ?
Lua se engasgou e agradeceu pelo falo dos canadenses não falarem a língua deles.
- Quando tivermos outra conferencia. - ele disse despreocupado olhando para ver se Lua estava bem
Ela tomou um gole de água e limpou a garganta, sentindo-se envergonhada. Aquilo já era de mais. Ele estavam marcando o próximo encontro na frente dela ?!
Como se tivesse lido seus pensamentos, o canadense mais velho levantou-se e disse suspirando :
- Nós já vamos indo. - ele anunciou começando a se despedir.
Após mais alguns cumprimentos e elogios eles se retiraram, e Lua incomodada com as companhias que restaram disse :
- Se me dão licenças, vou deixá-los a sós. - ela disse girando nos calcanhares e saindo pela mesma porta que havia entrado.
Não iria dar o gostinho de ficar e mostrar que se importava com as traições de Arthur.
Quando alcançou o elevador realmente achou que estava salva, não tinha notado que Arthur estava a dois passos atrás dela.
A porta do elevador fechou e ela cruzou os braços, brava :
- O que houve ? - ele perguntou
- Nada. - ela disse dando de ombros – Você poderia ter ficado com Perola se quisesse.
- E porque eu faria isso ? - ele perguntou querendo saber onde ela queria chegar.
- Ora porque ! - ela disse sem alterar a voz em respeito as demais pessoas no elevador – Não se faça de desentendido. Odeio quando você faz isso. - ela disse fria.
Parecendo também estar começando a ficar bravo ele suspirou, e ambos ficaram em silencio até que o elevador chegasse ao andar 23.
Quando as portas se abriram ela saiu primeiro e foi logo abrindo a porta da suíte.
- Não sei porta esta tão fria comigo. - ele disse assim que fechou a porta do quarto – É uma maneira de demonstrar que esta nervosa porque vamos ter de dormir no mesmo quarto?
- Não seja estúpido ! - ela disse tirando as sandália – Não sou criança Arthur. E você também não se faça de desentendido. Ou acha que eu não via como Perola te olhava ? E outra, o que foi aquilo de “quando vamos repetir a dose?” - ela disse imitando a voz de Perola.
Ele sorriu satisfeito.
- Você esta com ciúme.
- Não fale bobagens. - ela gritou se levantando
- Ah, então você não esta com ciúmes ? - ele disse sorrindo como um moleque travesso
- Não. Eu estou é brava. - ela admitiu
Era melhor preferir a forca do que admitir para ele e para si mesma que o que tinha era ciúmes.
- Muito brava ? - Ele perguntou agora sem o brilho de diversão nos olhos
- Muito, muito brava. - ela garantiu soltando os cabelos
- Posso perguntar porque esta brava ?
- Pode, só não garanto que vou te responder. - ela disse tirando os brincos e o colar.
Ele respirou fundo e esfregou as têmporas :
- O que foi dessa vez ? - da maneira como ele usou o tom, pareceu que a situação acontecia sempre.
- O que aconteceu ? - ela disse colocando as mãos na cintura – Como o que aconteceu ! Saiba Arthur Aguiar que eu não entrei nesse jogo de contrato para ser desrespeitada dessa maneira!
- De que maneira mulher ? - ele perguntou arregalando os olhos
- E você ainda se faz de desentendido ? - ela gritou ao mesmo tempo que juntava uma sandália do chão e tocava na direção dele.
A sandália não o acertou, mas o objetivo estava bem claro.
- Eu vou acreditar que você estava testando para ver se ela voava. - ele disse sem um pingo de bom humor.
- Como você pode fazer aquilo comigo ? - ela perguntou como se ele não tivesse falado nada – Você me desrespeitou da pior maneira que se pode desrespeitar uma mulher.
- O que eu fiz ? - ele perguntou agoniado dando cinco passos e terminando com a distancia que existia entre eles
- Você e Perola nem se quer se deram ao trabalho de tentar disfarçar o caso de vocês. Eu quase morri de … vergonha. - ela disse para não dizer ciúmes
- Escute Lua … - ele disse dividido ainda entre ficar bravo ou rir de tudo aquilo – Eu e Perola não temos um caso.
- Então o que ela esta fazendo aqui ?
- Eu precisava de alguém para tomar nota na reunião de amanhã. Quando você foi contratada eu te avisei .. - ela o interrompeu
- Acontece que você não era casado e nós não estávamos tendo um caso
- Eu não estou tendo um caso com ela ! - ele gritou bravo
- Cale a boca Arthur ! - ela gritou descontrolada.

Ele a olhou bufando de raiva.
Os maxilares dele se contraíram e os olhos castanhos tornaram-se quase negros. Ele se moveu tão rapidamente que Lua não pôde livrar-se do abraço que a desequilibrou e lhe tirou o fôlego. Arthur com selvageria e, ainda com mais fúria, apossou-se de seus lábios.


O inesperado contato com aquela boca e com aquele corpo a fez perder a cabeça por alguns segundos, então a ideia de que ele poderia já ter feito a mesma coisa com Perola apossou-se de seus pensamentos e com o coração disparado e a respiração ofegante, ela colocou as mãos no peito dele e empurrou-o com toda a força que pôde reunir. 
- Não. - sua voz saiu tão sem convicção que pode ver o desejo aumentar nos olhos dele.
Ele acariciou-lhe os lábios lentamente, com um doçura inesperada, e, sem que Lua se desse conta, entreabriu os lábios, correspondendo ao apelo daquela sensualidade irresistível. Seu corpo estremeceu ao sentir a boca invadida, numa intimidade que lhe ateou fogo às veias, e ela não tentou resistir quando os corpos se colaram um ao outro. Suas pernas estremeceram e ela precisou agarrar-se ao paletó de Arthur para continuar em pé.
Com doçura e ao mesmo tempo afoito, ela a prensou contra a parede, fazendo seus corpos roçarem e deixando os mamilos dela rijos sobre o vestido...
O beijo se tornou ainda mais intimo – se é que possível – a medida que as mãos de Arthur passeavam pelo corpo definido.
Rendida e completamente entregue ao desejo, ela atirou os braços ao redor do pescoço dele e o puxou para si, nas ponta dos pés.
A língua deles havia se unido, e agora compartilhava de uma dança sensual que lhes tirava o fôlego. Apresada e desengonçada, Lua precisou da ajuda de Arthur para lhe tirar o paletó sem interromper o beijo.
Gemeu entre o beijo quando sentiu ele sugar um pouquinho a sua língua, em uma caricia erótica.
Com os dedos pequenos começou a abrir um por um dos botões da camiseta de Arthur, e de repente, quando a tarefa terminou ela se viu acariciando o peito masculino com volúpia. Foi a vez de Arthur gemer quando ela acariciou sua ereção sobre a calça. Apresado também, ele tateou até encontrar o pequeno e delicado zíper do vestido, puxando-o de uma vez para baixo. As alças transpassadas não foram o problema uma vez que com um pequeno puxãozinho, se desfizeram os topes e o vestido escorreu até chegar ao chão.
Ele interrompeu o beijo e deu um passo para trás para observá-la. Ela corou diante ao olhar minucioso que lhe analisava os seios desnudos.
- Linda .. - ele disse quando seus olhos se encontraram.
Reacendendo a chama, ele voltou a beijar-lhe a boca, e ela já começando a se desinibir com a aprovação, pulou fechando as pernas entre os quadris dele.
Ele a prensou ainda mais na parede deixando evidente sua ereção.
Saindo dos lábios dela, ele percorreu uma trilha imaginaria com a boca, alternando entre beijos e mordida do queixo até o ombro.
Lua deu um pequeno gritinho quando sentiu as costas baterem no colchão macio e gelado. Ele sorriu e continuou sua trilha até o mamilo escuro e ereto, ora sugando-o, ora mordendo-o. Com a outra mão experiente, ele ocupou-se de tirar-lhe as próprias calças e meias, enquanto Lua se contorcia de prazer em cima da cama.
Estava tudo tão surreal que ela mal pode acreditar quando a boca dele alcançou a calcinha. Instintivamente sua barriga se contraiu e ela gemeu de prazer em antecipação.
Ele tirou a pequena roupa intima liberando a madeixa de pelos pubianos. Em um pedido silencioso ele a fez afastar as pernas, e com delicadeza ele depositou um beijo em sua feminilidade, começando a incitá-la.
Lua viu estrelas diante ao maravilhoso sexo oral.
- Arthur … - ela sussurrou ofegante
Ele voltou a beijá-la na boca com intensidade, e ela maravilhada e querendo que ele também se senti-se assim, apertou com firmeza a ereção que se chocava contra o seu ventre.
Ele gemeu entre o beijo, e ela satisfeita começou provocá-lo com os dedos sem deixar de beijá-lo com ardor.
- Hun … Lua. - ele disse entre os dentes
Sem conseguir aguentar mais nenhum segundo, ele afastou-lhe as pernas e começou a penetrá-la aos poucos, vendo-a se contorcer de prazer sob ele, até que todo o seu membro já estava aquecido no calor inebriante da feminilidade dela.
Quando ele começou a se mexer, Lua teve quase a certeza de estar no céu.
Os gemidos se intensificaram cada vez mais, e o corpo de ambos começou a ficar suado.
Ele aumentou cada vez mais os movimentos. Mais rápidos, mais fundos, mais prazer, mais gemidos … Tudo se multiplicou.
Após alguns minutos quando ambos já estavam ofegantes e prestes a chegar no ápice, ele lhe beijou. Dessa vez sem presa e com tanto carinho que os olhinhos de Lua marejaram. Ela havia chego ao paraíso, e as estrelas estavam ao seu redor.
Com mais algumas estocadas fundas e frenéticas, ele explodiu e caiu de bruços sobre ela.
Respirando fundo e bastante afetado, ele precisou de alguns segundos para rolar para o lado, e quando o fez levou ela consigo, ajeitando-a sobre seu peito.
Lua não protestou, maravilhada, e, pode ouvir o coração dele que batia tão rápido quanto o seu. Com a mesma delicadeza que a beijara minutos atrás, ele lhe tocou o queixo e a obrigou a encará-lo :
- Eu juro que ela é apenas minha secretária Lua. Nada mais. - ele disse lhe beijando a testa.
Lua sorriu, e ele também depois de lhe depositar um beijinho nos lábios.
- Lembrou que dia é hoje, amor ?
Lua sorriu ao ver ele lhe chamando assim.
- Não. Nunca vai ser o que eu estou pensando. - ela admitiu
- Depende … - ele disse parecendo ler seus pensamentos – … se você esta pensando no nosso primeiro aniversário de casados. - ele sorriu como um garoto travesso
- Você lembrou ? - ela disse animada
- E você achou que eu esqueceria ? - ele disse lhe roubando outro beijo, desta vez mais demorado.
Ela voltou a se aconchegar no peito dele, abraçando-o com força.
Acreditava nele. E isto bastava … por enquanto.

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