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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

3º Temporada de Love comes when you least expect - Capítulo 20



- Fala Chay – o ensentivei, ele me olhou tenso, e desviou  olhar.
- Algum problema aqui? – Arthur chegou rindo, colocando as mãos no ombro de Chay, que logo enrijeceu.
- O chay.. – comcecei a falar, mas Chay me olhou com súplica, não sei porque, senti que não deveria falar para Arthur – estava me ensinando uns temperos para salada- Arthur riu.
- O Chay?- só depois percebi a merda que havia falado.O Chay cozinhando? Nananana, comecei a rir, e todos rimos. E assim foi o jantar, antes da meia noite, resolvemos twittar um pouco, contando que estávamos todos juntos e publicar algumas fotos. Depois da meia-noite, começamos  a trocar os presentes, quando a campainha toca novamente. Arthur foi abrir enquanto Maria pegava os presentes que daria as pessoas da arvore.
- Mãe,o papai vai demorar? – ela perguntou a mim. Olhei para tras e vi Arthur sair e fechar a porta atras de si. Só o que faltava ele trazer trabalho para a casa, depois de alguns minutos, levantei e fui até a porta o chamar, escutando uma voz feminina do outro lado, sem pensar duas vezes abri a porta.
- PÉROLA? – falei, assim que a abri - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=77127593&.locale=pt-br- na mão ela segurava uma sacola de presente.
- Oi Lua querida – ela disse, se soltando de Arthur – que segurava seu braço- e vindo me dar um abraço, recuei.
- O que quer aqui? – perguntei, cruzando os braços, sem olhar para Arthur.
- Desejar feliz natal para os meninos – ela disse, inocente.
-Os meninos estão lá dentro – falei, dando ênfase em “os meninos”.
- Claro, se você me der licença – ela disse, indo passar pela porta, fechei a cara para Arthur, e entrei em casa.
- Bom gente, só vim deixar uma lembrancinha, e estou indo, boa noite a todos – quando passei pela sala, apenas pude ouvir Pérola se despedindo. Todos olhavam para mim e Arthur, quem quebrou o gelo, foi Maria:
- Posso entregar os presentes? – ela começou – esse é da Tia Mel http://fashion.me/leehmartin/snips/296864.635001696600000000
E assim começou a troca de presentes.. nem me detive muito a isso, minha cabeça estava em o que tinha acontecido com Pérola e Arthur ali na frente. Será que ele a havia barrado? Mas estavam tão íntimos... ou será paranoia de minha parte? Ele está estranho desde que voltou  dessa viagem. Quando todos foram embora, coloquei Maria para dormir, olhei Gabriela,que já dormia.
- Mamãe, o que aconteceu com o papai? – Maria perguntou, assim que a cobri, e enrolei-a nas cobertas.
- Como assim, anjo? -  indaguei, não entendendo o que aquela pequena criaturinha poderia entender.
- Ele está estranho – ela comentou, bocejando.
- Deve ser cansaço – fugi do assunto, aquilo não era coisa para gente pequena – assim como você – dei um peteleco em seu nariz, e ela riu.
- Boa noite mãe – disse.
- Boa noite, meu amor – dei um beijo em sua testa, enquanto ela fechava seus olhinhos.
- Boa noite papai – ela olhou rapidamente para a porta, e voltou a fechar os olhos.
- Boa noite pequena – me virei, encontrando Arthur parado no batente da porta. Parecia o mesmo de 7 anos atras, mas no fundo dos olhos, trazia uma tristeza leve. Saí do quarto, sem parar para falar com Arthur, e me dirigi a meu quarto, indo tomar um banho quente. Quando saí, Arthur estava sentado na cama, com uma foto na mão, peguei meu pente para pentear o cabelo e me sentei ao seu lado, a foto que segurava: http://www.scrapee.net/uploaded/scrapee.net_20130329143844IcZh.jpg . Um presente recente de fã, que certamente teve ajuda da Sophia, pois tinham muitas fotos de acervo pessoal ali.Ela estava ao lado da cabeceira da cama, junto com uma foto minha com Maria. Ele olhava basicamente uma foto, espontânea, que estávamos rindo sentados em um sofá, longe um do outro, bem na época que escondíamos o namoro. Eramos tão jovens.. não que eu seja velha agora, mas nós mudamos tanto, passamos por tanta coisa, mas lá no fundo continuamos tão iguais, tão parecidos, tão infantis, tão apaixonados.
- Lu – ele disse com a voz rouca, pode-se dizer até amargada, carregada de coisas – não esquece que eu amo você, ok? – ele agora me olhou, vi seus olhos refletirem tudo o que se passava em seu coração, toda nossa história, toda dor que eu o fiz passar, toda a culpa que ele sentia, vi um menino indefeso, frágil, pequeno, o meu menino – Não esquece que eu amo você, que você trouxe as melhores coisas na minha vida, você me tornou melhor, Lu – ele falava lentamente, cada palavra refletida em seu olhar, as lágrimas presas ali, a muito tempo. Eu o magoei, e agora eu via ali,mas  ele também havia me magoado, e muito, e é nessas horas, que nos vemos a força do destino, nós tínhamos que ficar juntos, nós temos que ficar juntos, e eu tinha certeza disso.Eu confiava nele, eu tinha confiar, mas isso não era uma obrigação, eu conseguia confiar nele, eu podia, ele voltará a ser meu menininho, meu Arthur, meu amigo, confidente, irmão,meu namorado, meu marido. Arthur era tudo para mim, eu fui boba.
- Fui boba em deixa-lo – murmurei muito baixinho, tão baixo que nem reparei que havia mesmo falado, até Arthur respondeu.
- Errou, mas todos erramos – seus olhos amargurados já não seguravam as lágrimas – e continuamos errando, o tempo todo – sua voz, agora era apenas um sussurro, quase inaldivel, ficamos em silêncio. – Pequena, eu tenho que te contar uma coisa – a sua voz não tinha nada de determinação, era falha, leve, mas tão carregada. Ele juntou as mãos nos joelhos, e abaixou a cabeça, eu queria tanto abraça-lo, embala-lo em meu colo, dizer que tudo ia ficar bem, que nada ia mudar, nunca, entre nós.
- O que foi, Arthur? – perguntei, depois de ficarmos tanto tempo em silêncio, era quase um século, uma eterninadade, passei minhas mãos por seu cabelo, até sua nuca, em um gesto carinhoso, ele se contraiu ao meu toque, mas continuou imóvel – Ei, olha para mim – continuei fazendo o carinho, e falei, na tentativa de dar forças a ele, parecia tão frágil.
- Não, não posso, se eu olhar para você, não vou conseguir falar, vou me sentir pior do que já estou, eu sou tão errado, eu.. eu..
-Não Arthur, não diz isso- falei, certa, certa de que eu o amava, de que ele era o homem da minha vida, de que..
- Eu fiquei com a Pérola – E quando eu ouvi essas palavras, vindas dele, ali, ao meu lado, de cabeça baixa, chorando, toda minha certeza de esvaiu- Lu, me desculpa, eu.. – ele começou a dizer, fiz sinal para que parasse, levantei a cabeça para evitar que lágrimas escorressem por minha face, eu não ia chorar, eu era madura o suficiente para não chorar, para resolver isso como adultos, me levantei da cama, ficando de costas para Arthur.
- A quanto tempo? – perguntei, tão fraco, e ele demorou a responder, e quando o fez, foi tão baixo quando eu.
- Lu, foi só uma vez – ele falou, pude sentir sua presença perto de mim – Ela ficava me provocando, e disse que se .. – ele começou a dizer, engoliu a seco – se eu dormisse com ela, ela nos deixaria em paz.
- Você transou com ela, para que ela te deixasse Arthur? Quanta inocência! – falei irônica, ele não respondeu, passei a mão com força por meu rosto, para ter certeza de estar acordada, ele não respondeu, fitava as mãos.- Como você pode? Como teve coragem de fazer algo assim? – perguntei, incrédula. Ele levantou o olhar, agora, transmitindo apenas um sentimento, raiva. Estremeci, mas disfarcei, não iria ceder, ele havia me traído, de novo, com a mesma pessoa! Isso soa idiota, para mim, e eu não sou mais uma garotinha para sofrer por amor.
- Quer falar de coragem Lua? – ele levantou o olhar, parando a minha frente – Acho que você é bem mais corajosa, meu amor – falou irônico, meu sangue fervia, o ambiente fervia – Afinal, para fugir do seu namorado, GRÁVIDA, sem deixar nenhum recado para ele, requer bastante coragem, não é? – As lágrimas que segurei até então caíram, resplandecentes.  – E o melhor, voltar 7 anos depois... como se nada tivesse acontecido! 
- Você me traia! – falei – Alias, você me traí – disse com desprezo na voz – Eu confiei em você, Arthur, duas vezes! E você me traiu, nas duas, e o pior, COM A PÉROLA – gritei, fechando as mãos em punho, eu queria espanca-lo, mata-lo, mas ao mesmo tempo, queria que ele me pegasse no colo e me colocasse para dormir, como um anjo, só que a ira do momento, era muito maior.
- Ah, apenas eu erro aqui né? Você não mudou nada, sempre colocando a culpa dos seus erros nos outros – ele disse, virando-se de costas para mim – Aceita que a decisão de ir embora foi sua! Que nós não eramos mais os mesmos, e a culpa era de ambos! Mas fugir? Lua, você me tirou a chance de ver minha filha crescer, isso é repugnante! – as palavras de atingiam como uma facada pelas costas, como um despejo de sentimentos de muitos anos – Eu fiquei 7 praticamente 7 anos sofrendo por você ter ido – ele falou,mais calmo.
- Sofreu tanto, que logo correu para a Pérola te consolar, né? – falei usando toda a irônia existente.
- E você? Não esperou 2 meses e já estava com outro também – ele falou, virando-se para mim- Só fale quando for exemplo, Lua.
- Eu estava sozinha, em um País estranho, GRÁVIDA de um filho seu, eu estava machucada, e o Nick, ao contrário de você, notou isso – Isso é que eu chamo de lavar roupa suja, rancor, magoa, raiva estavam explanados no ambiente, podia-se sentir o cheiro desse sentimento.
- Ah, é mesmo – ele cedeu- esqueci que você fugiu – ele comentou, como sempre usando a boa e velha irônia – Você aproveitou que o cara era rico, te achou bonitinha, e já correu para ele, enquanto o verdadeiro pai da sua filha se martirizava aqui- Quando vi, minha mão estava em sua cara, deixando uma marca avermelhada, deixando minha palma formigando – A Pérola tinha razão Lua, você sempre faz o que é conveniente para você, e apenas para você. Eu errei te traindo, errei mesmo, e me culpo por isso, mas não vou mais sofrer por você, não vou mais discutir com você, a Maria não merece ouvir isso – ele falou, apontando para o quarto ao lado, onde a Maria se encontrava – Nós dois erramos, e vamos ter que conviver com isso, por ela.
- Não Arthur, você não vai ser obrigado a ficar comigo por ela, a Maria é madura o suficiente para entender que não vamos ficar juntos, não quero e não vou ser um impecilio para a sua felicidade – falei, tentando ficar calma, ele tinha razão, Maria não precisava ouvir isso, é um problema nosso, ela apenas teve a infelicidade de estar no meio.
- Amanhã nos conversamos – ele pegando uma roupa no closet – como adultos, Lua – e entrou no banheiro. Saí do quarto, passando pelo de Maria. Eu não poderia simplesmente ir embora, já foram mudanças demais para ela, eu sei que errei fugindo, e voltei na tentativa de consertar isso. Eu voltei por ela, não pensava só em mim, Nicholas sabia que Maria não era sua filha, assim como Maria sabia que Nicholas não era seu pai. Ele não tinha o direito de me chamar de egoísta. Desci as escadas e fui para a cozinha, eu estava tremendo. Porque erramos tanto? As coisas poderiam ser tão fáceis, mas sempre temos que complicar tudo. Adormeci.

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