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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

3º Temporada de Love comes when you least expect - Capítulo 26




Seus cabelos estavam bagunçados e caídos na testa, ele estava completamente jogado na cadeira, e tremia de frio. Diminuí o ar condicionado, e coloquei um cobertor em cima dele, que se mexeu levemente. Depositei um beijo na testa da Clarinha, acariciando seus cabelos, quando escuto três batidinhas na porta, bem de leve. Levantei e sem fazer barulho saí do quarto, encontrando um Anna e um Felipe parados ali, segurando chocolates de buquês de flores. Abracei com toda força meus amigos, que retribuíram.
- Como você está, Lu? – Anna perguntou, soltando do abraço.
- Cansada, triste, com medo e grávida – falei, rindo na última palavra, isso ainda me deixava confusa.
- Você não pode engravidar quando tudo estiver bem? – ri desse comentário do Felipe.
- idiota – dei um tapa de leve em seu braço.
- E a Clarinha? – Anna perguntou, e percebi a mão de Felipe parar em sua cintura.
- Em coma induzido. – abaixei a cabeça.
- Por quanto tempo? – Felipe, desta vez sério,perguntou.
- Eu não sei, provavelmente até o quadro ficar estável – falei,me escarando na parede – Eu deveria ter reparado – suspirei, e quatro braços passaram ao meu redor.
- Não se culpe, querida – Anna me reconfortava, meu olhos já molhavam sua camiseta -  Não tinha como saber. – suspirei, contendo as lágrimas.
- Lu, será que nos podemos entrar? – Felipe perguntou, me liberando.
- Claro – assenti, abrindo a porta, dando e cara com Nick acariciando a mão da Clara.
- Bom dia Lu, e.. – ele olhou para tras – Anna e Felipe, certo? – o casal assentiu.
- Se importa se nós...? – Anna apontou para Maria.
- Ah, não, claro – falei, dando espaço. Os dois pararam ao lado da cama e começaram a fazer carinhos na pequena.
- Bom dia – finalmente respondi para Nick, abraçando meu próprio corpo – Dormiu bem? – perguntei, rindo da minha própria pergunta idiota. Ele se rexemeu um pouco, e suas costas estralaram.
- A idade não deixa – falou, rindo – Acho que eu vou comer alguma coisa, se não se importar.
- Claro, você precisa descansar – disse, pegando minha bolsa e procurando meu iphone.
- Vou dar uma passadinha no hotel, depois eu volto aqui – ele me due um beijo na bochecha, demorado. Eu afaguei seus braços fortes – qualquer coisa me liga – ele falou, pegando seu celular e carteira de cima da mesa, e então, uma onde de nostalgia nasceu dentro de mim...

                                                                                             Stuttgart, Alemanha.
                                                                                                    30 March – 2006
- Esse é o seu apartamento, love – falei, mostrando ao pequeno bebê embrulhado em meu colo, esperei meu namorado fechar a porta, e escutei mais algumas coisas derrubadas – E aquele desastrado ali, é seu papai- falei, apontando apenas com o dedo para Nicholas, que juntava todas as malas.
- Vai rindo, Lu – ele disse, segurando a risada – no próximo, você tras as malas e eu o bebê.
- Na próxima você pari,aí eu trago as malas – falei divertida, e ele me deu a língua.
- Vem, vamos mostrar o quartinho dela – falei, espichando minha mão para toca-lo- Esse quarto, todo lilás é seu, meu amor – falei, levando um pouco sua cabecinha para que ela visse – Mas agora você não pode dormir aqui, é muito pequenina.
-Você sabe que ela não entende, né?- ele disse, mas podia-se ver a admiração em seus olhos.
- Mas ela sente, Nick – falei, revirando os olhos.
- Então – ele falou, vindo em nossa direção, e abraçando nos duas juntas – ela vai sentir todo o amor que tenho para vocês. – Depositou um beijo na pequena cabecinha careca, e na minha. Continuamos abraços, apenas sentindo que uma nova vida começava ali.




Acordei cedo, vendo ao meu lado Clara dormia tranquilamente, era estranho chamar minha filha assim, Nicholas queria Clara, mas isso me lembrava a irmã do.. de alguém que eu não queria lembrar. Então, eu havia pensado em colocar um nome composto, como Anna Clara, era lindo. Mas me lembrava o Brasil, e isso era a última coisa que queria lembrar, então, quando minha mãe veio aqui em casa, um mês antes do nascimento, ela falou que gostava de Maria. Maria Clara, eba, todos felizes. Maria dormia ao lado de Nicholas, que estava com a barba por fazer, então seus pequenos dedinhos tocavam a barba dele, ela adorava. Levantei e fui fazer o café da manhã, como sempre fazia nesses  meses. Preparei a mamadeira da Maria e panquecas para mim e o Nick, queria cozinhar hoje. Amanhã era o aniversário de 5 meses de minha filha, teríamos uma festinha para os coleguinhas de creche. Estava quase terminando quando o telefone tocou, reconheci um número brasileiro. Meu coração parou, segurava o telefone na mão quando Nicholas descia com Maria em seu colo, ela ria.
- O que foi Lu, não vai atender? – neguei com a cabeça.

Tomamos café e Nicholas foi dar banho em Maria, para saírmos para almoçar.
O telefone tocou de novo, dessa vez, reconheci o número de Anna, minha amiga.

- Hoje faz um ano que eu estou na Alemanha, mesmo tendo que ficar 6 meses sem trabalhar, to conseguindo manter a casa – falei para Anna que riu – sem destruir nada.
   - Boba, você ia conseguir Lu, e não seja modesta, as notícias de seu noivado já saíram em revistas de outros países.
  - Do Brasil? –perguntei assustada.
   - Não, ainda não – ela me acalmou – mas você é uma modelo internacional e vai se casar com um fotografo muito bem reconhecido no mundo da moda, você já saiu em notícias aqui do Brasil.
   - Ah Anna, eu refiz minha vida, deixando tudo para tras – ouço um gritinho fino atrás de mim – ou quase – murmuro.
    - Como ela está, Lu?
    - Bem, o Nick cuida bem dela e a ama, mesmo sabendo de tudo.
    -  Lu, você sabe que ele tem o direito...
    - Não, Anna, ele não tem direito nenhum. – suspirei – Olha, desculpa, mas eu tenho que desligar, manda um beijo pro Fê e para o Pedro.
   - Tchau Lu.
Vou até o quarto da onde a risada fina saiu, eles estavam lá, Nick brincava com Maria Clara, quando me viu a menina tratou de aumentar o sorriso e soltar uns de seus sons de bebê, me fazendo rir e chamar atenção de Nick. O homem loiro, alto, bem branquinho de olhos verdes me olhou e sorriu bobo, vindo me beijar, Clarinha riu ainda mais. Fui até ela e a peguei no colo, dando um beijo em sua testa e trocando sua roupa.






Hoje Maria fazia um aninho, tava tudo uma correria. Mamãe veio me ajudar, pois tinha que chegar cedo no salão onde seria a festa.
Lua [look]
- Mãe, da banho na Maria enquanto eu termina de maquiar? – ela concordou e trouxe minutos depois, minha filha enrolada em um roupãozinho de animais.
- Oi princesa – eu disse, fazendo coessegas em sua barriga.

Peguei-a no colo, e levei até seu quarto, para troca-la.
Maria [look]
- Lua querida – mamãeme chamou, enquanto vestia Maria.
-Oi? – respondi, sem olha-la.
- Quando você vai contar? – ela disse, temerosa.
- Contar? –levantei o olharpara vê-la.
- Para o.. para o pai dela – falou, e ao receber meu olhar, continuou –. Ele tem que saber, meu anjo – Mamãe veio até mim e arrumou o laço do vestido.
- Não sei – foi apenas o que respondi, descendo as escadas.
- Olha, que princesa linda – Nicholas nos esperava no pé da escada, coloquei Maria em seu colo e fui pegar minha bolsa. Olhei de relance. Meu noivo brincava com minha filha. Cada vez mais parecida com Arthur. Era a primeira vez que me permitia pensar nele, e pensar nesse nome me causou certos arrepios, exatamente como no show que fui, mas foi pior. Foi saber que por mais que eu fuja, ele estaria sempre comigo, sempre naqueles olhos, naquele jeito.
- Vamos mamãe? – Nicholas, que segurava Maria,me chamava.
- Vamos – falei, batendo palmas até minha filha, que sorria – vamos, vamos, vamos.
Eu podia ver Arthur naqueles olhos castanhos.






Domingo era entendiante, até na Alemanha. Maria brincava no chão, enquanto eu assistia um filme e Nicholas cozinhava. Eu estava longe, acredito que delirando, porque posso jurar que escutei Maria falar “mamãe”, voltei a tentar prestar atenção no filme, e novamente a voz fininha de minha filha surgiu em minha mente. Olhei rapidamente para Nicholas, que agora olhava da bancada da cozinha. A menina loirinha estava escorada no sofá, e realmente falava “mamãe” me olhando. Uma explosão surgiu dentro de mim, que peguei-a no colo e comecei a pular,logo Nicholas estava comigo.
-Papai – ela disse olhando para ele – mamãe – e olhava para mim. Acho que esse domingo não seria tão entediante.






- Lua? Lu? – acordei com Felipe me chamando.
- Nós temos que ir – Anna completou.
- Oh, tudo bem – levantei – obrigada por virem. – me despedi deles, e voltei a sentar.
- Me liga depois – felipe comentou, saindo do hospital, junto com Anna.
Voltei para o quarto, e me sentei na cadeira de antes. Mandei uma mensagem pro Arthur, falando que estava tudo bem e que ficaria aqui e dizendo que não precisava vir. Sabia que era em vão, porque ele viria.
- Hey, princesas – olhei para a porta que se abria, eum Nicholas renovado aparecia.
- Não precisava voltar tão cedo – comentei.
- Saudade – ele falou, rindo e colocando a mão sobre o peito.
- Lembrei da festa de um ano dela, da primeira vez que ela falou.. – comecei a dizer.
- Lembra do primeiro dia que ela comeu feijão?  - ele falou rindo.






Com 4 anos Maria queria comer feijão. Comida brasileira típica. Contra minha vontade, fomos a um restaurante Brasileiro para que ela comesse o dito cujo. Já na entrada, vi a cara da Maria, ela iria odiar! Mas, mais teimosa que minha filha e meu noivo não existem. Pedi apenas uma salada, enquanto os dois pediram pratos cheios. Dito e feito: Maria se lambuzou toda. O vestido branco que ela teimará em usar não prestava para mais nada. E para melhorar, assim que chegamos em casa, a garota começou a vomitar.
- É com você – falei a Nicholas e subi as escadas, em busca de um banho quente.




- Lembro – falei, gargalhando.
- Foram bons momentos – ele falou, colocando sua mão sobre a minha.
-Foram – concordei, desviando o olhar.
-Ei, ficou com vergonha, Lu? – ele falou, divertido e eu sorri- Eu senti sua falta, quando voltei.
- Eu também estranhei ficar sem você, e muito – eu disse, acariciando sua mão sobre a minha.
- Mamãe? – escutei a voz de Maria, e mais uma vez, imaginei delirar. Mas Nick a olhava, e não parecia tão surpreso.
- O médico disse que ela acordaria, esqueci de dizer- fingi ficar brava, mas logo amoleci ao escutar novamente a voz da minha pequena.

Mel pov’s
Terminei de passar meu batom nude, olhando, mais uma vez, meu corpo inteiro no espelho.
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Peguei minha bolsa junto com as chavez do carro e saí de casa, pensando mais de mil vezes em voltar.
- Vamos Mel, uma hora isso teria de acontecer – murmurei para mim mesma, enquanto aguardava o elevador descer. Chamei um taxi e dei o endereço do restaurante em que ele me aguardava.
Vi a pequena multidão na porta do local.
- Sabe se esse restaurente possui outra entrada? – perguntei ao motorista.
- Não gosta de multidão? – ele virou, rindo.
- Não muito – sorri amarelo, pegando minha carteira. Peguei o dinheiro e alcancei.
- Minha filha me mandou uma mensagem dizendo que alguém daquela bandinha, aquela que ta na moda, sabe? Ia estar aqui – ele disse, enquanto me alcaçava o troco.
- Eu sei – respondi, simplesmente.
- É por isso que está aqui? – O motorista curioso indagou.
- Não, apenas vi no twitter – respondi – mas já havia marcado com .. meu namorado – menti, me livrando do motorista. Assim que saí do taxi, a multidão estava bem maior. Consegui passar despercebida até a porta, onde o segurança estava com uma cara não muito boa. Passei por ele, encontrando a recepcionista.
- Olá, tenho uma reserva – dei o  nome para a recepcionista que entendeu, me levando para o andar superior. Ele estava lá, sentado na mesa, mexendo no iphone, usava uma camiseta cinza em cola V e uma calça jeans escura. Seu velho vans.  A prova viva que o dinheiro não muda as pessoas, quando me viu largou o iphone e sorriu, tenso.
- Oi – disse simplesmente,me sentando a sua frente.
- Tudo bem? – ele perguntou.
- ótimo, e você?
- Bem – ele riu torto e chamou o garçom.
- Desejam algo? – O homem vestido todo de preto perguntou.
- Vou querer uma agua e uma salada verde – falei, lhe devolvendo o cardápido.
- Um suco de limão e bife a parmegiana – Ele me imitou. Quando o garçom de retirou, o silêncio ficou constrangedor, tudo ficou quente e tenso.
- Um hora não teremos que conversar sobre isto – Ele se pronunciou finalmente.
- Eu sei – murmurei – Mas foram só duas vezes, e não ocorrerá uma terceira – apressei-me a dizer.
- Também não haveria uma segunda – ele retrucou.
- Descuido – respondi, olhando para o lado.
- Então, quer dizer que eu sou um descuido? – ele falou, colocando uma entonação de raiva na última palavra.
- Eu não sei o que eu quero dizer, Chay – soltei de uma vez.
- Também estou confuso, Mel – ele abaixou a guarda – Não quero e não vou magoar a Sophia, o que eu tive com ela foi muito especial e intenso, mas a verdade é que eu estou completamente apaixonado por você. – Ele foi sincero, eu via em seu olhar.
- Então somos dois que não queremos magoar a Soph – falei, abaixando o olhar.
- Isso quer dizer que você quer ficar comigo? –ele supôs.
- Eu gosto de ficar com você, mas não sei o que significa – resolvi ser sincera também.
- Eu sei que amo a Sophia, mas é um amor diferente, não é o que eu sinto por você... tão avassalador.
- Isso se chama paixão – retruquei.
- Que seja, eu quero viver essa paixão – ele soltou de uma vez – e você, quer arriscar?
- Não quero magoar a soph, já disse – comentei.
- Não foi essa minha pergunta – ele falou, sorrindo torto.
- Vamos encerrar esse assunto? – falei, tentando fugir de sua pergunta central.
- Não – ele disse simplesmente  - nós dois sabemos onde isso acaba – falou, com um sorriso malicioso nos lábios e o mesmo sentimento brilhando no olhar.
- Chay! – ralhei, corando.
- Qual foi Mel – ele revirou os olhos, enquanto o garçom colocava nossos pratos em cima da mesa – Não é fácil olhar para você perto de todos e fingir que não aconteceu nada..
- Falou, aconteceu. Verbo conjugado no pretérito.. – comecei a falar, mas fui interrompida por sua mão.
- Sem essa, tá?
- Ok – falei, emburrada.
- Você não sabe– ele disse rindo.
- Não sei o que, criatura? – dissejá um pouco emburrada.
- Disfarçar – cruzei as sobrancelhas, em interrogação – que você está doida para me beijar – ele falou, piscando o olho direito,não respondi nada, apenas tentei conter o sorriso que surgia em meus lábios. A verdade é que sim, eu estava doida para beija-lo.






POV’S Arthur
Assim que recebi a mensagem da Lua, falando que  Maria tinha acordado, corri para o hospital, nem ligando para a imprensa que já estava na porta, abri a porta sem pensar duas vezes e me arrependi assim que o fiz. Maria estava deitada, com o rosto virado para Lua. A mão esquerda entrelaçada com a mesma. Do outro lado, de costas para mim estava Nicholas, segurando a mão direita da menina. A outra mão de Lua repousava sobre a perna da menina, e por cima da sua, repousava a mão de seu ex.
- Pai – Maria falou, sorrindo para mim. Então logo Lua levantou seu olhar, e sorriu para mim. Ela andou rápido em minha direção, parou ao meu lado e passou as mãos por meu pescoço, passei a mão por sua cintura, sem dizer nada. Então, Nicholas finalmente se virou, no seu olhar, eu podia ver raiva.





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6 comentários:

  1. Adorando sua web
    A Lua e o Nicolas ñ vão ter uma recaida ñ né?
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    1. Há foi mal meu nome é Carol

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    2. bom não posso falar se não acaba a graça da web, obrigada por esta adorando a web posto mais se tiver mais dois comentários bjs

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  2. Ai meu deus adorando mais espero que a Lua e o Nicolas nem se toquem,pq só de pensar no como o Thur vai ficar chatiado me machuca
    (Juh)

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  3. Mt foda parabens!
    (Amanda)

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