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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

3º Temporada de Love comes when you least expect - Capítulo 25






Quando acordei via apenas tudo branco, que irônico, pois a última coisa que me lembrava era da escuridão. Fechei minha mão, na tentativa de encontrar forças para me levantar. Minha cabeça doía, meus dedos estavam dormentes. Tentei falar algo, mas apenas um murmúrio saiu da minha gargante.
- Oi Lu – ouvi alguém dizer, e logo cabelos longos e pretos estavam ao meu lado. Mel. Ela depositou um beijo em minha testa .
– Onde está a Maria? – algo dentro de mim me fazia perguntar. Não interessa onde eu estava ou porque estava ali, um ponto dentro de mim dizia que deveria vê-la, agora. Mel demorou-se a responder.
- Ela está melhor, agora você tem que ficar bem também, ok? – Mel falou, mas como uma mãe, meu instinto leoa não iria me deixar ficar ali, levantei sem perguntar nada. Usava uma camisola branca, agora sabia que estava em um hospital. Levantei e caminhei até a porta, vendo  Mel emmeu encalço.
- Lu, por favor, você não pode – ela dizia, mas eu ignorava. Quando coloquei amão na maçaneta uma forte dor em minha barriga me fez parar, no chão se via já uma grande poça de sangue, tudo ficava turvo. Com a ajuda de Mel voltei para a cama e me sentei, nem um segundo depois o médico entrou no quarto.
- Olá Sra. Aguiar – ele disse, formal, até ver a poça de sangue – O que aconteceu? A senhora levantou? – ele falou, dessa vez, olhando para Mel, que abaixou o olhar.
- Eu tinha que ver minha filha – disse, indignada.
- Mas não adianta cuidar de um e esquecer de outro – ele comentou – deite, vamos fazeruma exame – ele disse, nem tive tempo para pensar. Uma enfermeira limpou o sangue enquanto outra me ajudava. O médico apertou um pouco minha barriga.
- Vamos leva-la para fazer um ultrassom – a enfermeira comentou, me ajudando a ir em uma cadeira de rodas.
- Não estou paraplégica para andar nesse treco – falei, reclamando. Mel deu de ombros e a enfermeira riu.
- Calma sra. Lua, não pense apenas em você – então, passamos em frente a UTI e eu me lembrei de tudo. Maria tem leucemia. Foi isso que o médico disse.Minha filha tinha leucemia, meu coração apertou, meus olhos se enxeram d-agua. Eu precisava vê-la de perto, bem pertinho de mim. Foi quando vi Arthur sair da sala. Ele estava de cabeça baixa, os braços apertando o corpo, quando me viu, abriu um breve sorriso.
- Acordou, dorminhoca? – falou, se agachando na minha frente e depositando um beijo em meus lábios. Senti o gosto de suas lágrimas. Eu ainda não fazia ideia do porque tinha que fazer esses exames, mas sem Arthur, fui lá em fiz. Os médicos acharam melhor esperar um pouco para me dar os resultados, e eu não insisti, queria muito ver minha princesa. Ainda naquele treco de cadeira de rodas, fui em direção ao quarto 6B da UTI infantil, Arthur estava parado na porta, e veio me abraçar. Por mais que eu quisesse muito Arthur, eu queria mais Maria, me desviei de seus braços e adentrei o quarto. Ela estava lá. Os cabelos soltos sob lençóis brancos, os braços ao lado do corpo, cheio de aparelhos, e eu podia ver sua respiração, seu peito que descia e subia, movimentos que o meu já não fazia, vê-la ali doía tanto, desviei de todos os abraços, quando eu o vi. Não pensei em mais nada, apenas corri para seus  braços.
- Nick, eu não quero perde-la – funguei, perto de seu pescoço, ainda abraçada.
- Não vai Lu, ninguém vai perde-la – Nicholas comentou, afagando meus cabelos com carinho.
- Eu não sabia, a culpa é minha, eu deveria ter reparado que ela estava mal, ah meu deus! – Falei,me virando nessa ultima parte para poder ver minha filha novamente.
- Lua, por favor, fique calma – Mel disse – o médico disse que você não pode se esforçar novamente..
-Pelo bem do bebê – A enfermeira que entrava comentou.
- Que bebê? – eu, Arthur e Nicholas perguntamos ao mesmo tempo.
- O seu, sra. Aguiar – a enfermeira disse cordial, e me fez sentar novamente na cadeira, não que tivesse que fazer muito esforço, pois nesse momento eu havia perdido meu chão. Eu estava grávida? – É tão bonito quando pessoas próximas engravidam ao mesmo tempo – a enfermeira falou sorrindo.
-O que? Quem mais está gravida? – falei, ainda assimilando tudo isso.depositei um beijo na testa de Maria e muito contrariada, voltei para a cadeira de rodas, afinal, tinha que cuidar de outro bebê. Automaticamente minha mão foi até minha barriga. Olhei para Nicholas que sorria, sorria como da vez que eu disse que aceitava me casar com ele, mas ao seu olhar cruzar com o de Arthur, uma sombra de dor surgiu em seus tão lindos olhos. Arthur por sua vez nem reparou, sorria bobo, mas no fundo, eu ainda via a tristeza e a vermelidão, todos estávamos tristes, nossa princesa estava doente.
- A Carla – Arthur disse – de 3 meses- ele disse, sem me olhar – e você Lua? Está grávida de quantos meses? – agora, dirigindo o olhar e o corpo em minha direção.
- Eu não... eu não sei – suspirei.
- De 2 meses, sr.Aguiar – a enfermeira respondeu – Mas agora vocês tem de descançar, aconselho a levarem-na para a casa.
- Eu levo – Arthur disse.
- Não – ele me olhou surpreso – quem vai ficar aqui?.
- Eu fico – Nicholas disse, vi que Arthur iria contestar, mas acabou por desistir. Deixei que me guiasse até em casa, para um banho quente.

Pov’s Arthur
Lua estava no banho, e a imagem dela correndo para os braços de Nicholas, por mais que eu quisesse, não saía da minha cabeça, ela precisou dele, correu para ele. Nem percebi quando ela saiu do banho:
http://www.polyvore.com/cgi/set?id=78412544&.locale=pt-br            
Estava sentada ao meu lado, a mão repousava na barriga, o olhar estava distante, assim como o pensamento. Sentei-me ao seu lado, pronto para abraça-la, mas eu simplesmente não conseguia, aquela imagem não saía de minha mente, ela o abraçara, sem pensar em amis nada. Minah filha tem leucemia, o cara que a criou está de volta, e a Lua e a Carla grávidas. Era muita coisa, mas foi só ver as lágrimas escorrendo por seu corpo, para meus braços correrem ao seu redor, deitamos assim, abraçados, minha mãe acaricia a barriga de Lua e eu depositava beijos em sua cabeça. Ela tentava controlar o choroe fungava algumas vezes, eu não sabia o fazer, só conseguia abraça-la e tentar reconfortar, passando a força que nem eu mesmo tinha. Se para mim isso era ruim, não era eu quem carregava uma criança, eu conhecia os hormônios, quer dizer, imaginava.
- Arthur? – a voz fraquinha de Lua me chamou.
- Oi meu amor?, eu to aqui – falei, acariciando seu braço que tremia.
- Eu to com tanto medo, tanto – ela falou com calma, ainda fungando.
- Eu também – murmurei. Não era o certo para se dizer, mas em uma hora dessas, nada é certo.
Pov’s Lua.
Acordei ainda abraçada a Arthur, com calma saí, após escovar os dentes notei meu iphone em cima da mesa, peguei-o disposta a saber mais sobre a doença que afetava minha filha:


– O câncer infantil, em geral, acomete as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Na leucemia, há um acúmulo de células anormais, que não completaram a sua maturação na medula óssea. Elas acabam por prejudicar ou impedir a formação dos glóbulos brancos (responsável pela defesa do organismo contra infecções), glóbulos vermelhos (que levam oxigênio dos pulmões para abastecer os tecidos) e plaquetas (células especializadas em estancar sangramentos). De acordo com o grau de maturação das células defeituosas a leucemia é classificada em subtipos que facilita o estudo da evolução da doença e resposta a novos tratamentos:
Parei para beber um pouco de suco, e respirar, pois enquanto lia,  notei que trancava a respiração.
- Leucemia linfóide (LLA) é o tipo mais comum em crianças correspondendo a 75% das ocorrências. Conta com alto índice de cura, chega a 80% dos casos.
- Leucemia mieloide é menos comum em crianças. Com índice de ocorrência em torno de 25% do total de casos de leucemia infantil.

Eu precisava me informar sobre isso com os médicos, se quisesse ajudar mais Maria, o que eu realmente queria.
 O tratamento é realizado por meio da administração de quimioterapia endovenosa e oral. A quimioterapia consiste de drogas que agem nas células imaturas. Podendo agir também em outras normais, por isso os efeitos colaterais, como queda de cabelo.
Não me eu me importasse com a queda de cabelo, mas só de imaginar minha princesinha careca, meu coração doía.Não ver mais seus lindos cabelos bagunçados ao acordar, ou todo dia ve-la perguntar se devia lava-lo. E a imprensa? Não podia pensar nisso agora, meu foco seria salvar e curar minha filha. Segundos após fechar o site, a campainha tocou, comecei a correr, mas lembrei que não devia, então, com calma abri a porta, vendo Carla ali parada, de cabeça baixa.
Carla [look]
- Lu, eu sei que não é um bom momento, mas... eu preciso conversar – vi seus olhos merejados. Lembro-me de não gostar muito dela no ínicio, mas agora ela é minha cunhada.
- Realmente não é um bom momento, mas se eu puder ajudar.. – disse, sentando-me ao seu lado.- Quer tomar alguma coisa? – perguntei.
- Uma agua – fui para a cozinha pegar o copo, e quando volto Carla já estava aos prantos – Arthur está em casa? – ela perguntou, fungando.
- Dormindo – respondi e vi ela abaixar o olhar – quer conversar em outro lugar? Preciso passar no hospital depois do almoço, então, se quiser podemos almoçar juntas – ela assentiu, e eu fui trocar de roupa.
O dia estava quente, então saímos e pegamos um taxi até o restaurente francês que iriamos. Assim que saímos do prédio, um grupo de fotógrafos chegou até nós, batendo fotos e fazendo perguntas.
Lua [look]
- É verdade que o estado de Maria Clara é grave, Lua? – um jovem de terno me perguntou.
- Não vou falar sobre isto – falei, procurando um espaço para passar.
- Ontem vocês saíram sozinhos do hospital, ela está internada? – Uma mulher, vestida elegantemente perguntou.
- Já respondi, não vou falar sobre isto, agora, com licença – falei, passando novamente pela nuvem de pessoas.
- Carla é verdade que seu affair é o Bernardo Falcone, integrante da banda do seu irmão?
- É verdade que você está grávida de Bernardo Falcone?
Esperei por Carla, ainda paralizada na multidão.               Apesar de tudo, ela e Bernardo ainda não haviam se pronunciado para a imprensa sobre o relacionamento deles, que nem eu entendia. Puxei-a pela mão e pegamos um taxi.
-se délectant, por favor – falei ao taxista, que seguiu seu rumo.
- Nunca vou me acustumar com isso- ela suspirou dentro do taxi.
Já no restaurente, depois de pedirmos nosso pratos, Carla maxia no guardanapo, sem falar nada.
- Eu sei que você está grávida –me adiantei, e ela levantou o olhar surpresa – e fico muito felizpor você – sorri, carinhosa.
- Não, eu nem sei se eu fico feliz – me surpreendi com o que ela disse.
- Porque? – indaguei.
-Pois não sei o que o Bê vai achar, e  é muito cedo.. eu sou tão nova, to com tanto medo – ela disse, suspirando.
- Olha Carlinha, você realmente acha que é cedo? Eu tive minha filha com 18 anos, isso é cedo! – falei, soando um pouco mais irritada do que deveria, ela recuou- desculpe, mas o Bê ama você, ama muito!
- O Arthur te amava... – ela comentou baixinho – mas isso não ajudou.
- O Bernado não é o Arthur, carla. E você não é a Lua –falar de mim em terceira pessoa é tão estranho, ela pareceu confusa – Quero dizer que vocês não cometeram os mesmos erros, não tem os mesmos pensamentos.
- Mas eu tenho tanto medo, a imprensao, tudo Lu – ela murmurou.
- Da muito medo, eu sei que da – falei – quando tive a Maria, já surgiu especulações sobre o pai dela ser o Arthur, a imprensa caía em cima, mas o importante é você saber lidar com ela.
- Mas eu não sei – ela abaixou o olhar.
- Terá que aprender – eu disse – começando com seu relacionamento. Converse com o Bernardo, ele vai saber o que fazer, vocês vão ter que chagar em um acordo, juntos. – ela assentiu e nossos pratos chegaram.Depois de comermos, fui até o hospital. Na portaria mais alguns repórteres aguardavam.
- Lua, Lua, Lua- me chamavam- responda algumas perguntas para o meu jornal, por favor!- Ignorei todos eles. Normalmente eu pararia para conversar, mas agora eu estava apressada.
- Já aqui, sra.Aguiar? – a enfermeira me perguntou.
- Sim, ela melhorou? – perguntei, a enfermeira negou – Poderia falar com o médico responsável por minha filha?
- Claro – a enfermeira loirame guiou até uma sala,onde aguardei sentada.
- Sra.Aguiar? – Um homem de cabelos grisalhos e jaleco branco e azul me chamou – Sou o doutor Hodgins, parabéns pela gravidez – ele apertou, cordialmente minha mão.
- Obrigada, doutor – agradeci.
- Então, gostaria de falar comigo?
- Sim, tenho algumas dúvidas... – então, comecei a fazer perguntas parao médico de minha filha. Minha mão, institivamente iria para o meu ventre, exatamente como era quando estava grávida de Maria. Como eu pude não notar?! Mas minha menstruação descia normal.Lembrei quando descobri que estava grávida da Maria, minha menstruação não descia, mas a médica comentou que poderia descer em certos casos. Saí da sala do médico totalmente atenta ao caso dela, quando entrei no quarto da UTI, vi minha princesa deitada, do mesmo jeito que no dia anterior, e na cadeira ao seu lado, dormindo, exatamente como eu me lembrava, estava Nick.

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