Páginas

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Amor Por Contrato


                                                                                              17º Capitulo


- Não me desafie Arthur Aguiar. Não desafie. - ela o repreendeu
- Longe de mim. - ele disse com um pequeno sorriso no rosto
- Me largue Arthur ! - ela pediu novamente
- Tudo bem. - ele disse calmo descendo degrau por degrau
- Serio ? - ela perguntou seria
- Não. - ele disse antes de abrir um grande sorriso
- Argh! - ela bufou – Eu te odeio. - ela disse baixinho, tendo certeza de que ele ouviria.
Se dando por vencida, nada mais podia fazer se não apoiar a cabeça no ombro de Arthur e deixar-se ser carregada.
E assim o fez, afinal Arthur parecia carregar um bebê caminhando com tamanha facilidade.
Foi somente quando descansou a mão em seu ombro de se deu conta de que ele estava sem camisa.
Como se tivesse levado um choque, ela afastou a mão rapidamente, se perguntando se devia ou não também lhe afastar a cabeça.
Antes que pudesse fazê-lo ele a sentou na bancada da cozinha, e se afastou até a geladeira.
Lua engoliu seco, e encontrou dificuldades para respirar.
Como não havia notado que estava apenas de cueca ?!
- São as bananas que são ricas em potássio, certo ? - ele perguntou procurando alguma coisa na geladeira
- Aham. - O que ele havia perguntado mesmo?
Céus como ela nunca havia reparado naquele corpo ?!
Respirando fundo, ela repetiu aquele que já havia se tornado seu lema;
Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficar bem.”
- Aha! - ele disse vitorioso tirando uma garrafinha d`água da geladeira e apanhando duas bananas na fruteira – Tome, coma isso. - ele disse lhe alcançando os mantimentos.
Do jeito que a sua garganta esta seca a água não cairia nada mal.
- Obrigado, pode subir agora, eu me viro. - ela garantiu tentando enlouquecida mente voltar sua atenção apenas para os alimentos
- Vou esperar você comer. - ele disse se sentando ao lado dela
Ela agradeceu por estar usando seu pijama da flanela bastante recatado.
O silencio caiu sobre eles, e Lua teve certeza que nunca mastigara tão rápido em toda a sua vida.
Estava terminado de comer a segunda banana quando Arthur falou :
- Fui convidado para um jogo de beisebol na quarta. - ele disse coçando a barba mal feita
- Você vai ? - ela perguntou com a boca cheia
- Acho que sim. - ele deu de ombros – Estou tentando fazer negocio com dois caras que vão a este jogo.
- Eu preciso ir ? - ela perguntou aparentemente incomodada
- Não. - ele riu – É só homens. Nada de esposas. - ele garantiu
- Melhor. - ela tomou um gole de água – Odeio beisebol.
- Somos dois. - ele disse com um sorrisinho
O silencio voltou a pairar sobre eles novamente, mas Lua logo tratou de quebrá-lo quando se pegou pensando se Fuzz estaria no tal jogo.
- Já encontrou alguém para ser sua nova secretaria ? - ela tentou se mostrar interessada
- Sim. Ela ira começar segunda.
- Qual é o nome dela ? - ela perguntou mais interessada
- Perola Farias.
- Velha ou nova ?
- Nova. - ele disse descendo da bancada e ficando de pé em frente a ela
- Loira ou morena ?
- Morena. - ele disse arqueando uma sobrancelha visivelmente confuso
Fuzz, a vadia, é loira. - Lua pensou imediatamente, e antes que pudesse pensar abriu a boca acabou perguntando :
- Ela é bonita ?
Um sorriso zombeteiro se estampou no rosto de Arthur enquanto ele deu dois passos e se inclinou sobre ela colocando uma mão em cada lado do seu quadril na bancada.
- Você esta com ciúmes Lua ?
Sua pergunta direta a pegou desprevenida, e a fez se afogar com a própria água.
Ela tratou de acalmar a tose e disse rápido :
- Estou apenas curiosa Sr. Eu me acho ultimo brigadeiro do planeta. - ela disse brava. 
Ele riu sem sair do lugar.
- Quer saber, eu nem quero saber mesmo. - ela disse dando de ombros e tomando mais um gole d`água
- Se não queria saber, porque perguntou ? - ele provocou
- Porque eu estava tentando ser legal e puxar papo, mas quer saber ? - ela perguntou decidida – Eu desisto ! Não da pra falar com você. - ela bufou – É por isso que eu vou aceitar o convite de Sophia. 
- Que convite ? - ele disse dando um passo para trás e pondo certa distancia entre eles.
- Combinamos de sair hoje cedo. - ela disse de improviso – E não sei que horas vou voltar.
- Aonde vocês vão ? - ele perguntou curioso
- Com ciúmes Arthur querido ? - ela perguntou irônica.
Ele sorriu voltando a coçar o queixo.
- Estou apenas curioso Sra. Eu sou irônica e brava...
Ele pode ver a raiva de Lua só de olhá-la, e riu quando ela ficou quieta diante a provocação.
- Pois adivinhe. Vai ficar curioso. - ela disse descendo da bancada para ir embora.
Com um gesto rápido, Arthur lhe trancou a passagem fazendo-a trombar nele.
Ela o olhou brava e respirou fundo :
– Agora se me da licença, eu vou para o meu quarto !
- E o meu beijinho de boa noite ? - ele perguntou serio
Lua estremeceu dos pés a cabeça. Ele estava falando serio ?
Não … não estava. Pelo menos aquele sorriso zombeteiro no rosto dele mostrava que ele estava brincando.
- Vá a merda Arthur ! - ela disse lhe empurrando com força para longe
- Já disse que você é sutil como uma bazuca ? - ele brincou a deixando ir
- E você é irritante Arthur. - ela lhe mostrou a língua como uma criança de cinco anos e começou a subir as escadas
- Ei Luh, só pra constar – ele gritou a fazendo parar – ela não é tão bonita quanto você.
O coração de Lua parou e de repente voltou a bater depressa, fazendo todo o sangue dela se acumular nas bochechas, e quando ela estava prestes a sorrir ele completou.
- Não precisa ficar com ciúme. - ele lhe deu uma leve piscadela com o olhos esquerdo.
O sangue das bochechas prontamente subiu até a cabeça e com um sorriso irônico ela nada disse apenas continuou subindo as escadas. Afinal tinha mais com que se preocupar, como por exemplo ligar para Sophia e marcar alguma coisa ainda para aquela manhã.
Sem sombra de duvida Sophia estaria dormindo a julgar que eram cinco da manhã de um domingo, mas agora ela precisava realmente sair. Não podia dar o gostinho de mostrar a Arthur que estava mentindo. Não mesmo.
Entrou em seu quarto e fechou a porta com força exagerada, correndo para encontrar o celular.
Depois da pequena busca entre a cama e a penteadeira, ela o encontrou no criado mudo.
- Atende Soph, atende ! - ela repetia enquanto o telefone apenas chamava.
No quinto toque a loira atendeu :
Huun … - ela gemeu
- Você esta acordada ? - Lua perguntou cochichando – Desculpe não queria te acordar as 5 da manhã.
- Lua ? - a loira agora falou – O que aconteceu ? - ela parecia assustada – Você esta bem ? Alguém esta morrendo ? - a loira falava depressa e ofegante
- Não, não se acalme ! Eu te liguei para marcamos de sair hoje.
Brava, porem parecendo mais aliviada, Sophia apenas disse gritando.

- Puta que pariu, eu achei que fosse algo importante sua idiota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário