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domingo, 2 de junho de 2013

Doce Amor capítulo 100 (último capítulo)


Dedicado a Bia Junqueira



— Mas o quadro mudou tudo o que você sentia...?

Ele fez que sim, suspirando.

— Porque eu sou um idiota. Porque eu não acreditei quando você me disse que não era a modelo do retrato. Mas ela era igualzinha a você! — ele gritou. — Igual à Lua que eu vira na noite que passamos juntos. A Lua que queimava como fogo em meus braços. A Lua que assombrou meus dias e invadiu minhas noites. — Arthur balançou a cabeça. — Ao ver aquele quadro e imaginar o homem que o pintara olhando para você e vendo exatamente o que eu vira, tocando-a do mesmo modo que eu a toquei... Fiquei tão furioso que acho que estava cego de raiva quando nos encontramos — ele confessou.

Arthur estava mesmo dizendo aquilo tudo para ela!

— E agora? — ela perguntou, ansiosa. — Agora que você sabe a verdade? Você aceitou romper o noivado e concordou em cancelar o casamento — relembrou Lua, ríspida.

Arthur sorriu para ela, envergonhado.

— Eu estava tentando fazer a coisa certa. Percebi que cometera uma violência contra você porque me enganei e achei que você estava tentando se casar comigo engravidando intencionalmente. E eu estava enganado, Lua. Agora sei que você ficou tão surpresa com a gravidez quanto eu. Pior, você
provavelmente deve ter ficado apavorada. E eu agi como um completo canalha — ele murmurou, com raiva de si.
— Mas agora...? — tentou Lua mais uma vez.
— Agora, depois de ouvir o que Andre Souter disse, depois de ouvi-lo descrevendo o quanto amava Claudia e o que passara depois que a perdera, decidi que, a não ser que eu queira ficar maluco, tenho de parar de agir como um cavalheiro — ele disse, determinado. — Não quero ser outro Jack ou Andre, me render a uma vida vazia e sem amor porque deixei a mulher que amava escapar de mim sem nem mesmo tentar mostrar a ela o tamanho desse amor e o quanto quero estar ao lado dela. Mesmo que demore meses ou anos, eu vou conquistar você, Lua Blanco. — Arthur se aproximou para pegá-la pelos braços. — Vou cortejá-la e conquistá-la. Eu a amo tanto, preciso tanto de você, que jamais deixarei que você escape de mim. Você me permite fazer isso, Lua? — ele disse, apertando-a. — Você me dará uma chance de cortejá-la, de cuidar de você, de amá-la?

Ela quase riu daquela pergunta ridícula. Já o amava tanto que se separar dele estava sendo um pesadelo do qual não conseguia acordar!

— Não, acho que não, Arthur — ela disse, tristemente. — Não, não quis dizer isso! — apressou-se para tranquiliza-lo, ao perceber que ficara completamente branco. — Veja só, o fato é que eu já o amo. — ela sorriu. — Eu o amo há meses, mesmo antes de você conversar comigo pela primeira vez — ela confessou, divertindo-se. — E se você concordar, eu gostaria de manter o nosso casamento.
— Lua...? — Arthur olhava para ela, sem poder acreditar no que ouvia.
— Eu o amo, Arthur! — era tão bom poder dizer aquelas palavras, sem culpa, de uma vez por todas. Deixar que o amor transparecesse nos olhos e lhe alegrasse o rosto. — Eu o amo e quero passar o resto da minha vida ao seu lado!

Arthur ficou olhando para Lua, enquanto ofegava, trêmulo.

— Para toda a eternidade! — ele disse, enfático. — Não aceito nada menos do que isso!
— Para toda a eternidade — repetiu Lua, rindo feliz.
— Também não aceito nada menos do que isso.
— Eu juro que seremos felizes juntos, Lua — garantiu Arthur. — Muito, muito felizes mesmo.

Ela acreditava no que ele dizia.

E quando os gêmeos, Miguel e Isabela, nasceram, sete meses depois, todos saudáveis, a mãe inclusive, Lua soube que estava certa em confiar e acreditar no que Arthur lhe dissera, que o amor que sentiam um pelo outro aumentaria a cada dia que passassem juntos.E assim seria, por toda a eternidade.

Fim

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