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domingo, 16 de junho de 2013

Mais Que Um Amigo Capitulo 6


POV LUA


- Está certo. Se perder, você terá de cortar o cabelo bem curto e tingir de loiro oxigenado - Propôs, me olhando e mexendo as sobrancelhas.

- O QUÊ????? – gritei.

O Arthur devia estar maluco. Ele sabia muito bem que o cabelo era meu único ponto forte, cheio, loiro e comprido. Quase sempre quando estava no banheiro do Elite Way e alguma garota de cabelos ralos entrava, ela suspirava de inveja quando olhava para meus cabelos. Essa era minha única vaidade, e o Arthur queria tirá-la de mim?

Acho que ele percebeu minha indignação.

- O que foi Lua? Você tem tanta certeza assim de que vai perder?

Como odeio o orgulho! O orgulho obriga a gente a fazer cada bobagem! Naquele caso foi o orgulho que me fez concordar com os termos do Arthur.

- Tudo bem, senhor Invencível. E o que acontece se eu ganhar?

- Simples, eu terei de furar minha orelha.

- AHHH, não!!! De jeito nenhum! Você está falando toda hora sobre furar a orelha. Isso não conta.

- Está bem. Então pense em alguma coisa.

Não costumo ter momentos de brilhantismo, mas quando acontecem são muito inspirados mesmo. Aquele foi um de meus ápices de inspiração.

- Se eu ganhar a aposta, então, você, Arthur Aguiar, terá de cortar o cabelo com a inscrição da palavra "perdedor". Para facilitar o acordo eu mesma farei o corte. – disse, lançando minha proposta.

Ele não pareceu muito contente com a idéia de ter o cabelo cortado de forma a proclamar ao mundo em alto e bom som que era um perdedor. Mas Arthur não recuaria agora. Não é de seu estilo.

- Vamos selar o acordo.

Então apertamos as mãos solenemente, e foi quando me lembrei de que nosso acordo não dizia nada sobre o prazo.

Imaginei que precisássemos de tempo suficiente para nos apaixonar, mas não tanto tempo até estarmos como dois velhinhos gagás, quando fôssemos comparar as respectivas anotações.

Parece até que o Arthur leu meus pensamentos.

- Nosso acordo vai até o Baile de Verão. Aquele que aparecer primeiro com seu verdadeiro amor vence a parada.

Um novo pensamento me ocorreu.

- Ei, e o que acontece se nós dois nos apaixonarmos?

Ele se ergueu e me deu um tapinha na testa.

- Então nós dois vencemos. Dá empate.

Enquanto Arthur e eu guardávamos a comida, a manta e nosso material de leitura, comecei a experimentar uma estranha sensação de frio no estômago. Nos próximos meses iria precisar mais do que trabalho duro e uma boa dose de sorte. Eu precisaria de um milagre...

Continua.....

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