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sábado, 15 de junho de 2013

Amor Por Contrato


                                                                                              18º Capitulo


- Eu sei, eu sei, me desculpe. - Lua disse constrangida – Mas então, podemos sair ?
- Eu não quero sair. - a loira disse agora mais calma
- Mas você vai.
- Não, eu não vou.
- Sim, você vai. Eu preciso de você Soph. - ela disse com voz melosa – Por favor, irmã.
Silencio... Porem Lua sabia que a loira não resistiria depois do “irmã”.
Sophia bufou se dando por vencida :
- Tudo bem sua estúpida, você sabe que eu nunca consigo te dizer não mesmo. - a loira disse suspirando
- Obrigado Soph. Eu te amo. - ela disse sorrindo
- É, eu também gosto um pouco de você.
- Só um pouco ? - Lua perguntou desconfiada
- Quando você me acorda as cinco da manhã sim. Só um pouco. Agora tchau, odeio olheiras.
Antes que Lua pudesse se despedir, ela desligou.
Lua riu, mas seu riso foi interrompido por passos na escada, que anunciavam que Arthur estava subindo. O que ela não sabia era que ele tinha nos lábios um sorriso sacana... Um sorriso maroto.
Passando pela porta do quarto dela, ele teve que confessar que ficou bastante tentado a abri-la, entrar e a beijar com volúpia.
Definitivamente aquela mulher era uma pedra em seu sapato. Uma tentação na qual ele tinha que enfrentar todos os dias.
Entrando em seu quarto e fechando a porta, quase sem barulho nenhum, ele se atirou na cama novamente, suspirando.
Se tapando com o cobertor e ficado pensativo, ele pegou o papel em cima de sua mesa de cabeceira.
Nele, em caligrafia grosa e bem desenhada estava escrito as seguintes qualidades :
Não tão bonita, voz aguda de mais, orgulhosa, ambiciosa, presunçosa, interessante e não fala totalmente a verdade.
Bufando ele se perguntou porque nenhuma das mulheres que ele havia entrevistado chegavam aos pés de Lua.
Era como se de repente, ninguém conseguisse ser tão boa quanto ela. Ainda lembrava com perfeição de todos os itens que encabeçavam sua lista ;
Bonita, deliciosa, orgulhosa, encantadora, emotiva, responsável, sincera, mandona., gostosa.
Ele bocejou cansado, e largou a lista novamente na cabeceira.
Onde ela e Sophia iriam afinal logo pela manhã ?
Tentando conter a curiosidade ele fechou os olhos e tentou dormir.
Antes que pudesse obter o mínimo possível de sucesso, a imagem de Lua presa entre seus braços e a centímetros de sua boca como acabara de acontecer na cozinha, lhe invadiu a mente o fazendo suspirar.
Ele riu sozinho e teve que admitir ;
Ele a queria. Ele a queria com todas as forças em sua cama, exausta e suspirando. Ele a queria em seus braços … somente nos seus.
E se dependesse dele, isso não demoraria nada nada para acontecer.

Os dias realmente haviam passado voando. Tão rápidos que Lua nem acreditava.
Era noite de quarta feira quando Arthur chegou em casa do jogo de beisebol.
- Lua ? - ele chamou largando a mochila no chão
- Aqui na cozinha. - ela gritou de volta.
Arthur se espreguiçou caminhando até lá, tendo total noção do seu estado.
- Eu estava te esperando para jantar e … - ela se interrompeu ao vê-lo de longe - Meu Deus. - ela exclamou quanto ele entrou na cozinha – Você foi a um massacre ou a um jogo de beisebol ?
Ele sorriu se sentando a mesa.
Ambos estavam diferentes.
Lua com o cabelo preso em um alto coque, fazendo a franja cair em seus olhos, e Arthur, de calça estilo abrigo e camiseta regata branca de algodão.
- Você não quer tomar um banho primeiro ?
- Me doí até o ultimo fio de cabelo. - ele garantiu – Se eu tomar banho não terei coragem de descer para comer, e eu estou faminto.
- Eu levo a comida no seu quarto. - ela sugeriu
- Não prefiro comer com você.
Ela sorriu. Ele era mesmo um cabeça dura.
- E então como foi o jogo ? - ela perguntou colocando os copos na mesa
- Perdemos. - ele disse contrariado – Mas pelo menos consegui um maldito contrato com aqueles caras que eu te falei.
- Que bom Arthur. - ela disse sorrindo servindo o prato dele e depois o seu, como sempre fazia.
Ele simplesmente adorava a comida dela. Tinha um tempero exótico do qual ele nunca tinha provado.
Esfomeado ele começou a comer depressa, e ela soltou uma risadinha.
- Luh .. - ele disse de boca cheia – O que você acha de Toronto ?
– Toronto, Canadá? - ela perguntou depois que engoliu
- Sim.
- Nunca conhecia. Acho que deve ser bonita. - ela disse dando de ombros
- E o que você acha de uma viagem ? - ele disse tomando quase todo o copo de vinho
- O que você quer dizer exatamente ? - ela perguntou desconfiada
- Para você fazer as malas. - ela arqueou uma sobrancelha como se não tivesse entendido – Esses caras são de Toronto, que assim que eles assinarem o contrato tenho que embarcar para um conferencia.
- Esta dizendo que eu vou para Toronto com você? - ela disse sorrindo
- É claro. - ele riu da cara dela – Achou que eu fosse sozinho ?
- Quando você vai ? - ela perguntou animada
- Sexta a noite, se tudo ficar pronto até sexta de manhã. - ele comeu mais algumas garfadas – Esta animada ?
- Estou. - admitiu – Muito ! Quem mais vai ? - ela perguntou de repente
Com uma leve olhadela nele, ele riu e decidiu provocá-la :
- Não se preocupe. Perola não vai. Só eu e você. - ele garantiu lhe dando uma piscadela
- Se fosse não faria a menor diferença. - ela tentou se mostrar indiferente
O resto do jantar foi em completo e total silencio. Sempre o mesmo silencio...
Terminado de comer, Arthur se levantou e gemeu baixinho colocando a mão nas costas :
- O que foi ? - Lua perguntou preocupada
- Nada de mais. Apenas estou totalmente moído. - ele brincou e logo começou a se retirar da cozinha.
- Se quiser … - ela disse o fazendo parar na porta - … eu lhe faço uma massagem.
Ele arqueou a sobrancelha surpreso. Por essa ele realmente não esperava.
- Você esta falando serio ? - ela assentiu – E porque você faria isso ?
- Porque estou em divida com você. - ele abriu um largo sorriso – Mesmo você sendo o homem mais chato que eu já conheci. - ela garantiu
- Quando você diz em divida .. - ela o interrompeu
- Eu quero dizer que você me comprou um vestido lindo, me salvou das cãibras e esta sendo legal ao me levar para Toronto. - ela disse tudo depressa demais
- Acho que vou começar a fazer esse tipo de coisa com mais frequência.
- Deixe de ser irritante. Se quiser a bendita massagem suba, tome um banho enquanto eu arrumo as coisas por aqui. Depois eu subo. Me espere na cama. - ela mandou
Ele sorriu mais abertamente ainda antes de dizes ;
- Será um prazer te esperar na cama. - ele disse malicioso saindo antes que ela pudesse falar algo.
Porque ele tinha essa maldita mania de falar e ir logo saindo sem esperar por uma resposta ?!

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