- Chay, tivemos um casinho, uns beijinhos e nada mais, eu sei que nem tenho base para comparar o que você e a Maria tiveram, mas duvido muito que você seja repetitivo.
- Não foi o que ela disse. Eu daria tudo para mostrar a Maria que ela está errada. Para esfregar na cara dela que eu posso ser tão bom quanto aquele modelinho de merda. Mas a verdade é que sempre fui reservado demais e até então tive apesar da idade a minha experiência é pouca.
Ela apertou a mão dele.
- Nunca é tarde para aprender Chay.
Ele riu tristemente.
- Ah Mel, que mulher se interessa por um cara que admite ser inexperiente? Só você houve sem espantos, mas você não vale, você é diferente, é especial.
Mel sentiu o coração bater mais forte.
- Quer mesmo se vingar da Maria, Chay?
Ele a encarou.
- Como quero...
ela riu de canto, uma risada maliciosa e cheia de promessas.
- Posso ajudar. Só preciso de dois meses... em dois meses você terá como mostrar a Maria Campello o que ela perdeu.
20 anos depois...
Lua estava sentada na cama organizando as fotos da formatura de seu filho. Rafael acabara de se formar em advocacia, para orgulho da mãe e desespero do pai.
A porta abriu-se devagar, tão devagar que ela nem percebeu, apenas sentiu as mãos fortes do marido em seu ombro.
- Boa noite
Ela apenas riu.
Ele não fez cerimônias como sempre, apenas curvou-se e a beijou longa e intensamente. Quando a soltou ela arfou.
- Uau.
Foi tudo o que ela disse.
- Tenho uma surpresa para você.
Ele estendeu duas passagens para ela.
- Índia? - ela disse abismada. - Semana que vem?
Ele abriu o sorriso que ela tanto amava.
- Sim, se você puder é claro. Rafael e Manuella ficaram bem, afinal são adultos.
- Bem... posso conseguir uma dispensa, mas... Qual é a ocasião?
- Ocasião? Como assim?
- Ora amor, nós só viajamos nas férias ou em ocasiões especiais. Esqueci alguma data?
- Na verdade sim.
Ele aproximou-se.
- Hoje, faz 20 exatos anos que você entrou por aquela porta e me disse. Ensine-me a transar.
Continua.....
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