Ele se aproximou dela devagar. Sentou ao lado da cama e pegou sua mão,
- Está melhor? - perguntou num tom de voz que contrastava em absoluto com o tom que usara horas antes.
- Sim... Foi só um mal estar passageiro... - ela disse tentando decidir como diria a ele que era uma idiota. - Arthur... Precisamos conversar.
- Sim, precisamos. - ele disse sabendo que aquela era a hora certa. Não haveria outra. - Quer falar primeiro?
Ela mordeu o lábio, do jeito que deixava ele maluco.
- Não.. fala você - ela disse tentando livrar-se mesmo que momentaneamente da confissão que teria que fazer.
- Ok, então. Lua... Você passou mal... - ele falou com aquele tom de professor que a deixava doida. Ela mordeu o lábio de novo.
- Foi apenas um mal estar passageiro...
- Não, não foi.
Ele a viu arregalar os olhos preocupada.
- Também não é nada sério. Quer dizer é serio, mas não é ruim.
- Estou doente? A doutora Márcia te disse algo?
- Não. - ele apertou a mão dela - Você não está doente querida.
Ele ainda buscou as palavras, mais uma vez, mas não havia outro jeito de dizer.
- Lua... Você está grávida. - ele assistiu os olhos dela arregalarem-se assim como os seus devem ter arregalado quando Márcia lhe contou - Vamos ter um bebê - ele emendou.
- O que? Nós... Não.... Não é possível
- Ah não Lua, nem vem, é muito possível. - ele falou calmo, porém em tom de repreensão.
- Como isso foi acontecer - ela perguntou perdida e ele riu da pergunta.
- Tem certeza que não sabe?
- Estou falando sério Arthur. - ela disse assumindo o tom pratico de sempre.
- Eu também estou querida. Você sabe perfeitamente bem que há muitas possibilidades de ter acontecido. Vamos lá Lua, transamos como loucos nestes últimos meses, e muitas vezes esquecemos a proteção. Vamos ter um filho.
Ela fechou os olhos com força.
Continua.....
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