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domingo, 25 de novembro de 2012

Barriga de Aluguel capítulo 11




- Meus parabéns, você está com quatro semanas exatas, Lua. – O médico dizia ao examinar Lua. – Agora, por que não ouvimos o coração? – Lua e Carla concordaram, ambas sorrindo. Os batimentos eram fortes apesar do tempo que o feto tinha. Lua sentiu o que qualquer mulher sentiria naquele momento, o sentimento que uma mãe tem por seu filho. Ver os membros crescendo, o corpinho se formando, tudo era novo e mágico para ela.  
  
Estava grávida de um mês, e há um mês não via Arthur. Quando chegara naquele dia, Carla havia lhe dito que Arthur tivera que ir viajar a trabalho para a Argentina, e voltaria dentro de um mês. Lua já havia conhecido Melanie, que ganhara seu carinho instantaneamente. Carla a cada dia se mostrava mais animada com o bebê. Lua passava os dias entediada em casa enquanto Carla trabalhava.  
- Mel, sou eu, Lua.  
-Oi Lu, tudo bem?  
- Tudo, eu só queria saber se você poderia vir me fazer companhia, não aguento mais ficar sozinha dentro dessa casa enorme! – ela reclamou ao telefone.  
-Ah Lu, eu não posso. Mas de noite eu passo aí, prometo.  
- Tudo bem então. – Lua suspirou e desligou o telefone.  
  
Levantou-se da cama e caminhou até o grande espelho em seu quarto. Levantou a camiseta larga que usava e passou as mãos na barriga que já estava saliente e dura. Passava um bom tempo em frente ao espelho tentando imaginar como ficaria sua barriga depois de alguns meses. Seus pensamentos foram interrompidos pelo som estridente da campainha.

Lua desceu as escadas rapidamente, enquanto a pessoa insistia na campainha.  
  
- Já vai! – ela gritava. Chegou à porta e girou a maçaneta. Sentiu o ar lhe faltar ao ver Arthur. Ele estava encostado na parede com uma mala na mão e a outra no chão. Sua expressão fora a mesma de Lua, surpresa. Um sorriso brotou nos lábios dele.  
- Olá Lua. – ele disse calmamente. Ela esperou que seu coração se acalmasse.  
- Bem vindo de volta. – ela respondeu com dificuldade. Ele entrou em casa e colocou as malas no chão. Ela sentiu o olhar dele pesar sobre seu corpo, só então se deu conta de que sua camiseta continuava levantada.  
- V-você está...? – ele disse sorrindo timidamente.  
- É. – Lua abriu um largo sorriso. – Mas, nem da para ver muito bem, só um mês.  
- Não, claro que eu vejo... Eu posso? – Lua balançou a cabeça lentamente.  
Ele se abaixou ficando de joelhos e tocou o ventre saliente de Lua. Ela sentiu um arrepio descer por sua espinha ao sentir o contato entre eles novamente.  

Continua.....

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