- É incrível. – ele murmurou.
- Ele ainda nem chuta. – ela sibilou entre os dentes, tentado uniformizar sua respiração.
- Como você está? – Arthur perguntou se levantando.
- Bem, só os enjoos matinais que ainda não passaram, e as vezes a minha pressão cai e eu fico tonta, mas o doutor disse que durante os primeiros três meses é normal. O chato é ficar sozinha aqui até de noite, quando Carla chega.
- Não se preocupe, não vai mais ficar sozinha. Carla não pode pedir licença, mas eu posso. – O que era óbvio já que ele era o filho do dono.
- Vai ficar comigo todos os dias? – ela perguntou franzindo o cenho.
- Bom, não todos. Mas os que eu não puder ficar, te levarei até a casa de Melanie. – Lua sorriu. – Vou levar as malas para cima e vou preparar algo para comermos.
Lua ficou sentada vendo TV enquanto Arthur se arrumava para descer. Ele desceu vestindo uma calça de moletom, uma regata branca e chinelos. Lua ficou sentada escutando o barulho das panelas se chocando no granito da pia.
- Lua, vem pra cá. – ele gritou. Ela se levantou e caminhou até a cozinha. Reprimiu o riso ao entrar. Ver Arthur vestido em um avental com corações era no mínimo engraçado.
- Do que está rindo? – ele perguntou olhando para si mesmo.
- Nada. – ela murmurou com a mão na boca.
- Ah, acha meu lindo avental engraçado? Não vai rir quando provar a minha especialidade. Gosta de tacos?
- Arthur! Eu estou grávida, não posso comer comida apimentada.
- Ah é verdade. Então, que tal uma lasanha? – ela assentiu – Uma lasanha então.
Arthur voltou-se para as panelas e Lua se aproximou para ajudá-lo. Arthur sentia-se bem, nunca havia se divertido tanto cozinhando, Carla nunca havia se interessado em cozinhar, muito menos na sua companhia... Lua o fazia se sentir completo novamente, com ela, ele não era um homem amargo e rancoroso... Ele conseguia ser apenas “Arthur.”
Continua.....
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