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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

{FIC} You Back CAPÍTULO IV Parte 2 ~Fim~








Lua soltava gemidos contidos, os olhos fechados para poder guardar melhor a sensação de estar ali com ele mais uma vez. Arthur sentia seu membro pulsar e já não conseguia mais ficar fazendo joguinho.
- Você é uma safadinha - riu enquanto se encaixava entre a menina para começar a aventura. Iria andar na montanha-russa mais uma vez.
- Safada não - contestou apertando seus seios contra o peitoral nu dele - Lasciva, meu amor, lasciva...
Sem mais delongas, começaram a se amar. De verdade. Não era um sexo qualquer e sim o que muitos gostariam de fazer: amor. Se contorciam em meio aos lençóis sem nenhuma vontade de parar. A tarde passou e nenhum dos dois percebeu, era como se estivessem em seu próprio mundo, onde eles regessem o tempo e pudessem fazê-lo parar quando preciso. Ficaram deitados na cama, vendo o céu mudar de cor pela janela, sem muita preocupação com o que viria depois. Finalmente Arthur tinha descoberto o que a saudade fazia à paixão. "Que tarde..." pensou enquanto Lua dormia de bruços, as costas nuas e apelativas à sua frente. Ele não conseguia ficar longe daquele corpo. Era mais do que puro desejo, era necessidade em tê-la a seu lado, poder saber que ela estaria ali nos momentos bons e nos momentos ruins. Ligou o rádio baixinho e colocou a música que o fazia se lembrava de Lua para tocar. Há um tempo atrás, durante uma noite juntos, eles haviam "trocado" músicas entre si. Para ela, ele era "Como eu Quero", do Kid Abelha.Para ele, ela era "Your Body is a Wonderland", do John Mayer. Ela começou a se mexer na cama, levantando devagar o tronco e virando a cabeça para trás.
- Te acordei? - Perguntou ele sorrindo enquanto voltava para a cama.
- Não, não - ela sorriu de volta se deitando de novo. Ele se deitou em cima das costas dela, fazendo-a rir.
- Você é um tantinho pesado pra mim, não acha? - Falou, simulando falta de ar.
- Acho não - ele riu descendo beijos por suas costas - Quer tentar o contrário? - Perguntou, piscando - Pode deitar em cima de mim, não ligo não.
Ela gargalhou e se levantou da cama, o lençol enrolado em volta do corpo. Foi até o som, aumentou o volume da música e voltou, deitando-se no peito de Arthur. Lua não sabia se tinha agido certo, mas tinha certeza que não tinha agido errado. Ela precisava daquilo, queria aquilo. "Afinal, ele me deu flores. E está aqui..." pensou enquanto as dúvidas insistiam em bater à sua porta. Se deitou no peito de Arthur enquanto ele descia e subia a mão pelas suas costas. Levantou o rosto e o olhou com um sorriso.
- O que foi? - ele perguntou, suas mãos não cansavam de a acariciar.
- Nada - ela respondeu - Hm, não sei... Quero dizer, poxa, você chegou ontem e hoje já estamos aqui, na cama - ela arqueou uma sobrancelha - Estou me sentindo... Fácil.
- Você é fácil - ele gargalhou e ela mostrou a língua.
- É incrível - ela disse, se virando e ficando de lado em cima do peitoral dele.
- O quê é incrível? - perguntou ele sorrido e passando seus dedos pelo braço de Lua.
- Como eu não consigo resistir a você.
- Ainda bem que não - ele disse a puxando para perto e deitando-a ao seu lado - Não sei se iria conseguir ficar longe de você por muito mais tempo - segurou o rosto de Lua entre as mãos e a olhou com carinho - Você é a minha vida. Eu te amo.
- Mas o que a gente vai fazer? - Ela perguntou com um olhar triste - E a sua vida em Manchester?
- Você acha que a gente consegue? - ela o perguntou - Eu digo, ficar juntos pra valer. Ou você vai dar a louca e fugir daqui de novo?
Arthur a olhou e achou que deveria explicar toda a história.
- É o seguinte - começou -, eu tinha medo. Medo de estar fazendo a coisa errada ao escolher ter algo sério, duradouro com você. Meu amor, eu não sabia o que fazer. Você parecia tão feliz com essa idéia de sermos só nós dois pra sempre que eu tinha medo de te decepcionar, não queria que você ficasse chateada se por algum acaso eu não te pedisse em noivado, sei lá. Mas agora eu sei que não tenho o que temer, tudo o que eu mais quero nessa vida é estar com você. E a gente vai levando devagar, vivendo a vida juntos e aceitando o que o destino nos trouxer.
- Ah, Arthur... - suspirou Lua, com os olhos marejados - Só me promete que não vai mais me deixar, hein?
- Te deixar? Jamais. Não sou capaz, meu amor.
Ficaram ali trocando carícias enquanto seus corações se acalmavam e se confortavam com a ideia que estariam juntos dali para frente.
- Mas e as suas coisas? - Perguntou Lua, franzindo o cenho - Você tem que voltar para Manchester para buscar suas coisas...
- Não se preocupa com isso, Lu. Deixa que eu cuido disso... - sorriu maliciosamente, lembrando do carro na esquina lotado com todos os seus pertences, já tinha entregado o apartamento em Manchester e pedido transferência no emprego . Ah, se ele não a conhecesse tão bem assim...

Fim.

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