— Bem, se isso é tudo, Arthur, acho que vou sair agora. — ela deixou o copo de água sobre uma mesa antes de se levantar.
E ficou tonta no mesmo instante. Na verdade, sentia que estava prestes a vomitar.
— O que há de errado com você? — Arthur deu um passo à frente para segurá-la pelo braço, de mau humor. Lua olhou para ele com olhos desfocados.
— Já lhe disse, eu não comi nada hoje no almoço.
Ela tentou se afastar. Aquele simples toque no braço bastava
para lhe causar calafrios. Ela o odiava tanto! E com razão. Arthur apenas a insultara. Não havia nada daquele amante carinhoso de seis semanas atrás. Mas, pelo menos no campo emocional, Lua
ainda reagia ao menor dos toques daquele homem.
— Você vai lá para cima comigo — ele afirmou.
— Lá para cima?
— Não fique preocupada. Não estou tão excitado assim a ponto de arrastá-la lá para abusar de você.
— Mais uma vez! — retrucou Lua, impressionada com o gracejo de Arthur.
— Mais uma vez — ele reconheceu, provocando-a e a segurando firme ao saírem. — Você está fraca por não ter comido e eu tenho comida, em meu apartamento. A coisa mais racional a fazer é alimentá-la — explicou.
Racional? Quando é que o relacionamento deles foi racional?
— Se você puder me dispensar mais cedo, posso ir para casa e preparar algo para comer.
Lua não queria subir para o apartamento de Arthur. O dia fora humilhante o suficiente sem ela precisar voltar ao local onde se rendera a uma ingenuidade estúpida, pensando que aquele homem realmente gostara dela!
Arthur ficou sério.
— Não, não vou fazer isso. Primeiro porque você não parece em condições de descer as escadas, e menos ainda de ir para casa — argumentou. — E segundo porque eu não terminei essa conversa ainda. Aquilo parecia perigoso...
Continua.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário