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sábado, 25 de agosto de 2012

[FIC] Mentiras e Segredos 31º e 32º Capitulo


  
Tudo Pode Acontecer!!!!
( Último Capitulo )

(Arthur)

Depois de as palavras saírem, fiquei estranhamente calmo. Já tinha dito. 

O olhar da Lua era de choque.

Ela afastou-se um pouco, soltando-se do meu abraço enquanto continuava a olhar-me fixamente.

“O que é que disseste?...”, balbuciou ainda com a surpresa estampada no rosto.

Aproximei-me novamente dela e peguei-lhe na mão.

“Casa comigo, Lua. Sê feliz comigo, aqui.”, sorri enquanto ela recomeçava a chorar.

Limpei-lhe uma lágrima com o dedo.

“Estás a deixar-me nervoso...”, acabei por dizer, “A ideia é assim tão terrível?...”
(Lua)

Bati-lhe no braço...e depois abracei-o novamente, ainda demasiado confusa para conseguir ordenar os pensamentos.

“Não...claro que não é nada terrível!”, disse ainda contra o ombro dele.

Afastei-me para o olhar, sem no entanto o largar.

Os sentimentos atropelavam-se dentro de mim, fazendo-me sentir como se flutuasse. O amor que sentia por ele inundava-me, fazendo o meu coração bater num ritmo descompassado, como se fosse saltar-me do peito.

Ali, naquele momento, pensei no que tínhamos sido e em tudo o que tinha acontecido nas nossas vidas para chegarmos onde estávamos agora, para ser o que éramos naquele momento.

Não tive a mínima dúvida quando voltei a falar.

“Sim, Arthur. Caso contigo.”
(Arthur)

No momento em que ela falou, eu juro que senti o mundo girar subitamente mais rápido.

Ela tinha dito que sim! Até aquele momento, tinha-me recusado aceitar o medo que tinha tido da resposta dela...

Mas ela tinha dito sim! Sim!

Sentia-me zonzo, e foi a vez dela me olhar com um sorriso enorme e um ar de quem compreendia que eu estivesse um pouco atordoado.

“Disseste que sim!”, repeti ainda meio incrédulo.

Ela soltou uma gargalhada ainda com restos de lágrimas.

“É óbvio que disse que sim! Amo-te, seu tonto! E quero ser muito feliz contigo...aqui ou em qualquer outro lugar!”

Peguei nela ao colo e fi-la girar pela sala, parando subitamente.

Ainda com as mãos nos meus ombors, ela olhou-me surpreendida.

“Algum problema?”

Eu ri-me, dando-lhe um beijo leve.

“Não...é só que me esqueci que tenho mais uma surpresa...”
(Lua)

Num momento ele rodopiava-me pela sala, e no outro olhava-me fixamente!...

“Mais uma?!”, perguntei sem fazer a mínima ideia do que mais poderia acontecer, “Não achas que esta já foi mais do que suficiente?”

Ele riu-se e deu-me mais um beijinho nos lábios...e depois outro...

Afastou-se, rindo.

“Não! Se começo a beijar-te não páro...e ainda preciso de te mostrar mais uma coisa!”

Tentei preparar-me para o que pudesse ser...

Ele aproximou-se da estante e pegou numa pasta que estava pousada.

Voltou para junto de mim e estendeu-ma.
(Arthur)

A Lua pegou na pasta, olhando-me interrogativamente.

“Abre!”, disse-lhe incentivando-a.

Ela começou a abri-la, alternando o olhar entre mim e os papéis que segurava.

Vi o momento exacto em que ela percebeu o que eram. O brilho de reconhecimento nos olhos.

Os olhos abriram-se um pouco mais, e ela levou a mão á boca com um “Oh!” abafado.

“Pensei...”, calou-se, olhando de novo para os papéis.

Eu aproximei-me, pegando em alguns.

“Pensaste que eu me tinha esquecido da promessa que te fiz...”, completei.

Ela voltou a levantar a cabeça, olhando-me. 

“Não...achei que tinhas desistido da ideia, ou que não tinha dado certo e não tinhas querido contar-me...”

Segurei-lhe a face com uma das mãos.

“Nunca. Tinha-te prometido que provaria que foi a Luisa quem...”

Ela interrompeu-me, pondo-me um dedo nos lábios.

Tirou-me os papéis que eu segurava na outra mão e atirou a pasta para o chão.

“Esquece a Luisa. Não quero ouvir falar mais dela!”, aproximou-se sedutoramente, pondo os braços á volta do meu pescoço, “Lembro-me vagamente de que também tive de vender uma cama...será que também a conseguiste recuperar?”

Eu ri-me, abraçando-a.

“Vamos verificar...”

Ela sorriu e eu colei os lábios aos dela.

“Sim”, pensei, “Vamos ser felizes. Aqui ou em qualquer lugar.”
FIM

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