Opostos 19º Capitulo da 2º Temporada

  

  Surpreso!!!!

Todos tentaram convencer Márcia e Arthur a irem pra casa, mas de nada adiantou. Ficariam até a manha seguinte.

Sophia chamou as meninas pra dormirem em sua casa. Micael as levou primeiro pra casa da Mel pra pegarem as coisas e depois pra casa da Sophia. Passaram à tarde lá viram filmes e depois os meninos (Chay também estava) foram embora, as meninas ficaram vendo filmes conversando e se divertindo. Foram dormir tarde já que dia seguinte seria sábado.

No dia seguinte.

Com Arthur e Márcia.

As 08h00min o doutor disse que em meia hora poderiam entrar no quarto para verem Victor.

Arthur: E por que não pode ser agora?
Doutor: Estão transferindo ele pro quarto agora.
Arthur: Ok.
Doutor: E só pode ser um de cada vez. Ele ainda esta cansado por tudo que tem acontecido.
Arthur: Ok.

Viu o doutor saindo.

Arthur: Você vai primeiro.
Márcia: Não, pode ir primeiro.
Arthur: Certeza?
Márcia: Sim. Ele foi pro quarto então sobra mais tempo pra ficar com ele. Não vejo problema de ir depois.
Arthur: Ok.

Esperou até que a enfermeira disse que poderia entrar. 

Foi pro quarto e entrou sem bater, se ele estivesse dormindo poderia acordar com o barulho. Quando entrou viu o pai deitado na cama (lógico n鬬) vendo TV.

Victor: Oi filho. (desligou a TV)
Arthur: Oi pai. (fechou a porta atrás de si e se aproximou devagar) Como você está?
Victor: Bem. Nem parece que sofri um acidente. (tentou fazer uma brincadeira, mas Arthur não riu) Vem cá, eu não mordo. (pedindo pro filho se aproximar e apontou pra cadeira ao lado da cama)
Arthur: (sentou na cadeira) Deu um susto na gente.
Victor: Pois é. Também fiquei assustado quando acordei em um hospital.
Arthur: Pensei que ia acontecer o mesmo que aconteceu com a mamãe.
Victor: Não. Não ia te deixar sozinho.
Arthur: Ainda bem. (sorriu pro pai)

Ficaram calados e Victor resolveu se pronunciar.

Victor: Por que se demitiu?  

Arthur: Por favor, pai não começa. Você acabou de acordar, não quero brigar.
Victor: Também não quero brigar. Só quero saber. Pode me contar?
Arthur: É uma historia longa.
Victor: Não tenho compromissos, vou ficar aqui o dia todo, tenho tempo. (sorriu)
Arthur: Lembra daquela menina que sempre gostou de mim, e morria de ciúmes quando eu falava com outra menina? (viu que o pai levava uma cara confusa no rosto) Que falou pra mamãe que era minha namorada e ela surtou falando que eu era muito novo pra isso?
Victor: Como posso esquecer isso?
Arthur: (riu) É, impossível. Ela gritou comigo e expulsou ela de casa. Depois de um tempo disse que adorava ela porque cuidava de mim.
Victor: Sua mãe morria de ciúmes de você.
Arthur: Pois é.
Victor: O que ela tem haver?
Arthur: Ela trabalha onde eu trabalhava.
Victor: Que legal.
Arthur: É. De inicio era legal rever uma amiga.
Victor: Se gostou de revê-la ainda não entendi porque se demitiu.
Arthur: Quando eu comecei a trabalhar eu comecei a namorar a Lua.
Victor: E ela ficou com ciúmes?
Arthur: Ficou, mas confiava em mim.
Victor: Então não vejo o problema.
Arthur: É uma historia muito longa então vou resumir. Menti pra Lua pra sair com a Pérola nas tardes livres, ela descobriu e brigou comigo e quase terminamos.
Victor: Por que teve que mentir?

Arthur: Sabia que ela ficaria brava comigo se soubesse que ia sair com outra na tarde livre.
Victor: Mas se era como amigos não tinha problema né?!
Arthur: Por isso ela me perdoou e voltou comigo. Só que eu fiz a pior burrada que poderia ter feito.
Victor: Qual?
Arthur: Dormi com a Pérola e não contei pra Lua, fiquei escondendo isso por muito tempo dela e quando ela descobriu foi do pior jeito.
Victor: Descobriu pela Pérola?
Arthur: Como sabe?
Victor: O pior jeito de uma mulher descobrir uma traição é saber pela amante.
Arthur: Eu só não contei porque não queria perde-la.
Victor: A perdeu de qualquer jeito não foi?
Arthur: Foi. (suspirou) Fiz de tudo pra provar pra Lua que ainda a amava e que queria ficar com ela.
Victor: E pensou em se demitir pra mostrar que não tinha nada com ela?
Arthur: É.
Victor: Funcionou?
Arthur: De inicio não. Mas agora ela me perdoou. (sorriu feliz)
Victor: Fico feliz por você. (sorriu pro filho) Gosta muito dela né?!
Arthur: Gosto. Nunca pensei que me apaixonaria.
Victor: Eu era assim também.
Arthur: Era mulherengo também?
Victor: Acho que até mais que você. Até eu conhecer sua mãe.

Arthur sorriu e ficaram mais um tempo conversando. Arthur estava feliz de estar falando com o pai. Pode parecer mentira, mas desde que a mãe morreu nunca mais conversaram sobre essas coisas, ou o que acontecia com eles.  

Depois de algum tempo conversando.

Arthur: Acho melhor eu ir. A Márcia quer entrar também e falta uma hora e meia pra acabar o horário de visita. (levantou da cadeira)
Victor: Espera, antes de você ir quero te fazer uma pergunta.
Arthur: Qual?
Victor: O que acha se eu... Sei lá. Começasse a namorar.
Arthur: Você? Namorando? (soltou uma risadinha) Desde que a mamãe morreu nunca vi você saindo com outras.
Victor: Porque não tinha vontade. Quero dizer tinha, mas não... Ah só me responde.
Arthur: Eu a conheço?
Victor: Na verdade sim.
Arthur: Quem é?

Victor falou, mas muito baixo e enrolado então Arthur não entendeu.

Arthur: Quem? (não entendendo)
Victor: (suspirou) A Márcia.

Arthur arregalou os olhos e voltou a sentar na cadeira ao lado da cama de boca aberta.

Arthur: Que? Vocês... Vocês estão... É... (não conseguia completar a frase)
Victor: Não. Mas eu quero. Pretendo falar com ela assim que sair desse hospital.
Arthur: Desde quando pretende isso? Por que essa decisão assim do nada?
Victor: Faz muito tempo que gosto dela. Sei lá, quando sua mãe morreu, ela me ajudou muito, foi uma grande amiga e tudo mais. Durante dois anos a via como uma grande amiga, mas depois de uns três anos que sua mãe morreu eu comecei a gostar dela de outro jeito.
Arthur: E por que nunca contou pra ela?
Victor: Sempre fiquei adiando, não tinha coragem. E sempre falava pra mim mesmo "Quando voltar dessa viagem eu falo com ela." Mas nunca o fiz.
Arthur: (ainda de boca aberta) Não da pra acreditar.
Victor: Não gostou da idéia? Se você não quiser e achar que não é certo fazer já que ela e sua mãe eram grandes amigas eu não...
Arthur: Pai... Pai... Pai... (repetia até ele parar de falar) Eu gostei. (sorriu e viu o pai sorrir também) Sempre vi a Márcia como uma segunda mãe então...
Victor: Obrigado filho. 

Arthur: Aproveita que ela terminou com o namorado no mês passado.
Victor: Ela tava namorando?
Arthur: Tava. O que você pensa hein? A Marica é lindona, lógico que vai namorar.
Victor: É, ela é linda mesmo.
Arthur: Mas olha só, ela é como uma mãe pra mim, nada de brincar com ela hein.
Victor: Claro que não. Ela é especial pra mim.

Arthur sorriu e levantou da cadeira e abraçou o pai.

Arthur: (depois do abraço) Nunca iria imaginar vocês dois.
Victor: Você acha que ela gosta de mim?
Arthur: Não sei. Nunca nem me passou pela cabeça reparar. (Victor suspirou) Mas uma coisa eu posso dizer, ela ficou super mal quando soube que você tava aqui.
Victor: Ficou preocupada?
Arthur: Ficou e muito.

Victor sorriu e Arthur gostou de ver o pai assim.

Arthur: Eu vou indo porque seu amor tem que entrar antes que o horário de visita acabe.
Victor: Ok.
Arthur: Tchau. Até amanha. (abraçou o pai de novo e ia sair quando ele o chamou de novo) Que foi?
Victor: Gostei de conversar com você. (sorriu) Fazia tempo que não conversávamos assim. Gostei mesmo.
Arthur: (sorriu também) Eu também gostei.

Saiu do quarto sorrindo.

Arthur: Pode ir agora Márcia. Desculpa a demora.
Márcia: Sem problemas. Deveriam ter muita coisa pra colocar em dia.
Arthur: É. Muita coisa.
Márcia: A enfermeira disse que pode ficar mais tempo que antes porque ele esta melhor então eu tenho umas 3 horas pra ficar lá.
Arthur: Hum... Ok. Então enquanto você ta lá eu vou à casa da Sophia ver ela a Lua e a Mel e quando você sair me liga que eu venho te buscar.
Márcia: Ok. (deu um beijo na bochecha dele e entrou no quarto)