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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

15º Capitulo de Love comes when you least expect‏


    
Raiva!!!!




- Calma – Mel disse – você ta tremendo...
Novo silencio, agora pequenas lágrimas escorriam pelo meu rosto, meu melhor amigo me odiava, ele me odiava. Um barulho estridente, o sinal, e minutos, que pareceram segundos depois, outro. Barulho de passos, recreio.
- Vamos dar uma volta? – Mel, de quem eu já nem lembrava estar ali do meu lado, se pronunciou. Assenti, precisava de ar, precisava sair dali e vê-lo de braços abertos para um abraço de irmão, como era antes, precisava de tudo como antes.
Caminhamos até o centro do gramado, onde no canto sentados em uma mesa estavam meus amigos e meu ex-namorado. Pedro me viu e cutucou Arthur, que me olhou com olhos tristonhos, de pena, sorri amarelo e Bernardo, que até então estava de costas virou e se levantou saindo da mesa, só então, todos notaram eu e Mel ali, todos me olhavam apreensivos, certamente prevendo uma crise se choro, ou algo de tipo. Limitei-me a sentar e pegar uma maça da bandeja do Pedro.
- Da pra vocês deixarem de me olhar? Eu não enlouquecer ok? – falei e vi todos continuarem com seus olhares apreensivos.
- a gente só ta preocupado... – Chay se manifestou.
- dispenso – disse me levantando e saindo da escola. Precisava respirar, e sozinha. Em uma hora dessas recorreria a Bernardo, mas e quando a culpa fosse dele? Falaria com Pedro, mas e se a culpada fosse eu? Eu me sentia culpada por tudo, qualquer coisa que acontecesse agora, seria culpa minha. Eu amava Arthur, sabia disso, mas não sabia se ele sentia o mesmo, ele nunca falou ou fez algo do tipo, já Bernardo já falou,demonstrou, eu sei que não existia mais Bernardo, eu havia acabado com tudo.
Tudo culpa minha, o fim da nossa amizade, ele me odiar, tudo culpa minha. Você está sozinha? Culpa sua.
Culpa minha, Culpa minha, Culpa minha, Culpa minha, Culpa minha, Culpa minha,
- CULPA SUA LUA, TUDO CULPA SUU...- gritei batendo no chão do parque onde me encontrava.
- De ninguém – Pedro encontrava-se sentado ao meu lado, não sei a quanto tempo, ele parecia calmo – era pra ser assim gatinha, ia ser assim.
- É tudo culpa minha, ele me odeia – disse balançando a cabeça – ele me odeia.
- Ele nunca ia te odiar Luh – ele falou isso e logo eu voltei a chorar, recebendo apenas um abraço apertado. Ficamos assim por horas, tenho certeza, pois executivos já saiam de restaurantes e entravam em seus carros esporte para voltar a suas empresas e vidas felizes, crianças já desciam da van escolar, e senhoras os esperavam na porta de casa. Fomos até a sorveteria e compramos um pote de sorvete e locamos qualquer comédia. Uma noite irmãos, coisa que não tínhamos há muito tempo.
Autora: Letícia Martin

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