Ao fitá-lo, Lua conseguiu conter as emoções.
— Claro que conseguirei fingir — ela disse. — Afinal, nós dois sabemos como você pode ser encantador quando quer — acrescentou, lembrando-se de como Arthur a encantara naquela
noite, há seis semanas.
A ponto de Lua acreditar que estava interessado nela. Como fora ingênua... E agora estava pagando o preço por aquela ingenuidade!
— Estou cansada, Arthur — ela disse. — Se você não se importar de sair, eu gostaria de ir para a cama... — acrescentou, enquanto ele a encarava do outro lado da sala.
Ele não passaria a noite aqui, se era isso o que estava planejando. A porta do quarto de Lua ficaria trancada até o casamento! Com sorte, até lá ela o convenceria da própria inocência.
— Por mim, tudo bem — respondeu Arthur, com desprezo. — Eu não consegui terminar meu jantar, por isso acho que vou comer alguma coisa.
Lua o olhou torto, impressionada porque ele concordara em ir embora sem hesitar.
— Você vai sair outra vez?
— Isso a incomoda?
Sim! Lua quis responder. Aquilo a incomodava, sim! Afinal, provavelmente ela era apenas um das muitas mulheres com as quais Arthur se envolvia quando estava na Inglaterra. E sem dúvida uma destas mulheres ficaria feliz em juntar-se a ele para um jantar. Ou o que mais ele oferecesse a ela...
Ela percebeu que não haviam conversado sobre fidelidade no casamento. E imaginar Arthur na cama com outra mulher era inaceitável! Mas se Lua lhe dissesse isso, ele provavelmente riria.
— De jeito nenhum — assegurou-lhe.
Ele fechou a cara, ameaçador.
Continua.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário