Páginas

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Doce amor capítulo 52





Mas antes que ele desse o primeiro passo para abra­çá-la e fazer amor com ela, Lua, sem perceber o desejo crescente em Arthur, começara a lhe falar.

— Eu preciso conversar sobre a visita aos meus pais amanhã — ela começou, desconfortável.

Ah, sim. Ele percebia que seria um problema para ela.

— Não é preciso — ele disse. — Entendo que seus pais não ficarão felizes se souberem por que vamos nos casar. Seria... Melhor se eles acreditassem que nós nos amamos?

Lua ficou envergonhada.

— Eles... Eles não entenderão a situação.

Não, Arthur também achava que eles não entenderiam os planos maquiavélicos da filha. Se bem que os pais dele também não entenderiam. Mas tinha certeza de que a família a acolheria bem. Só o fato de Lua estar carregando o neto era garantia suficiente para eles. E provavelmente gostariam mesmo de Lua. Afinal, ela era uma mulher afetuosa e admirável, apesar de Arthur não confiar nela de modo algum. Lua podia ter recusado o anel, mas só porque ela não queria precisar se casar com Arthur
para se apoderar do dinheiro dele. Ela não fizera cerimônia quando ele lhe oferecera o carro. Lua era uma mercenária interesseira, e, quanto mais cedo Arthur aceitasse isso, melhor seria! Ele deu de ombros.

— Não será um problema para mim. Mas como você lidará com o fato de ter de fingir ser apaixonada por mim? — ele perguntou, provocativo.

Ela manteve a cabeça abaixada, sabendo que o olhar dourado, naquele momento, diria que não seria preciso fingir. Porque, apesar de tudo, Lua amava Arthur. De um modo Insuportável. Ela já amava o bebê também. E talvez, depois que se casassem, com o tempo, Arthur poderia vir a amá-la.

Ou será que Lua estava vivendo na Ilha da Fantasia? Provavelmente. Mas a fantasia era tudo o que ela pos­suía naquele momento. Porque Lua se casaria com Arthur. Ela agora entendia que era o
único modo de mostrar que não era o tipo de mulher que ele imaginava.

E começaria demarcando uma linha para separar os presentes que aceitaria e os que não aceitaria dele. O bebê não estava à venda e nem ela, e, quanto mais cedo Arthur percebesse isso, melhor!

Ao fitá-lo, Lua conseguiu conter as emoções.

— Claro que conseguirei fingir — ela disse. — Afinal, nós dois sabemos como você pode ser encantador quando quer — acrescentou, lembrando-se de como Arthur a en­cantara naquela
noite, há seis semanas.

Continua.....

Um comentário: