Lua tinha certeza de que, com aquele anel, Arthur estava tentando comprá-la.
— Pode falar baixo, Lua? — ele murmurou, ao perceber que os outros clientes estavam olhando. — Diga-me o que há de errado com o anel e eu o trocarei.
— Se o diamante fosse menor, ele seria aceitável. Mas isso, isso não é um anel! Isso é uma coleira! — respirava com dificuldade, nervosa. — Acho que gostaria de ir embora agora. — ela pôs o guardanapo sobre a mesa.
— Se é o que você quer... — Arthur pôs o guardanapo sobre a mesa também, pedindo a conta.
Ele sabia que Lua não queria se casar, mas ela não precisava jogar isso na cara dele com tanta veemência. Por que ela não aceitava o fato de que não havia outro modo de colocar as mãos no dinheiro dele, a não ser tornando-se sua esposa? O que havia de errado com aquela mulher?
Lua podia sentir a raiva que Arthur exalava assim que deixaram o restaurante. Mas o que ele esperava, ao presenteá-la com um anel daqueles? Que ela se jogasse sobre o anel com mãos ambiciosas, isso sim. Mas Lua odiava o anel e tudo o que ele representava. Será que
ele não conseguia perceber?
— Você vai conseguir devolver o anel e receber seu dinheiro de volta? — perguntou ao se aproximarem do carro de Arthur.
— Não se preocupe com isso — ele disse, abrindo a porta do carro.
Era um belo carro esporte vermelho, do tipo que Lua só vira em revistas de fofocas. O tipo de carro que ela esperava que um homem como ele dirigisse. E este era apenas o carro que ele dirigia por Londres. Imagine os carros que tinha em Paris e Nova York!
— É um belo carro — ela elogiou, já dentro do veículo e sabendo que precisava conversar sobre a visita que fariam aos pais no dia seguinte.
Lua ainda tinha de pedir a ajuda dele para convencer aos pais de que o casamento era por amor, e não por conveniência.
— Eu lhe compro um carro igual, se você quiser.
Ela respirou fundo.
— E por que eu quereria?
— Ah, pare de fingir. Você não está conseguindo me convencer.
Continua.....
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ResponderExcluirPorfavor!