Páginas

sábado, 9 de fevereiro de 2013

19º Capítulo de Forbidden Desire



Cap. 19
Armação!!!!


Terça, 4 de abril de 2012, 17:00, casa dos Blanco

- Ahhhhhhhhhhhh, eu não acredito que ele disse isso! – Mel gritava ao saber da declaração de Arthur.
- Ele é tão fofo!! – Nessie dizia espremendo o urso de pelúcia de Lua, ao dar um abraço nele.
- Ele deve ter dito aquilo da boca para fora. – Lua dizia dando de ombros, como se não se importasse. Na verdade, ela quase chorou quando Arthur disse que a amava. Ela não sabia como, mas o seu estômago quase voou com tantas borboletas e o coração quase lhe saiu pela boca.
- Você está aí se fazendo de indiferente, mas por dentro esta aos saltinhos de contente que eu sei! – Mel disse sorrindo cúmplice com Nessie.
- Ah que seja! Eu tenho é de falar com o Dan. Eu ainda nem acredito que ele fez aquilo.
- Ele nunca me pareceu violento, assim! Confesso que fiquei espantada!
- Ahh eu nunca gostei dele! – Nessie dizia dando de ombros e fazendo careta.
- Você nunca gostou dele porque o Arthur é o seu melhor amigo! – Mel dizia rindo. Lua arqueou a sobrancelha.
- E o que isso tem a haver para ela nunca ter gostado do Dan?
- Lua! Não se arme em parva. Você sabe muito bem que o Dan é como um rival para o Arthur. 
- Mas mesmo assim, eu não gostei dele, só por isso. Eu não fui com a cara dele. – Nessie dizia defendendo-se. 
- Eu me sinto tão mal por tê-lo traído. 
- Ah, qual é Lua. Você gosta do Arthur e gostou sempre de fazer sexo com ele. Nem vem! – Nessie direta como sempre e Lua deu de ombros.
- De qualquer das maneiras, eu amanhã vou falar com o Dan e esclarecer tudo!
- Vão se encontrar onde?
- Em casa dele!
- Toma juízo, hein?
- Pode deixar mãezinha!
- Lu??!! – Mari entrou no quarto correndo até à cama e se esparramando em cima dela.
- Que se passa?! – Lua olhou para a irmã que estava chorosa.
- O Althul!! – Mari chorava no ombro da irmã.
- O que tem ele? 
- Rapazes… glandes… batelam – Mari dizia entre soluços, mas Lua entendeu o suficiente e arregalou os olhos para as amigas que estavam em choque! Nessie pegou o celular.
- Quando isso aconteceu Mari? – Lua perguntava puxando o rosto da pequena fazendo com que ela a olhasse. 
- Hoje… no palque! Nós estávamos… sentados… apalecelam e batelam!
- RODRIGO! – Nessie gritou no celular – Como ele esta?! Quem foi?! Por favor me diga alguma coisa!! – Lua estava a afagar os cabelos da irmã e uma lágrima escorreu-lhe pelo rosto. Limpou-a para ninguém perceber, mas Mel tinha visto! Aproximou-se de Mari e Lua e abraçou-as. Lua não aguentou e começou a chorar alto.
Passaram-se alguns minutos e Nessie desligou o celular.
- Vamos para o Lenox Hill Hospital! Eles estão lá! 
- Quem fez isto com ele?! – Lua perguntou a Nessie.
- Eles não sabem… mas suspeitam! – Nessie olhou para Mel. Lua percebeu e negou com a cabeça.
- Não! O Dan não era capaz de fazer isto com ele! 
- Como você pode ter tanta certeza Lua? – Nessie perguntou olhando-a nervosa!
- Eu o conheço minimamente para saber que não tem nada a haver com isto.
- É melhor irmos embora! – Mel se meteu no meio com medo que aquilo desse briga.
- É mesmo melhor! – Nessie pegou a mala e saiu do quarto de Lua. 
Depois de deixarem Mari sobre os cuidados de Maria Cláudia, Mel e Lua saíram à procura de Nessie que já as esperava ao pé do táxi.
Longos minutos se passaram dentro daquele táxi! Mel estava no meio das duas amigas. Nessie olhava para a paisagem deixando varias lágrimas caírem-lhe do rosto, molhando-o por completo. Ela amava-o acima de tudo. Amor de amigo pode ser maior do que qualquer coisa! Ela não acreditava que o seu melhor amigo estava deitado numa cama de hopital. Era doloroso só de pensar nisso. 
No outro lado do carro, Lua pensava em todos os momentos que tinha vivido com Arthur. Soluços, fungadelas, era o que se ouvia naquele carro. O taxista assustou-se com o estado delas e andou mais rápido em direçao ao hospital. 
Entraram correndo, e olharam os dois rapazes que estavam na sala de espera, sentados, cabisbaixos, deixando varias lágrimas rolarem pelo rosto. 
- Rodrigo! – Nessie gritou e foi em direçao ao rapaz. Deram um abraço apertado. Precisavam de forças.
- Como você está amor? – Mel perguntou a Chay, vendo-o abatido. 
- Mal! Mas tudo vai ficar bem! Eu acredito. – deram um selinho.
- Lua! Como você esta? – ela deu de ombros e sentou-se na cadeira da sala de espera. 
- Como esta o Arthur? – Mel perguntou a Chay.
- Está melhor. Mas ainda esta inconsciente. Os médicos levaram-no para a sala de raio-x, para ver se tem alguma coisa partida. 
- E a dona Kátia e o Sr. Eduardo? Já falaram com eles? 
- Já! Eles devem estar a chegar com certeza.
- Ele vai recuperar e tudo vai ficar bem! 
- Só vou ficar bem quando partir a boca aquele filho da puta do Dan!
- COMO VOCES TEM TANTA CERTEZA QUE FOI ELE??! – Lua perguntou alto, fazendo as pessoas da sala olharem para ela.
- Porque se não reparou, eles brigaram ontem! – Chay disse com raiva para Lua.
- ELE NÃO IA FAZER ISSO! 
- COMO VOCE TEM TANTA CERTEZA ASSIM??! AHH, ESPERA, ELE É O SEU NOVO NAMORADO! – Rodrigo gritava para Lua com raiva.
- EU CONHEÇO O DAN! – Lua já não aguentava os amigos estarem sempre a culpar Dan. Ela sabia que ele nunca ia fazer uma coisa daquelas.
- OLHE VÁ À MERDA, COM O SEU NAMORADINHO! – Nessie gritou para Lua. Isso mesmo Vanessa Lima gritou para Lua. 
Só se calaram quando viram Kátia e Eduardo entrarem na sala. Kátia chorava enquanto Eduardo tinha um semblante de preocupação e afagava os cabelos da esposa, tentando acalmá-la.
- Como ele está?
- Ainda está inconsciente. Foi fazer agora o raio-x.
- A briga foi tão feia assim? – Eduardo perguntava para Rodrigo.
- Muito! Ele ficou inconsciente, pelo sangue que perdeu. Quando nós lá chegámos, ele estava muito mal! 
- Como souberam? 
- Telefonaram-me em anónimo. – Chay respondia.
- Acompanhantes de Arthur Aguiar? – O medico aparecia na sala.
- Nós! – todos se levantaram.
- Então… ele já acordou! – todos respiraram de alivio – Não tem nada partido! 
- Podemos vê-lo? – Kátia perguntou ao medico.
- Sim! Mas ele diz que primeiro quer ver uma de Lua?! – Lua arregalou os olhos.
- S-sou eu! 
- Acompanhe-me!
Foram pelos corredores longos e brancos. Varias pessoas a chorar, enfermeiras e funcionarias corriam de um lado para o outro, tentando se despachar ao máximo. 
Pararam em frente a uma porta branca, com o numero 8 pintado de verde. Ele deu-lhe algumas recomendações antes de Lu entrar no quarto e desapareceu no corredor.
Lua respirou fundo e limpou as mãos suadas à roupa. Mexeu no cabelo e abriu a porta.
Um quarto branco, com alguns detalhes a verde. Varias maquinas ligadas e uma maca. Olhou para Arthur e deu um sorriso fraco. Fechou a porta.
Olhou o seu rosto novamente. Estava cheio de marcas roxas e curativos! Suspirou fundo e aproximou-se. Aquele par de olhos castanhos a olhava como se estivesse esperando ela dizer alguma coisa.
- Oi! – Lua disse se aproximando e sentando num cadeirão ao lado da cama de Arthur.
- Oi! – Arthur respirou fundo e fez uma careta, devido à dor na região abdominal.
- Você está bem? 
- Na… medida do possível. – o medico tinha-a avisado, para que não o fizesse falar muito, pois ele ainda não conseguia fazê-lo com facilidade.
- Quantos eram?
- Quatro.
- Conseguiste ver-lhes a cara?
- Sim! Ricky… Michel… Bruno… - respirou fundo fazendo outra careta.
- Quem era o outro?
- Daniel! – Lua fechou os olhos com raiva. Toda a gente queria pôr as culpas em cima do Dan.
- Não foi ele!
- Lu… eu vi! 
- Você só me está a tentar pôr contra ele. Como você consegue ser tão mentiroso??! – Lua levantou-se e olhou para Arthur com raiva.
- Lua, eu… - Arthur fez careta.
- MENTIROSO! VOCES TODOS SÓ ME QUEREM POR CONTRA ELE!! – Lua já tinha as lágrimas a escorrer pela face. Arthur fechou os olhos com força e levou uma mão à região do abdómen e a outra ao coração.
- Lu… saia! – Arthur abriu os olhos e viu a expressão confusa de Lua. Olhou para o lado oposto a ela e respirou fundo. Reuniu forças e gritou rouco – SAI! 
Lua tinha as lágrimas a escorrer pela face. Saiu a correr do quarto e correu pelo longo corredor. Chegou à sala de espera e todos olharam para ela sem entender. Ela limpou as lágrimas e saiu a correr. 
Fim do cap. 19

Um comentário: