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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Doce amor capitulo 49





Arthur não a esqueceria nas semanas subseqüentes. Na verdade, nem mesmo olhou para outra mulher neste in­tervalo, e sabia que se encontraria com Lua assim que chegasse a Londres. Mas ele não contava com aquele quadro. Ou em descobrir que Lua estava grávida. Intencionalmente?
Não tinha certeza. Esse era o problema...

— Deixe para lá, Lua — disse, tirando do bolso do paletó uma caixinha de veludo e colocando-a diante dela. — Talvez isso a anime. — Arthur se ajeitou na cadeira para observar a reação dela.


Que não foi nada parecida com o que ele imaginara. Lua estava olhando para a caixinha como se o objeto fosse mordê-la. Talvez achasse que ela própria iria escolher o anel de noivado. Com um belo diamante, claro. Ao lembrar-se do anel dentro da caixinha, Arthur não achava que Lua ficaria desapontada. Quem estava desapontado era ele.

— Que droga, abra! — ele gritou, inclinando-se para frente. — Tenho certeza de que você vai gostar — disse, impaciente. — E se não gostar, podemos comprar algo maior e melhor — concluiu.

Ele era um idiota, um imbecil por querer acreditar que a reação de Lua indicaria que ela sentia algo pela pessoa que ela era, e não só pelo saldo bancário.

Mas ela estava certa. Era só sexo.

Lua engoliu em seco, esticando-se para pegar a caixi­nha, sabendo o que havia dentro. Ficou paralisada. Arthur dissera que eles se casariam. Mas, se o próprio instinto estivesse certo, dentro daquela caixa havia um anel de noivado. Aquilo sim era totalmente inesperado.
Por fim, Lua abriu a caixinha, arregalando os olhos e respirando com dificuldade. Era o maior diamante que vira, cercado por dezenas de diamantes menores, e a marca estampada na caixa indicava que o anel custara uma fortuna. Uma pequena parte dos milhões dos Aguiar, mas ainda assim uma fortuna.

— Você está me dando isso? — ela perguntou.
— O que você acha?
— Você está tentando me ofender? — Lua franziu a testa e empurrou a caixinha na direção de Arthur. Depois, pôs as mãos sob a mesa, como que para se impedir de aceitar algo que não queria. Nem precisava.

Ele não se mexeu.

— Você preferia uma safira? Ou talvez uma esmeral­da? Podemos ir à joalheria amanhã...
— Não me lembro de ter dito que queria um anel de noivado — disse. — E isso... Você está mesmo tentando me ofender, não? — os olhos brilhavam e ela estava ver­melha de raiva.
— O que há de errado com o anel? Não é grande o suficiente?
— Grande o suficiente! Se o diamante fosse um pouco maior, teria cegado as pessoas ao nosso lado.

Lua tinha certeza de que, com aquele anel, Arthur esta­va tentando comprá-la.

Continua.....

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