Na tarde seguinte, ao abrir a porta para Arthur, Lua sabia que não estava mais tão perto de ter de aceitar o próprio destino.
Ela tirara o dia de folga, como ele sugerira, de qualquer modo, assim pôde se encontrar com Gilherme. Uma reunião que foi tão frustrante quanto a secretária lhe avisara que seria.
David Gilherme lhe disse, não. Ele não podia lhe revelar o endereço de Andre Souten. Não, ele também não lhe daria o telefone do artista. E não importava que a mãe de Lua tivesse sido amiga do pintor.
Ela tentou mencionar o retrato, sem sucesso. Não estava no catálogo do artista, então provavelmente era falso, foi o que o velho disse.O máximo que conseguiu dele foi que o agente lhe prometesse entregar uma carta. Mas com o conselho de que Lua não esperasse por uma resposta!
Ela achava que Gilherme estava errado. Como era sexta-feira, Andre Souter não receberia a carta até o dia seguinte, na melhor das hipóteses. Mas com certeza na semana seguinte haveria um retorno. E se não houvesse, isso significava que o pintor não era o homem que ela imaginava.
— Você está linda! — disse Arthur, ao admirá-la num vestido preto na altura do joelho e depois lhe dar um beijo na boca.
Um beijo que a pegou totalmente de surpresa!
— Não é preciso fingir esse tipo de coisa quando estamos sozinhos, Arthur — disse Lua.
— Quem está fingindo? — ele perguntou. — Acontece que eu gosto de beijá-la. E tenho a impressão de que você também gosta quando eu lhe beijo — acrescentou, insinuante. — E eu pensei que, levando em conta o que o beijo provoca, era mesmo melhor beijá-la quando estivéssemos sozinhos.
— Só estou dizendo que minha amiga já saiu e que você não precisa impressioná-la!
— Estou começando a me perguntar se essa amiga existe mesmo.
Lua ficou séria.
— Claro que existe. Nós vamos jantar? — ela não sabia ao certo se seria capaz de comer. Nada do que comera naquele dia lhe fizera bem.
Continua.....
Poosta +,porfavor!
ResponderExcluirBeijoos!