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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Doce amor capitulo 47 e 48


A gravidez, Lua estava descobrindo, era desconfortá­vel. Mas a revista que ela estava lendo lhe ensinara que o enjôo só acontecia no começo da gestação. Aquilo geral­mente desapareceria no quarto mês. Mais sete ou oito semanas, então!
— Sim, vamos direto, acho. Assim haverá menos chan­ce de brigarmos num restaurante lotado,
Ela arqueou a sobrancelha.
— Você acha?
— Na verdade, não. — Arthur a olhou atravessado. — Como você está se sentindo?
— Em que sentido?
— Em todos!
— Bem, eu não mudei de idéia quanto a me casar com você, se é o que quer saber — resmungou Lua, vestindo a jaqueta que Arthur segurava para ela. Ele ficou sério.
— Será que podemos ao menos começar a noite sem brigar?
— Você perguntou!
— Você sabe que eu estava me referindo ao enjôo.
— Então por que não disse logo? — Lua deu um risinho. — Eu só vomitei quatro vezes hoje. Nada mal, levando em conta que não comi nem bebi nada o dia todo!
Arthur não ficou muito feliz ao ouvir aquilo.
— Minha ex-mulher foi a um médico aqui na Inglater­ra quando estava grávida do Luke. Acho que vou marcar uma consulta para você...
— Não! Não quero ver o mesmo médico que sua mu­lher consultou quando estava esperando o Luke!
 
 
Arthur pareceu surpreso e franziu a testa, mal-humorado: — Por que não? Este cara é o melhor!
— Que seja. Mas a Sarah era sua esposa, e eu sou apenas...Apenas...
— A mulher que em breve será minha esposa.
Tudo seria uma batalha? Provavelmente, concluiu Arthur. Mas ele não iria desistir. Valeria a pena, depois que tivesse o filho no colo e Lua na cama...
— Acho melhor você se acostumar com a idéia — disse Arthur. — Você, eu e o bebê seremos uma família.
— Se acha que será simples assim, sinto pena de você.
Claro que ele não achava que seria tão simples. Já sabia que Lua podia ser teimosa. Mas pensava que, quanto mais cedo ela aceitasse a ideia do casamento, melhor seria para ambos. E para o bebê...
— Vamos. — Arthur a pegou pelo braço com firmeza. — Vamos ler todo o cardápio até encontrarmos algo que você consiga manter no estômago.
Bruschetta e azeitonas, foi o que Lua descobriu, antes de tentar uma sopa e aspargos.
— Quer que eu peça mais? — ofereceu Arthur, ao ver que Lua comia o pão e as azeitonas com gosto.
— Vamos esperar e ver se consigo manter isso no es­tômago.
— Você telefonou para seus pais? — perguntou ele de repente.
Lua ligara. E fora um telefonema difícil. Não podia simplesmente contar a eles, pelo telefone, que estava grávida. Ela lhes devia uma explicação. Mas assim que mencionou a companhia de um amigo, a mãe ficou toda atiçada. Sem dúvida ela já estava pensando na cor do ves­tido das madrinhas. O que era outro problema para Lua resolver. Se ela realmente casasse com Arthur, não queria que os pais soubessem por que estavam se casando. Entre­tanto sabia que não poderia manter
o bebê em segredo por muito tempo, e não se importava com a reação dos pais, mas não queria que percebessem que Arthur não a amava.
Amor.
Lua sempre achou que se casaria com alguém que amasse assim como fora com os pais.
— Lua? — chamou Arthur, incomodado com o silêncio.
Ela respirou fundo.
— Sim, eu liguei. E disse que eu o levaria para co­nhecê-los no sábado. Eles entenderam a razão e ficaram eufóricos.
Arthur se perguntava por que ela não parecia nada feliz. Afinal, era o que ela queria. O dinheiro dos Aguiar, a disposição. Lua pode não ter planejado que Arthur estaria ligado ao dinheiro, mas muitas coisas saíram diferen­tes do planejado. Incluindo o que ele sentia por ela... Quando se casou com
Sarah, a namoradinha do colé­gio, e se separou, ele jurou que jamais se apaixonaria ou se casaria de novo. Mas de algum modo ele soube, depois da noite que passara com Lua, que ela era dife­rente. E mesmo assim a dispensou de maneira cruel na manhã seguinte.
Continua.....

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