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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Capitulo 33º e 34º Capitulo de Falsa Lua-de-Mel


Segredo!!!!

— Não posso! — respondeu ela, ainda puxando o suéter para longe do peito. — Quero tomar um banho primeiro. — E libertando-se dele, saiu correndo da sala de ginástica, passando pelos corredores em direção à suíte nupcial.
Entrou na suíte em tempo recorde, e fechou a porta atrás de si, quase batendo-a no rosto de Arthur que a seguira. Não se surpreendeu.
— Acho que você não entendeu — disse ela, sentindo o peito doer pelo esforço da corrida. — Eu vou tomar uma ducha sozinha.
Ainda estava pálida e ofegante. Seus olhos estavam brilhantes, como se a qualquer momento fosse começar a chorar.
— Pensei que talvez quisesse companhia — disse Arthur.
— No chuveiro?
— Lua... não é isso.
Ela não desgrudava os olhos do par de luvas que ele ainda trazia nas mãos, então ele fechou as portas da suíte, trancou-a e só então, cuidadosamente, depositou as luvas na cômoda. Lua olhou-as novamente e estremeceu.
— Vá tomar seu banho, eu esperarei aqui — sugeriu ele.
— Obrigada... Eu acho que vou vomitar, e não quero que me veja fazendo isso. — Acenou
Após o banho, Lua saiu da suíte, e no lado de fora, virou-se para a porta, respirando fundo.
Desceu as escadas, distraída com os pensamentos sobre os últimos acontecimentos e não viu quando Micael surgiu em sua frente, do nada, como de costume. Deu um pulo para trás, quase caindo sentada no último degrau.
— Como é que faz isso?! — Quase gritou pelo susto.
— Se eu lhe disser terei que matá-la — respondeu ele, com um sorriso enigmático, mas ao ver a expressão zangada que tomou conta do rosto de Lua, acrescentou: — Desculpe, foi uma brincadeira.
— De péssimo gosto, por sinal — retrucou ela, com a mão no peito, imaginando se o mordomo não tinha como hobby matar gerentes grosseiros, assim como hóspedes indefesos.
— Tudo bem por aqui? — perguntou Sophie, aparecendo atrás de Micael.
Lua acenou em concordância. Será que Sophie se apaixonara por um homem que poderia ter matado alguém? Não, claro que não. Mas como então explicar as luvas sujas de sangue embaixo da cama de Micael? Ou nas outras toalhas embaixo da pia de Sophie?.
— Vim comer alguma coisa, estou faminta — desconversou.
— Claro! — disse a outra, alegre. — Eu levarei para a sala de jantar. Ou prefere a biblioteca? Onde vai ficar?
Não gostava de estar sozinha em lugar nenhum naquela casa. Tinha medo do que poderia encontrar. Mas antes que tivesse tempo de decidir, Arthur surgiu nas escadas e parou a seu lado, colocando a mão na base de sua coluna. Um gesto tão discreto, mas que ao mesmo tempo dizia tanto.
— Como está a neve? — perguntou ele a Micael.
— Já estamos no meio do caminho. Pode ser que demore mais algumas horas.
— Só quando anoitecer, então. — Micael concordou com a cabeça. — Você consegue se orientar no escuro?
— Sim, mas é uma manobra suicida por causa do frio, dos coiotes e ursos e...
— Ursos?! — interrompeu Lua, alarmada. — Não quero que ninguém saia daqui com ursos lá fora!  
— Então foi você! — Foi a vez de Arthur falar. — Foi você quem pintou a paisagem na lâmina da serra. Foi colocada no dia em que encontramos Felipe.
— Fui eu que pendurei. Chay não queria que eu o fizesse, mas eu sempre achei que os hóspedes gostariam de ver o que ele sabe fazer de melhor. A cidade de Sunshine não tem galeria de arte, mas um pouco mais ao sul, perto do lago Tahoe, há dezenas de lojinhas ao redor do lago onde ele poderia expor seu trabalho. Na verdade deveria expor.
— Talvez — desconversou Chay, dando de ombros.
— Chay, você é muito bom — comentou Sophie —, e a sua idéia de pintar sobre objetos antigos é única. Você realmente deveria tentar.
Chay chegou perto do fogo, inclinou-se e cutucou as brasas na lareira com um pouco mais de força do que necessário.
— Ele morreu, Chay — disse Maite, tocando-o nas costas. — Não precisa mais se preocupar.
— Preocupar-se com o quê? — perguntou Arthur, mas ninguém respondeu. — O que está escondendo?
Sophie e Mel trocaram olhares cúmplices. Chay mexeu no fogo mais uma vez, fazendo com que fagulhas saltassem das brasas. Micael permaneceu calado e Arthur balançou a cabeça irritado.
— Está tarde e eu estou exausta — disse Sophie, num rompante. — Vou dormir. — Não olhou para nenhum deles enquanto se dirigiu à porta. — Boa noite.
Mel olhou para Micael com ar muito preocupado e se virou para seguir Sophie, mas Micael a interrompeu.
— Deixe que eu vou — disse ele num murmúrio. Passou por Mel e deu-lhe um abraço.
— Está tarde mesmo, e estamos todos muito cansados. Também vou me recolher. Chamem-nos se precisarem de algo — disse a Lua e a  Arthur. — Chay, você vem?
Chay ficou visivelmente surpreso por ser chamado assim tão publicamente, mas seguiu-a como se fosse um cãozinho adestrado.
Quando os dois se viram a sós, Arthur levantou-se.
— Foi divertido — disse e estendeu a mão para Lua. — Vamos lá, vamos nos divertir mais um pouco. 
— Segure isto, sim? — pediu ele, passando-lhe a lanterna. Então, puxou a manga da camisa para cobrir a mão antes de abrir a porta do carro. — Não posso deixar impressões digitais — explicou. — Agora ilumine o banco de trás para mim.
O que aconteceu a seguir foi muito rápido. Ao dar o primeiro passo para chegar mais perto, o salto da bota de Lua escorregou no gelo e quando deu por si, ela já estava estatelada no chão, a lanterna caindo e rolando para o lado antes de apagar por completo. Arthur veio correndo para ajudá-la, suspirando frustrado pela perda do objeto.
— Você está bem? Está machucada?
— Só o meu BumBum, e talvez meu orgulho — disse ela, gemendo de dor.
— Não me parece ter quebrado nada. E seu orgulho vai sarar — foi a prescrição de Arthur ao levantá-la.
— Mas a lanterna quebrou — disse ela e ele concordou.
Um silêncio desconcertante pairou por alguns segundos, antes de ser interrompido pelo som de coiotes uivando na floresta. Lua chegou mais perto de Arthur, odiando ser tão fraca.
— Você viu? — perguntou ele num sussurro. — Antes de escorregar, você viu?
— Vi a pistola de chumbinho no banco de trás — respondeu ela, abraçando-se para se aquecer. — Thur, isso é loucura. Toalhas e luvas com sangue, o sapato de Micael e agora a pistola... O que significa tudo isso?
— Não sei. — Estava realmente confuso. Ao vê-la tremendo de frio, puxou-a para perto. — Venha, vamos entrar. — E viraram em direção à porta.
— Lá dentro está tão frio quanto aqui — sussurrou ela.
— Eu aqueço você.
— E também está escuro — continuou.
— Eu serei a sua luz — disse Arthur e Lua não conseguiu prender o riso.
— Nossa, que coisa mais brega! — disse ela.
— Pois é... Nunca fui bom em dizer coisas românticas — respondeu ele, envergonhado.
— Acho que está se saindo melhor do que imagina — Lua comentou suavemente, encostando a cabeça naquele ombro largo e forte. 
Lua acordou ao amanhecer e se viu de bruços estirada sobre a cama, enrolada nas cobertas. Levantou, pegou suas roupas e começou a vestir-se. Tinha acabado de vestir as botas quando ouviu o som no corredor. Foi até a porta e abriu-a. Era Sophie, e estava correndo em direção às escadas.
— Sophie? — chamou e a moça se virou. Vestia uma saia longa e florida e um abrigo azul de moletom de capuz, que usava sobre a cabeça. Ao vê-la, Sophie sorriu timidamente. — Está tomando lições de moda com Micael? — perguntou Lua.
O sorriso de sophie mudou de ansioso para nervoso em segundos e puxou o capuz da cabeça. Seu cabelo não estava arrumado no rabo-de-cavalo como de costume, mas totalmente despenteado.
— Então, onde é o incêndio? — brincou Lua.
— Incêndio? — Ela arregalou os olhos. — Meu Deus, há um incêndio? Fogo, fogo! — gritou ela, e saiu correndo escadas abaixo.
— Não, eu... Soh volte aqui! — chamou. — Era só uma força de expressão, não há... droga — resmungou. Achou melhor ir atrás da moça, e dirigiu-se às escadas.
A luz do sol entrava por todas as janelas. Era a primeira vez que isso acontecia desde que chegara, e ao ver os aposentos inundados pela luz ela se espantou com a diferença. Tudo parecia tão mais aconchegante, elegantemente simples, não triste e sombrio.
Lá fora o céu era de um azul claríssimo, tão vasto e límpido que seu brilho nas vidraças doía ao olhar. No fundo da escadaria, viu as janelas do saguão principal. Todos estavam lá fora. Chay e Arthur estavam inclinados sobre o motor aberto de uma das motos para neve, Arthur estava lidando com a outra. A seu lado estavam Mel e Sophie, que vestia jeans escuros e um suéter branco que lhe caía até os joelhos, seu cabelo preso num rabo-de-cavalo perfeito.
Não havia saia florida, ou suéter, ou cabelo desgrenhado.
Lua se virou e olhou para o corredor ao lado da cozinha, onde ainda ouvia os passos apressados fugindo dela
Lua acordou ao amanhecer e se viu de bruços estirada sobre a cama, enrolada nas cobertas. Levantou, pegou suas roupas e começou a vestir-se. Tinha acabado de vestir as botas quando ouviu o som no corredor. Foi até a porta e abriu-a. Era Sophie, e estava correndo em direção às escadas.
— Sophie? — chamou e a moça se virou. Vestia uma saia longa e florida e um abrigo azul de moletom de capuz, que usava sobre a cabeça. Ao vê-la, Sophie sorriu timidamente. — Está tomando lições de moda com Micael? — perguntou Lua.
O sorriso de sophie mudou de ansioso para nervoso em segundos e puxou o capuz da cabeça. Seu cabelo não estava arrumado no rabo-de-cavalo como de costume, mas totalmente despenteado.
— Então, onde é o incêndio? — brincou Lua.
— Incêndio? — Ela arregalou os olhos. — Meu Deus, há um incêndio? Fogo, fogo! — gritou ela, e saiu correndo escadas abaixo.
— Não, eu... Soh volte aqui! — chamou. — Era só uma força de expressão, não há... droga — resmungou. Achou melhor ir atrás da moça, e dirigiu-se às escadas.
A luz do sol entrava por todas as janelas. Era a primeira vez que isso acontecia desde que chegara, e ao ver os aposentos inundados pela luz ela se espantou com a diferença. Tudo parecia tão mais aconchegante, elegantemente simples, não triste e sombrio.
Lá fora o céu era de um azul claríssimo, tão vasto e límpido que seu brilho nas vidraças doía ao olhar. No fundo da escadaria, viu as janelas do saguão principal. Todos estavam lá fora. Chay e Arthur estavam inclinados sobre o motor aberto de uma das motos para neve, Arthur estava lidando com a outra. A seu lado estavam Mel e Sophie, que vestia jeans escuros e um suéter branco que lhe caía até os joelhos, seu cabelo preso num rabo-de-cavalo perfeito.
Não havia saia florida, ou suéter, ou cabelo desgrenhado.
Lua se virou e olhou para o corredor ao lado da cozinha, onde ainda ouvia os passos apressados fugindo dela
Lua se virou e olhou para o corredor ao lado da cozinha, onde ainda ouvia os passos apressados fugindo dela.
— Sophie? — chamou, sentindo que seu corpo se desprendia da realidade. Deu mais uma olhada lá fora e virou-se para o corredor. — Olá!
— Não há ninguém aqui! — Ouviu uma voz.
Poderia jurar que aquela era a voz de Sophie. Mas ela estava lá fora, acabara de vê-la. Sentindo arrepios percorrerem seu corpo, Lua entrou na cozinha vazia.
— Olá — chamou novamente, mas com medo da resposta.
— Já disse que não há ninguém aqui, não ouviu não?!
A voz não tinha vindo da cozinha. Lua passou por ela, e dirigiu-se para a sala de jantar, que também estava vazia.
— Onde está você?
— Vá embora!
A voz vinha dos fundos, da ala dos empregados. Estava mais escuro ali, mas não tão escuro como das vezes anteriores. Insegura, Lua olhou para a porta da adega, atrás da qual estava o corpo de Felipe. Virou-se e olhou para as outras quatro portas. Todas fechadas. Sabia que havia alguém atrás de uma delas.
— Quem é você?
— Não posso dizer — finalmente veio um sussurro de trás da porta. — Eu não tenho permissão.
Lua ficou paralisada e confusa, no meio do corredor na ala dos funcionários.
— Sophie? — chamou, mesmo sabendo não se tratar dela.
— Você gosta da Sophie, você é amiga dela — o sussurro veio do lado esquerdo de Lua, mas havia duas portas ali.
— Sim, sou amiga dela e você, quem é?
— Você é boazinha, você vai entender — respondeu a voz. Vinha da porta ao lado da adega que estivera trancada todo o tempo.
— Entender o quê?
— O que aconteceu.
— Com Felipe? — A voz não respondeu. — E quem é você? — Silêncio novamente. — Não pode me dizer quem é?
— Eu não devo. 
Com o coração quase saltando do peito, Lua segurou a maçaneta da porta.
— E por que não?
— Porque eu sou um segredo — sussurrou a voz absurdamente parecida com a de Sophie. Mas não era Sophie, Lua sabia que não.
— Um segredo? — perguntou, tentando ganhar tempo e abrir a porta que, para sua frustração, continuava trancada.
— Sim, eu tenho que ficar aqui quietinha e não me meter em encrenca enquanto Sophie vai trabalhar.
— Ah, então você é a irmã de Soppppppphie — arriscou Briana, olhando para a porta.
— Sou sim! — Ouviu um risinho de trás da porta, que com um clique, se abriu lentamente. Era rosto de Sophie mas ao mesmo tempo não era. Os olhos eram levemente caídos, e a boca era mais cheia, características típicas de Síndrome de Down. — Sou a irmã gêmea dela e eu sou especial — disse ela sorrindo.
— Mas é claro que é — Lua murmurou suavemente, sentindo um inexplicável nó na garganta. — E qual é o seu nome?
— Ana.
— Que nome lindo! Sophie deve amar muito você.
O rosto de Ana se abriu num sorriso, iluminando-lhe as feições.
— Eu também a amo! Por isso eu fico bem quietinha. Eu fiquei quietinha, não fiquei? Você nem percebeu que era eu na sua primeira noite aqui! — Sua voz soava infantil, como se pertencesse a uma criança de aproximadamente dez anos.
— Ah sim, você ficou quietinha mesmo — concordou Lua, descobrindo agora quem era o rosto flutuante que visitara seu quarto.
— Eu não posso deixar que Felipe me veja. Ele diz que eu sou uma retardada, mas eu não sou não! — exclamou Ana.
— Isso não foi muito educado da parte dele — Lua disse, sentindo seu coração se apertar.
— Ele é muito mau! Eu costumava ajudar Sophie, mas aí quebrei um prato e ele... — Não terminou a frase, franziu a testa e cruzou os braços, virando-se para o outro lado.
— Ele machucou você, Ana? — perguntou, um ódio súbito por Felipe surgindo em seu peito. 
— Eu não devo falar sobre ele — disse ela se encolhendo mais. — Ele não gosta. Ele disse a Sophie que eu não poderia mais vir aqui com ela.
— Então você se escondeu. — Lua deduziu, mas Ana não respondeu. Em vez disso começou a murmurar bem baixinho. — Mas ele se foi. — Tentava falar suavemente para não assustá-la. — Ele não vai mais gritar com você nem machucá-la.
— Não, ele não foi embora! — exclamou Ana, e olhou assustada para a porta da adega. — Ele está ali dentro, eu vi!
— Ana, ele morreu, meu bem.
— Tem certeza? — questionou ela, piscando seus olhos enormes para Lua.
Naquele instante a única coisa da qual Lua tinha certeza era a onda de carinho e proteção por aquela moça tão adorável que tomava conta de si.
— Está vendo? Nem você tem certeza. — Cobriu seu rosto com as mãos. — Por isso que eu fiz, assim ele nunca mais iria bater na Sophie...
Lua gelou ao ouvir as palavras da moça.
— Ana, você teve algo a ver com a morte de Felipe? — perguntou delicadamente, mas Ana voltara a murmurar e balançar o corpo para a frente e para trás. — Ana, meu bem, pode me dizer o que você fez? Foi para proteger a sua irmã?
Ana continuou a murmurar, mas balançava o corpo mais rapidamente. — Oh, Ana...
— Ele estava sempre gritando — disse ela, quase chorando. — Ele me assustava tanto, estou contente que ele tenha morrido! — Cobriu o rosto novamente. — A Ana é malvada...
— Ana! — Foi o grito surpreso de Sophie, parada no corredor. Estava tanto apavorada quanto penalizada.
— Olá! — disse Ana sem jeito, cobrindo a boca com as mãos.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou Arthur Viera logo atrás de Micael, e cravou os olhos em Lua.
— Eu estava quietinha, como você mandou — disse Ana a Sophie, abraçando-a com força. — Estava sim.
— Está tudo bem, meu amorzinho. — Sophie embalou a irmã. — Vai ficar tudo bem.
— O que está acontecendo agora... Dios mio! — Mel apareceu e viu a cena.
— Eu estava conversando com a moça, Mel! — esclareceu Ana.
— Oh, carino! — Mel se aproximou e abraçou Sophie e Ana juntas.
— Eu estou em apuros? — perguntou Ana.
Sophie a abraçou mais forte, trazendo Ana para perto, e beijando-lhe a testa.
— Não, meu amor, você não fez nada de errado. — Virou-se para Lua, olhando-a nos olhos, silenciosamente implorando para que acreditasse. — Nada!
— Você está bem? — perguntou Arthur, chegando ao lado de Lua.
— Sim, claro. Arthur, esta é Ana, irmã gêmea de Sophie. Ela...
— Não fez nada de errado — interrompeu Micael, juntando-se ao grupo. Colocou a mão no ombro de cada uma delas, defendendo-as. — Eu sei o que está pensando, mas não é verdade.
— Não estou pensando nada —justificou-se Arthur.
— E claro que está, você é um policial. Sua mente sempre gira em torno do assunto. Mas está errado.
— Minha mente pode estar sempre girando, mas isso não faz de mim um homem sem coração — respondeu Arthur friamente. — Achei que já tinha compreendido.
Mel afagava o cabelo de Ana, e Sophie ainda abraçava a irmã. Poncho estava atrás das três como se fosse um anjo protetor. Ver os quatro, como se fossem um só ser, tocou o coração de Lua.
— Nós vamos sair daqui e as autoridades irão... 

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