Carla estava impaciente caminhando de um lado para o outro enquanto
esperava que a garota que havia ligado aparecesse. Ela havia arrumado
toda a casa, deixando tudo no lugar para que Lua se sentisse a vontade.
Arthur estava sentado no sofá com a cara fechada. A campainha tocou.
- É ela! – Carla pulou. E correu para a porta. Quando abriu, deu de cara
com Lua. estava certa de que Lua seria perfeita mesmo sem conhecê-la
bem. Era uma garota bonita, aparentemente saudável e muito jovem.
- Carla? – Lua perguntou.
- Sim, sim, querida, entre. – Carla deu passagem para que ela entrasse.
Lua ficou parada mirando a grande casa. O hall era enorme, espiou um
pedaço da sala, em tons pastéis e moveis claros. Olhou para Carla com
seus cabelos loiros caindo sobre os ombros, seus olhos azuis e algumas
ruguinhas pequenas, quase invisíveis que se formavam no canto da boca. –
Venha, vou lhe apresentar para o meu marido.
Elas foram até a sala. Arthur estava de pé com os braços cruzados no
peito. Sua primeira reação foi fechar ainda mais a cara, não estava de
acordo com aquilo
-Thu, essa é a Lua. Lua, esse é o meu marido. – Lua corou ao ver a cara
de desprezo que ele lhe lançava. Será que ele não a achara boa o
suficiente? Ela pensou.
- Olá, muito prazer. – Ela falou quase em um sussurro. Não houve resposta da parte dele.
- Sente-se, querida. Deseja algo para beber?
- Não, obrigada, eu estou bem.
- Então vamos ao que interessa. Arthur, sente-se. – Arthur se sentou na poltrona ao lado do sofá grande que as duas estavam.
Lua se acomodou no sofá, apertando os dedos dos pés contra as
sandálias. Ela poderia estar razoavelmente confortável se não fosse pelo
o olhar duro de Arthur a encarando o tempo todo. Ele estava
praticamente deitado na poltrona com uma mão passando sob a barba por
fazer e batendo os dedos contra o tecido florido da poltrona com a
outra.
- E então, Lua. Você parece ser realmente jovem... Quantos anos você tem? – Carla perguntou a Lua
- Er, dezenove. – Lua sibilou entre os dentes.
- Oh! Isso é perfeito, Lua! Não é Thu? – Arthur acenou de leve com a cabeça.
- E então? Eu li algo sobre isso, é feito por inseminação no laboratório, não é?
- Na verdade... – Carla começou a falar.
- É! É assim mesmo, Lua. Não é Carlinha? – lançou-lhe um olhar duro. Carla concordou com a cabeça um pouco sem jeito.
Continua.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário