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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Doce amor capitulo 13



Ela franziu a testa ao procurar na memória por fatos
relevantes sobre o artista, sem ter a menor idéia de por que Arthur estava lhe
perguntando aquilo, a não ser que fosse um esforço da parte dele para provar
que ela não era pre­parada para o trabalho, tendo assim, uma desculpa para
demiti-la.
Lua engoliu em seco.

— Inglês. Nasceu em 1953. Começou a pintar com 20 anos, principalmente retratos, mas mais tarde se dedicou às paisagens, mais recentemente sobre o Alasca...

— Não estou pedindo uma biografia do cara, Lua! — interrompeu-a Arthur, levantando-se. — Perguntei o que você sabe sobre ele.

— Eu? — perguntou, dando um passo para trás, ligei­ramente assustada com aquela agressividade. — Eu aca­bei de lhe dizer o que sei sobre ele?

— Não seja tão modesta, Lua — Arthur a interrom­peu mais uma vez, rindo com os olhos azuis. — Não estou pedindo detalhes, apenas confirmando se você o conhece. E se você pode entrar em contato com ele pessoalmente.

Ela ficou totalmente confusa. A conversa não parecia ter nada a ver com a noite de seis semanas antes, nem com uma tentativa de provar que ela era incompetente. Ao que parecia, tinha a ver somente com Andre Souter. De quem ela era admiradora, mas que com certeza jamais vira, muito menos pessoalmente.

Ela não assumiria o relacionamento, percebeu Arthur, frustrado. Bem, o cara era velho o bastante para ser o pai de Lua, o que talvez explicasse a relutância dela em falar sobre o assunto. Que seja. Ele estava tentando combinar um encontro com Andre Souter há anos. Mas pela primeira vez nem os nomes Arthur Aguiar nem Gale­rias Aguiar abriram-lhe as portas. E agora parecia que Lua, entre todas as pessoas, podia ser a chave para tal encontro.

Além de decidir que tinha de ficar o mais afastado possível dela no futuro e que não poderia levá-la para a cama outra vez, ele acabara de descobrir que, se quisesse chegar perto de Andre Souter com a proposta de uma exposição de suas obras, então teria de conversar com Lua.

— Veja, Lua, vamos começar esta conversa novamen­te — sugeriu. —Aceito que ultrapassei o limite da relação patrão/empregado com você há seis semanas, do mesmo jeito que você tem de aceitar que não foi uma escolha só minha, certo?

Continua.....

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