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domingo, 21 de outubro de 2012

Doce amor capitulo 17


 



— Está certo, Lua — ele começou, acalmando-se.

— Aceito que seu caso com Andre Souter não seja da minha conta...

— Meu o quê?! — ela balbuciou, sem acreditar, com os olhos arregalados.

— É passado. Eu entendo...

— Passado...! — Lua balançava a cabeça. — Mas eu lhe disse. Eu não conheço Andre Souter! — protes­tou, indignada.

— Tenho provas do contrário...

— Provas? Veja Arthur, não sei do que você está falan­do. — Lua balançava a cabeça e os lindos cabelos loiros dançavam sobre os seios. — Talvez você esteja cansado da viagem e isso esteja afetando seu raciocínio. Eu não sei, mas...

— Eu vim de Nova York na semana passada, Lua — disse-lhe. — E fui informado de que havia uma possi­bilidade de uma obra até então desconhecida de Andre Souter ser vendida no norte da Inglaterra. Como você pode imaginar, eu não pretendia deixar que ninguém, a não ser a Galeria Aguiar, comprasse a tal pintura.

— Quando você diz Galeria Aguiar você quer dizer Arthur Aguiar.

— Exatamente. E imagine minha surpresa quando eu vi o tema do quadro!

Lua balançava a cabeça. Ela não tinha a menor idéia do que Arthur estava falando. Mas ele, ao que parecia, já estava de volta à Inglaterra há uma semana. Uma semana e ele não lhe telefonara nem tentara vê-la.
Até hoje. Quando Arthur só a humilhara e a enver­gonhara.

Se bem que ele também a pegou nos braços... Para se fazer ouvido. Nada além disso. E conseguira. Lua reagira ao toque dele mesmo sem querer.

— O tema do quadro...? — ela perguntou, franzindo a testa.

— Sim — respondeu Arthur, observando-a com os olhos estreitados. — Um retrato. Uma mulher. Uma mulher muito bonita, na verdade.

— É uma pintura da fase antiga, então...

— Não — interrompeu Arthur, seguro do que dizia. — Eu posso afirmar sem dúvida que é um trabalho recente. Talvez dos últimos cinco anos, eu diria.


Continua.....

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