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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Doce amor capitulo 11


 

 



Ela respirou fundo, desejando agir com naturalidade. Claro, com tanta naturalidade quanto fosse possível dian­te do homem que a assombrara e com o qual sonhara nas últimas seis semanas!

— Em que posso ajudá-lo, Sr. Aguiar? — ela per­guntou, exalando uma eficiência calma.

— Você pode subir para meu escritório comigo — ele respondeu, com firmeza. — Agora! — acrescentou, sem esperar por uma resposta e virando-se de repente, deixan­do a sala a passos largos.

Kate, que trabalhava ali perto, olhou curiosa para Lua quando ela seguiu Arthur pela galeria. Como resposta, Lua deu de ombros, como se perguntasse "como poderia saber?".

Porque ela realmente não sabia o que estava acontecen­do. Eles jantaram e dormiram juntos, mas ela não falara a ninguém aquilo, muito menos tentara entrar em contato com Arthur. Então qual era o problema?

Quanto mais pensava no assunto, diante do silêncio que Arthur fazia ao subir a escada que conduzia ao escritó­rio dele no segundo andar, com mais raiva ficava.

Será que esperava, que Lua tivesse pedido demissão antes que ele retornasse? Por que Arthur estava tão furio­so? Por que ele não esperava encontrá-la na galeria?

Bem, isso teria sido mais do que injusto, não?

Lua adorava o emprego e também gostava das pesso­as com as quais trabalhava. Além do mais, a esquisitice da situação não era culpa dela, droga!

Arthur olhou para Lua irritado ao fechar a porta do es­critório. Ele podia estar enganado, mas diante do rosto vermelho e do brilho nos olhos de Lua, apostaria que estava diante de uma moça bastante indignada.

Ele se sentou atrás da mesa de mármore italiano, uma mesa que mais de um cliente tentara comprar. Arthur sempre se recusara a vendê-la, já que o móvel parecia complementar o restante do escritório, todo de madeira e bastante austero, ainda que a vista da janela desse para o rio.

— Então, por que esta com raiva, Lua? — ele pergun­tou, com as sobrancelhas arqueadas sobre os olhos azuis que pareciam rir da situação.

— Por eu ter sido mal-edu­cado agora? Ou por que eu não telefonei nas últimas se­manas? — desafiou.

— Seis semanas — ela respondeu, ficando imediata­mente vermelha.

— Que seja. — Arthur deu de ombros, sabendo exa­tamente quanto tempo fazia desde que a vira pela últi­ma vez, mas sem ter a menor intenção de deixar que ela percebesse.

Continua....

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