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domingo, 31 de março de 2013

3º Capítulo de Escrava do Amor



Capitulo Três – Tapa

POV de Lua
Minha cabeça estava no peito de Arthur, e ele me abraçava pela cintura.
Essa foi noite foi mágica. Nunca mais tinha sentido o Arthur tão entregue a mim, como ontem a noite. O modo como ele me tocava, os suspiros, os beijos, as caricias, tudo perfeito. Será que desta vez, tudo vai se acertar? Tomara por que eu sinto tanta falta do meu Arthur, do Arthur de verdade. Ou será que é esse o verdadeiro?
Senti ele se mexendo e acordando.
- Bom dia – eu falei sorrindo para ele, acariciando seu peito e sorrindo.
- Se for pra você – ele resmungou me tirando de perto dele e levantando. Colocou sua boxer preta.
- Mas, depois de ontem, da nossa noite...
- Eu deixei bem claro que era um prêmio – e entrou no banheiro.
Assim que ele fechou a porta, as lágrimas caíram. Como eu pude me iludir assim? Que raiva de mim mesma, por acreditar que ele ia mudar em uma noite.
Fui até o closet e peguei uma roupa qualquer, a deixei em cima da cama, e peguei uma toalha de banho e fui para o banheiro do quarto de hospedes.
Deixei a água quente cair em mim, para relaxar. As lagrimas caíram e eu deixava, eu precisava disso.
Sai enrolada na toalha e fui para o espelho. Rosto inchado, olhos vermelhos, nossa estou uma verdadeira miss. Bufei e voltei para o quarto enrolada na toalha. Arthur terminava de se arrumar.
- Vou a um café de negócios. Não se apresse – ele disse.
- Ok – peguei meu creme no armário.
- Devo chegar mais cedo hoje. Prepare o jantar mais cedo.
- O que vai querer?
- Lasanha de molho branco.
- Tudo bem. Tem alguma coisa que queira? Vou ao supermercado hoje a tarde. – perguntei.
- Compre uns chocolates e meus M&Ms – ele é fanático com chocolate.
- Certo. Boa reunião.
- Obrigado – e saiu.
Suspirei e me sentei na cama. Comecei a passar o creme nas minhas pernas, braços, no corpo todo.
Depois de vestida, fui comer alguma coisa. Suco e fruta estavam ótimos.
Passei o resto da manhã fazendo a lista de compras e quanto ia gastar, porque quero comprar um sapato pra Sophia. Mas eu não preciso fazer “contas”, somos ricos, só que odeio desperdiçar dinheiro.
Almocei qualquer coisa e sai. Eu dirijo então, dispensei o motorista.
Passei a tarde toda comprando, até alguma coisas fúteis, como lanches rápidos. Cheguei em casa umas cinco horas e decidi tomar mais um banho. Recebi uma mensagem do Arthur, dizendo que chegaria umas sete horas. Logo decidi começar a preparar a lasanha.
Sete horas, Arthur chegou.
- Só mais uns minutinhos. O queijo esta dourando – eu disse.
- Certo. Vou lá tirar esse terno – e subiu.
...
- De quem é esse telefone Lua? – Arthur me perguntou. Era um cartão, com um numero de telefone, e era assinado “M”. E estava na cama.
- Eu não sei Arthur – eu disse. E não sei mesmo. Como veio parar ai? – deve ter caído de uma alguma sacola...
- A então você sabe – ele disse com raiva.
Eu via suas expressões, cada vez mais fechadas.
- Eu juro que não sei – eu já chorava, com medo. As mãos de Arthur, fechadas de raiva. Os nós dos dedos estavam brancos.
Ele veio pra cima de mim, e eu recuei para a cama. Bati no pé ela, acuada. Arthur estava na minha frente.
- Não jure Lua, você sabe, sua vagabunda.
Ele me pegou pelos cabelos, e me jogou na cama. Comecei a chorar mais forte, e não conseguia me mexer.
- Eu não sei, eu juro. Eu nunca iria te trair, eu te amo – eu falava tudo rápido e com medo. Senti que ele iria me bater.
Nunca o vi com tanta raiva na minha vida. Ele respirava pesadamente, me olhando. Arthur veio pra cima de mim, com a mão levantada. Me encolhi na cama. Eu só sentia sua mão, que estava parada no ar.
POV de Arthur
Que raiva dessa mulher! Ela trás o telefone de seus “amiguinhos”, deixa esticado na cama, e ainda diz que não sabe? Vagabunda.
Com muita raiva, a joguei na cama pelos cabelos.
- Eu não sei, eu juro. Eu nunca iria te trair, eu te amo. – ela me disse.
O meu sangue ferveu, como nunca. Fui pra cima dela, com muita, muita raiva. Incontrolável, levantei minha mão, pronto para um tapa. Ele se encolheu na cama. Minha mão estava quase em seu rosto, quando parei.
Eu não conseguia e não valia a pena. Sai de perto dela, suspirando de forma pesada.
Peguei meu casaco e sai do quarto. Chay e Melanie, é o que eu preciso agora.
...
- Arthur, meu Deus, o que ouve? – Melanie perguntou.
Eu estava todo desarrumado, e com raiva. Ela merecia aquela tapa, mas eu não consigo, algo não me deixa bater nela.
Melanie me levou para dentro. Chay que estava na sala, me olhou assustado.
- Cara, se ta parecendo um mendigo – como ele é receptivo. 
- Eu preciso desabafar.
Contei tudo o que está aconteceu, desde a festa de ontem até a hora em que cheguei aqui. Melanie estava de boca aberta, é e Chay também.
- Cara, ainda bem que não bateu, mesmo com todo o que fez, bater não leva a nada – disse Chay.
- Concordo com o Chay – disse Melanie – fez bem em não bater, não que ela não merece esse tapa.
- Eu não sei mais o que fazer – confessei.
- Passe a noite aqui – disse Melanie – use o quarto de hospedes, pode se quiser, passar quanto tempo for preciso.
- Obrigado.
Antes de dormir, Melanie me serviu um chá calmante, ela disse que eu precisava. Bebi sem reclamar, e fui para o quarto de hospedes. Assim que deitei, adormeci.
Me acordei onze horas da manhã, e sem cabeça para trabalho. Vi que tinha uma muda de roupas do Chay, e uma toalha de banho. Essa é a Melanie.
Tomei um banho me vesti r desci. Melanie limpava a sala e Chay via TV com Lilly.
- Dindo! – ela gritou quando me viu. Correu até mim e me abraçou.
- Princesa do dindo – eu disse a pegando no colo.
- Não te vi ontem, dormiu aqui dindo?
- Sim, quando eu cheguei você já estava dormindo.
- Atá. Vem ver desenho comigo? – seus olhos castanhos brilharam.
- Claro.
Me sentei no sofá e Lilly deitou a cabeça em meu colo. Logo Melanie me trouxe algo para comer. 
Após o almoço, Melanie levou Lilly para a escola, e eu e Chay começamos a discutir futebol.
Passei a tarde toda ali, falando com eles, e ignorando todas as chamadas de Lua.
- Acha que está pronto para ir pra casa? – Chay me perguntou.
- Estou sim. Já relaxei aqui com vocês, me acalmei. Estou pronto pra voltar e conviver com a vaga... a Lua.
- Bem, se é assim. Ah, domingo, que ir ao parque? Vamos levar a Lily – chamou Melanie.
- Claro. E sem a Lua.
- Sem a Lua. - Me despedi e voltei para casa.
Quando cheguei, tudo estava em silêncio. Fui até o quarto e ela dormia serenamente. Como ela é linda dormindo. Os cachos em seu rosto delicado, o peito sobe e desce a cada suspiro... QUE DROGA! PARA DE PENSAR NISSO!    
Quando fui ao banheiro, bati a porta com força para ela acordar.
- Ah! – ouvi seu gritinho antes de fechar a porta. Bem feito.

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