— E como era mesmo o nome do proprietário da casa, Arthur? —-perguntou ela de repente. E viu como Arthur ficou furioso.
E daí? Naquele momento Lua estava mais interessada em saber o nome do proprietário do retrato da mãe biológica do que com o desconforto de Arthur.
— Não sei. Mas é óbvio que Henry e Maria não estão interessados no assunto...
— Pelo contrário — interrompeu o pai de Lua. — Parece fascinante — o historiador dentro dele despertou.
Lua novamente riu forçosamente para Arthur, mas o riso se transformou em prazer verdadeiro quando percebeu como ele estava nervoso.
Por mais que pensasse o contrário, nem sempre ele poderia ter as coisas do jeito que queria. Do jeito que estava acostumado!
Já era hora de Arthur dizer a Lua algumas das coisas que ela queria saber.
— Não é — desconversou Arthur, agora mais calmo. — O homem morreu, os parentes encontraram o quadro e o venderam. Fim da história.
— E você vai exibi-lo em uma de suas galerias?
— Não! — ele respondeu, grosseiramente.
Lua se virou, fechando a cara. Se ele não exibiria o quadro, o que faria?
— Não — repetiu Arthur, com menos violência, aparentemente se obrigando a relaxar. — Acontece que eu pretendo manter este quadro só para mim.
— Que ótimo! — disse Maria, inocente. — Mas você terá de deixar que nós o vejamos quando estivermos em Londres.
Arthur estava incomodado, enquanto Lua se divertia! Ela estava um pouco surpresa com a decisão dele de não exibir o quadro, depois de todo o trabalho que teve para comprá-lo. Mas talvez não
quisesse que todos vissem a futura esposa daquele jeito. Ou então o quadro serviria para atormentá-la quando estivessem sozinhos!
Sim, parecia mais a cara do Arthur que Lua conhecia. Ela parou de pensar no assunto. Que sentido fazia pensar no amor que sentia por Arthur quando ele a via apenas como uma posse?
Além do mais, Lua não tinha as respostas que queria.
Continua.....
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