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terça-feira, 26 de junho de 2012

Opostos 5º capitulo


Opostos 5º capitulo


                                                             
Os dias se passaram, era sexta feira, Lua e Arthur fizeram o trabalho todos os dias da semana, não porque o trabalho era grande, mais porque Arthur sempre enrolava pra no dia seguinte ter uma desculpa pra ficar perto da Lua. 

Arthur: Falta pouca coisa no trabalho, se você quiser, eu termino sozinho.
Lua: Não precisa. A gente faz juntos, como você disse falta pouco.
Arthur: Ok então a gente termina hoje depois da aula, na minha casa. Pode ser?
Lua: Pode.
Arthur: Ok. Então tchau. (saiu)

No fim da aula. Eles foram pra casa de Arthur no carro dele. Chegando lá.

Arthur: Oi Márcia. (cumprimentou a empregada que descia as escadas)
Márcia: Oi menino. Ola. (cumprimentou Lua)
Lua: Oi.
Arthur: Lembra da Lua?
Márcia: Claro. Eu vou arrumar a mesa. (saiu dali)
Arthur: Fica a vontade que vou lá no meu quarto trocar de roupa e deixa minha mochila lá, quer que eu leve a sua?
Lua: Pode ser, obrigada. (entregou a mochila pra ele)
Arthur: Caramba o que você carrega aqui? Tijolo? Que peso.
Lua: (rindo) Pois é, são os livros.
Arthur: E você ainda queria vir andando. (disse, pois discutiram sobre isso antes de Arthur praticamente obrigá-la a subir no carro)
Lua: Para de ser chato.
Arthur: Chata é você. (subiu as escadas correndo)

Lua suspirou olhou tudo em volta e viu uma estante cheia de fotos. Viu duas fotos de um menininho, sorriu, era muito fofinho, provavelmente seria um primo, ou Arthur tinha um irmão e ela não sabia? Não sabia, mas era lindo. Pegou um dos porta-retratos na mão e ficou vendo a foto.
Arthur: Gostou? (disse quando viu ela com a fotografia na mão) 
Lua: Ele é muito lindinho, é algum primo seu?
Arthur: Não.
Lua: Você tem irmão?
Arthur: Também não.
Lua: Ué então quem é?
Arthur: Sou eu.
Lua: Impossível é muito lindo pra ser você.
Arthur: Mais sou eu.
Lua: Pois é, como a Mel diz “Cresceu fudeu". Você ERA muito lindo. (deu ênfase na palavra era)
Arthur: É eu era muito lindo, agora eu sou muuuuuito gato.
Lua: Metido.
Arthur: (negou com a cabeça) Sou realista.
Lua: E cego também.

Ficaram conversando mais um pouco (lê-se discutindo) e depois Márcia os chamou para almoçarem.

Arthur: Vem cá. (puxando ela pela mão)
Lua: Aonde?
Arthur: Vem logo e não discuti.
Lua: To indo.

Foram pro quintal.

Lua: Ain não Arthur não começa eu não gosto de cachorros não adianta. (vendo Latosa se aproximar)
Arthur: Para com isso. (a segurando pela mão) Só quero te mostrar que ela não faz nada.
Lua: Ela vai me matar isso sim.
Arthur: Para de drama. (abaixou fazendo carrinho na Latosa) Linda essa é a Lua, fala oi pra ela.

A cachorra olhou como se tivesse entendido e se aproximou de Lua. Lua foi pra trás fazendo Arthur levantar e se escondendo atrás dele.

Lua: Para Arthur isso não tem graça.
Arthur: Confia, ela não vai fazer nada. Eu dou comida pra ela, ela não vai querer comer você.
Lua: Idiota.
Arthur: É serio. (saiu da frente dela) Abaixa. (disse depois de abaixar) Vem logo. (ela abaixou devagar) Toca nela.
Lua: Não ela vai me morder.
Arthur: Não vai eu juro.
Lua: (respirou fundo) Ok. (esticou a mão pra fazer carrinho nela e levantou rápido quando ouviu a rosnar) Ahhhh ela quer me morder. (puxando Arthur pra cima e se escondendo novamente atrás dele)
Arthur: Não foi ela que rosnou foi o estomago dela, ainda não dei a comida dela.
Lua: Ain Arthur me tira logo daqui eu vou morrer de medo.
Arthur: Ok só me deixa colocar comida pra ela. (saiu da frente dela e foi pegar a ração)

Lua ficou parada e Latosa ficou olhando pra ela. Lua estava morrendo de medo. Latosa se aproximou dela e Lua prendeu a respiração.

Arthur: Vem Latosa. (gritou e ela saiu correndo em sua direção)

No quarto de Arthur.

Lua: Se você quer me matar fala logo.
Arthur: Ela não faz nada.
Lua: Ta não quaro mais discutir sobre isso.
Arthur: Ok vamos fazer coisas mais interessantes. (a segurou pela cintura colando seus corpos)
Lua: Eu tava falando do trabalho. (olhando pra boca dele)
Arthur: E o que você prefere fazer? O trabalho ou me beijar?

Lua ficou quieta e ele disse.

Arthur: Foi o que eu imaginei. (a beijou)

Nesse beijo um pensamento veio à cabeça de Arthur.

Pens. Arthur: Hora de me vingar.
Arthur a beijava com delicadeza no início, mas depois começou a aprofundar o beijo apertando mais sua boca contra a dela. Desceu os beijos pro pescoço dela. Ela percebeu o que ele queria e tentou se afastar. 

Lua: (tentando empurrar ele que agora descia ainda mais os beijos) Chega Arthur, já ta bom, vamos fazer o trabalho.
Arthur: Mais eu não acho que já ta bom. E eu só vou parar quando quiser. (disse parando de beijá-la e olhando serio pra ela)
Lua: Para eu to falando serio. (disse quando sentiu novamente os beijos dele em seu pescoço e sua mão desabotoando sua camiseta) Para Arthur Aguiar! Eu não to brincando.
Arthur: Eu também não, disse que você ia me pagar pelo tapa, e é isso que vai acontecer. (a puxou pela cintura, a jogou na cama e ficou por cima dela)
Lua: Se você não parar eu vou gritar. (estava morrendo de medo)
Arthur: Pode tentar, mais não tem ninguém em casa.
Lua: É mentira e a Márcia?
Arthur: Ela sempre sai depois do almoço pra dar uma caminhada, e demora no mínimo 1 hora, pode ficar tranquila, ninguém vai atrapalhar a gente. (tirou a camisa e começou a novamente beijar o pescoço dela)
Lua: Para Arthur. (lagrimas começaram a aparecer em seus olhos, estava morrendo de medo) Por favor
Arthur: Eu não vou parar e não adianta implorar. (arrancando a camiseta dela)

Lua soltou um gritinho de medo.

Arthur: Que foi? Ta com medo? Isso é pra aprender a pensar duas vezes antes de encostar em mim. (disse perto do ouvido dela)
Lua: (ela tentava se cobrir já que Arthur estourou todos os botões de sua blusa) Por favor, eu te imploro para! Você ta me machucando. (falou já que ele apertava o braço dela para conseguir tirar o sutiã dela)
Arthur: Não vou parar. (a beijou nos lábios a apertando mais contra seu corpo)
Lua: Por favor, Arthur eu juro que nunca mais chego perto de você, ta me machucando para, por favor. (tentando empurrar ele)
Arthur parou e a olhou nos olhos, viu como ela estava assustada, seu rosto estava totalmente molhado pelas lagrimas, ele suspirou passou a mão no rosto, saiu de cima dela, levantou da cama, passou novamente a mão no rosto parando no cabelo e olhando pra ela. Estava com raiva de si mesmo, como pudera fazê-la chorar, era um idiota mesmo, queria bater em sua própria cabeça até a mesma começar a sangrar ou até ficar inconsciente. Só ele sabia o quanto se arrependia de estar fazendo aquilo. Dirigiu-se a porta e a abriu.

Arthur: Sai, vai logo.

Lua que até agora não tinha tido coragem pra levantar levantou da cama correndo pegou sua bolsa no chão e saiu correndo do quarto.

Arthur: Espera (gritou quando ela estava na ponta da escada)

Lua parou e sentiu todo o corpo gelar, estava morrendo de medo de ele mudar de idéia. Não virou de frente pra ele.

Arthur: Veste isso, não pode sair na rua assim. (entregou uma jaqueta dele pra ela)
Lua: (sussurrou) Obrigada.
Arthur: (deu três tapas seguidos na cabeça) Eu... Eu te machuquei?

Lua ficou calada.

Arthur: Por favor, me responde. Eu te machuquei?

Lua sem virar pra ele fez sinal positivo com a cabeça.

Arthur: Eu sei que não é o bastante, mas desculpa. Tava de cabeça quente.

Lua começou a se mover até a porta, mas ele a parou novamente.

Arthur: Olha eu sou um idiota que age sem pensar eu juro que não queria ter feito isso me perdoa... E eu já nem sei mais o que estou falando, vai embora logo.

Lua saiu pela porta correndo.

Arthur bufou, gritou foi e jogou no chão a 1ª coisa com que se deparou, ou seja, todas as fotos que tinha ma estante.

Arthur: MERDA. (gritou novamente ao ver as fotografias no chão)
Só se preocupou com uma, a foto de sua mãe, viu o vidro quebrado e tirou a fotografia de dentro deixando o resto dos porta-retratos no chão, subiu para seu quarto e deixou a foto em cima do criado mudo.

A raiva ainda não tinha passado, foi pra frente da cama e a socou, socou e socou até sentir sua mão doer, olhou e viu que tinha um caco de vidro. Merda por que tudo tinha que acontecer junto. Foi até o banheiro lavou a mão e com um pouco de dificuldade tirou o pedaço de vidro. Deitou na cama.

Arthur: (falando sozinho) Você é muito idiota, você a fez chorar, ela nunca vai te perdoar, por que eu tenho que ser assim hein? Por que eu não sou diferente? Por que eu tenho que agir por impulso? Só sei machucar as pessoas que eu mais gosto. (sentiu algo em suas costas) O que é isso? (levantou e viu o celular de Lua)

Pegou ele e ficou olhando para o objeto. Respirou fundo e deitou novamente na cama apenas olhando o cel.

Com Lua.

Ela andava pela rua chorando, até que parou e resolveu colocar a jaqueta que Arthur a emprestou, quando passou pro um bar percebeu alguns caras a olhando e ficou com medo. Chegou em casa e agradeceu por não ter ninguém. Foi direto pro quarto, deitou na cama e chorou mais forte. Encolheu-se na cama fazendo a jaqueta chegar mais perto de seu rosto, respirou fundo sentindo o cheiro do perfume dele, mais lagrimas vieram em seus olhos, resolveu tira-la. Tirou e a jogou no chão. Resolveu tomar um banho. Tirou toda a roupa e entrou em baixo do chuveiro.

Deixou a água quente cair por seu corpo, viu algumas marcas em seu braço, marcas de dedo, estava doendo muito, dessa vez ele tinha segurado muito forte. Sentia que as mãos dele ainda estavam em seu braço, pelo menos parecia. Saiu do banho depois de 15 minutos e deitou na cama.
Arthur não saiu de casa o resto do final de semana, igual à Lua que só saiu do quarto porque se não os pais estranhariam. Arthur ficou no quarto, sabia que seu pai não notaria. Estava deitado na cama ouvindo musica quando ouviu alguém bater na porta.

Arthur: Entra. (tirando os fones do ouvido) 
Márcia: Ola meu menino. (entrou no quarto com uma bandeja na mão e sentou na cama ao lado dele)
Arthur: Oi Mah. (deu um beijo na bochecha dela)
Márcia: O que aconteceu com o meu menino?
Arthur: Nada por que?
Márcia: Não tente me enganar, eu te conheço desde que você nasceu, te conheço muito bem.
Arthur: Eu prefiro não falar disso agora, fica chateada?
Márcia: Claro que não meu lindo. Mais eu quero que você coma tudinho que eu trouxe.
Arthur: Não valeu eu to sem fome.
Márcia: Nada disso, fui eu quem fez essa comida especialmente pra você. Não pode recusar.
Arthur: Ok, só porque eu amo sua comida.
Márcia: É assim que se fala. (aproximou a bandeja dele)

Arthur não estava com fome no inicio, mas quando começou a comer sentiu a fome chegar e comeu tudo que tinha no prato.

Márcia: Viu como estava com fome.
Arthur: Com a sua comida não tem como dizer não.
Márcia: Bom agora eu vou deixar você dormir porque amanha você tem aula.
Arthur: Ta bom mamãe. (sorriu)
Márcia: Boa noite filinho. (deu um beijo na testa dele e saiu do quarto)

Márcia era como uma mãe para Arthur. Desde que sua mãe morreu, ela cuido dele como se fosse uma mãe. A mãe de Arthur morreu quando ele tinha 11 anos de idade em um acidente de carro. Márcia cuidava de Arthur do mesmo jeito que sua mãe cuidava dele. 

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