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segunda-feira, 8 de abril de 2013

2º Capítulo de De Escrava Do Amor 2º Temporada



Capitulo Treze – Preparativos, esbarrão e confusão

Narrador

As duas primeiras semanas de Arthur e Rayana em Londres foi bastante agitada. Os preparativos do casamento estavam a todo vapor. 
Comidas, bebidas, roupas, convidados, padrinhos, madrinhas, enfim, tudo. A mais envolvida era Rayana, pois Arthur estava a cuidar da empresa, que havia ficado nas mãos do sócio durante aquele ano.
- Amor, vou ir lá na loja rapidinho, pois temos que ir acertar o bufe – disse Rayana.
- Tudo bem – Arthur disse.
Rayana lhe deu um selinho e foi saindo, quando Arthur a puxou.
- Quero meu beijo, não um selinho – ele disse.
Rayana riu, e o beijou, dessa vez, de verdade.
- Pronto – ela disse o enchendo de selinhos – tenho que ir agora. Adoro você.
- Também te adoro – Arthur disse sorrindo.
É, não é um “eu te amo”, pois ambos sabem muito bem as realidades dos fatos.
Para a Mamis ><
Rayana saiu e Arthur continuou a ver os seus papeis do casamento.
Tendo em vista, já ter casado na igreja, o senhor não poderá realizar outro casamento de mesma forma. Mas, poderá usufruir do matrimonio novamente no cartório.
E muitas outras palavras. Essa é a parte interessante.
- Ah, que beleza, como não me lembrei disso antes? – ele bufou irritado.
Pegou o celular, e discou para Rayana.
Ligação ON
- Alô, Ray?
- Sim, o que ouve Thur?
- Acabei de receber um documento. Não vamos poder casar na igreja.
- Como assim Arthur?
- Eu já fui casado na igreja, e a lei não permite novamente.
- E agora?
- Temos só o cartório. Olha, Ray, é melhor conversarmos em casa, certo?
- Sim, sim. Volto em uma hora. Beijo.
- Beijo.
Ligação OFF
Arthur se sentou, frustrado. Parecia que agora que voltou a Londres, tudo estava dando errado.
Lua, segurando Lizzie no colo e Pedro, caminhavam tranquilamente. Lua e Pedro com as mãos entrelaçadas, observavam algumas vitrines, enquanto Lizzie brincava com os cachos da mãe. Quando Lua sentiu um esbarram em seu ombro.
- Ai, me desculpe – disse uma voz feminina.
- Tudo bem – disse Lua. Olhou para a mulher e a reconheceu. Rayana Carvalho, e ao seu lado, Arthur.
Os quatro (Lizzie estava nem ai) ficaram em um silêncio extremamente constrangedor.
- Bem, ham, me desculpe – disse Rayana – eu podia ter feito você derrubar sua filha.
- Sem problemas. – Lua sorriu – bem, temos que ir. Tchau. E foi um prazer.
- Igualmente – Rayana sorriu.
Lua, Pedro e Lizzie seguiram em frente, e Rayana e Arthur o deles.
- Isso foi estranho – comentou Pedro.
- Muito – murmurou Lua.
- Que voltar pra casa? – Pedro perguntou – eu sei que isso mexeu com você.
Lua concordou com a cabeça. Eles voltaram pra casa. Pedro deixou Lizzie no cercadinho e foi até Lua, que estava sentada no sofá, chorando.
- Não fica bravo comigo – ela pediu fungando – não é pelo fato dele ter outra, eu já sei disso faz tempo. Só que eu acho que ainda não estava preparada.
- Eu sei – disse Pedro a abraçando. Lua chorou em seu colo, como um bebe – ainda é muito recente, e eu sei que você ainda o ama, mesmo que negue. Vocês tiveram muitos problemas, tentaram, mas os dois erraram, e deu no que está agora. Existem muitas mágoas ainda entre vocês dois, e assuntos inacabados. 
- Eu... eu sinto falta – Lua sussurrou – foram anos dedicados a ele, anos dedicados ao nosso casamento, ao nosso sentimento. Me desculpe. To falando isso pra você...
- Hey – disse Pedro – quando começamos a namorar, eu já sabia onde estava me metendo. Sei muito bem sobre os seus sentimentos em relação ao Arthur ainda, de como a história de vocês é bagunçada, e cheia de prós e contras.
- É muito complicado – disse Lua entre as lágrimas – eu ainda não sei o que aconteceu de verdade, não sei até que ponto ele sabe do que aconteceu comigo, eu não sei o que aconteceu com ele de verdade. Sinto que há muita coisa não contada.
- E elas vão ser descobertas, e o futuro vai fazer isso. Agora, relaxe – disse Pedro – suba e tire um sono. Você precisa descansar depois disso.
Lua concordou e antes de subir, disse:
- Obrigado por fazer parte da minha vida, e obrigado por me entender. Isso significa muito pra mim. Você me acolheu, mesmo sabendo do meus sentimentos por outro. Você acolheu minha filha como sua, e isto vai sempre ficar dentro do meu coração.
E subiu.

Arthur estava perdido quando chegou em casa. 
- Vou pegar água, você está branco – disse Rayana preocupada. Arthur se jogou no sofá da sala – o que está sentindo? – ela perguntou quando voltou.
Arthur bebeu toda a água em um gole só.
- Não sei – ele disse sinceramente – é uma confusão de sentimentos. Raiva, dor, razão, compreensão, amor, saudade, ódio, esperança, mais dor, raiva.
- Você sente falta dela – conclui Rayana – não precisa pedir desculpa Arthur. Você ainda a ama, até um sego sabe disso. Vocês dois tem muita coisa a conversar. E aquela menina, Arthur, só pode ser sua filha.
- É filha de outro – ele disse rudemente.
- É a sua cara, Arthur – argumentou Rayana – tem o seu olhar, a sua boca, e eu duvido que ela tenha ido para cama com outro. Sinceramente. Eu a conheci no ensino médio, e Lua sempre foi tão certinha, e sempre te amou tanto. Aposto que foi um simples momento de fraqueza. Uma mulher sente falta de carinho e afeto Arthur.
Arthur abaixou a cabeça, a encolhendo nas mãos.
- Pense nisso. Não mergulhe em uma aventura comigo se quer ficar com ela. Não quero separar ninguém e muito menos que você seja infeliz – disse Rayana – pense bem – beijou a testa de Arthur e foi pro quarto.
Arthur continuou na sala, sentado, e pensando. O que ele quer da vida.

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