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terça-feira, 16 de abril de 2013

55º e 56º Capitulo de Love comes when you least expect‏



Descobriu!!!!


   - Esquece isso ta? – eu disse e ele sorriu passando a mão em volta da minha cintura, me levantando e me girando sem separar nossas bocas. O visual da praia, o mar azul e calmo atrás de nos dava um clima mais que perfeito ali, e com Arthur tudo parecia mais perfeito ainda. Ficamos trocando beijos, sem falar nada, talvez por medo de estragar o momento.
   - Lua – Arthur me chamou – a gente só fica de vez em quando, isso é confuso, sabe? Eu quero, seilá, eu quero...ficar com você – eu sorri
  - Arthur – eu o chamei e ele não respondeu – Arthur – fiz um bico.
  - Oi minha linda – ele se virou para mim
  - Quero algodão doce – o empurrei em direção a barraquinha de algodão doce que passava por ali.
  - Nossa, quebrou o clima legal ali né? – ele disse enquanto pagava o algodão-doce cor-de-rosa para mim. Sentei-me no muro que da vista a praia, e ele do meu lado.
  - Mas é algodão-doce – eu me fiz desentendida, mas há verdade, era que eu estava morrendo de medo, medo de algo dar errado. Coragem repentina a que tive antes, porque pensar é fácil...
  - E dai? – ele falou indiferente
  - É BOM – eu disse fazendo bico
  - Não acho
  - É SIM
  - NÃO
  - TOMA – enfiei, literalmente um pedaço de algodão doce rosa na boca dele – viu como é bom? – fui chegando perto e comecei um beijo calmo e com gostinho doce.
   - Isso é muito bom – ele disse ainda de olhos fechados, e pegou mais um pedaço do algodão.
   - EU DISSE – falei convencida e ele riu. Voltamos para o hotel de mãos dadas. No caminho, um casal de idosos que passou por nós, murmurou algo como “Isso não te lembra a nós?”. Agora ele sorria, pensativo. MEU DEUS, esse é o sorriso mais lindo que eu já vi, e o dono dele estava aqui comigo, e acho que eu já posso dizer: muitas meninas teriam inveja disso. Arthur teve que parar um  momento para tirar umas fotos, e só então seguimos nosso caminho.
  - Lua – Arthur parou na porta do quarto no hotel
  - Oi – sorri meiga para ele.
  - Promete que não vai sair – ele me olhava atento.
  - sair?
  - sair da minha vida – ele continuou me fitando e eu abri um largo sorriso e o abracei.
  - O que ta acontecendo aqui? – Pedro saiu do elevador e parou cruzando os braços.Um minuto para pensar...
  - Um abraço, não ta vendo? – eu disse isso, dei um beijo na bochecha do Arthur e entrei no meu quarto. Ainda estava muito magoada com o Pedro.
   Tentei dormir só para sonhar com o Aguiar, o meu Aguiar.
Finalmente as coisas estavam indo para o lugar, hoje era o ultimo show dessa mini-turne da banda, mas eles não parariam por ai. Participariam de um programa de TV ( O Qual será gravado amanha) e farão uns shows fora do estado. Já concorrem a prémios, e provavelmente farão um clipe. Acho que já comentei que uma vez ou outra uma “fã” para algum deles na rua, mas eles estão amando isso né?
   Uma despedida, podemos assim dizer, esse show seria uma despedida.
  Era uma balada teen, mais focado para o show mesmo.
 -MEL VOCÊ TEM PERNAS LINDAS E VAI DE SAIA, SIM – Sophia gritava com Mel.
  - Deixa ela ir de saia Soph... – tentei convence-la
  - e você quieta, ainda estou brava por ir de calça – soph apontou para mim – e você – voltou a apontar para Mel – vai perder a vergonha, agora – jogou a saia em cima de mel e a levou pelo pulso até o banheiro. É a Soph sabia ser selvagem as vezes.
Mel saiu do banheiro um pouco encolhida, mas logo se soltou e ficou sorrindo em frente ao espelho.
-Vem Mel –Sophia puxou a pobre da Mel para o banheiro, para “ajeita-la melhor”.
  - Seu irmão não gostou nada de ver você e o Thur ontem... – Pérola disse enquanto passava rímel em frente ao espelho. Não respondi, ali se dependesse de mim, não sairia briga nenhuma – Ah, mas eu acho que devo te falar o que o Arthur quer... ele faz isso com todas, sabia? – tentei contestar, mas ela se virou para mim – Não me venha com esse papo de “ele gosta de mim” porque é o que ele diz para todas. Isso é meio clichê não é? Ele deita com você, tem o que quer e te larga. – meu sangue fervia – A Sophia dormiu com o Chay. Onde dormiu Arthur? – ela riu sinica – você não deve nem ter percebido, é tão.. bobinha – ela ria – ele dormiu NA MINHA CAMA. – eu chão caiu. Não podia ser verdade, não. A gente não tinha nada sério, mas ele gostava de mim, eu sabia, ele não seria capaz disso. – Ah, tadinha, ficou pensando? – quando fui responder, Mel e Sophia abriram a porta.
  - Prontas? – Soph perguntou. Lagrimas se formaram em meus olhos, mas larguei o sorriso mais convincente que tinha e fui até o local do show.
 Tentei desligar de tudo por um segundo e curtir a musica dos meninos, consegui, fiquei o show inteiro sem pensar nisso. Assim que terminaram. Pedro,Chay,Arthur,Bernardo e Micael tiraram fotos com algumas garotas e vieram até nós (Daniel estava com a gente). Chay pegou Sophia no ombro (n/a tipo saco de batatas,sabe? Não né, to Lucy aqui uhsushus) e a levou para a pista que ficava no andar de baixo. Pedro foi com a Mel, o mais discretamente possível – mesmo assim eu vi – para um canto. Bernardo e Arthur me olhavam, e aquilo já estava dando medo.
  - Lua – Os dois falaram juntos enquanto davam um passo para mais perto de mim, ambos bufaram.
  - Quero – Bernardo começou..
  - Falar com você – Arthur me encarou. Olhei para baixo.
  - Pode falar com ele primeiro – os dois disseram.
  - Ai meu Deus – eu disse – Quem fala primeiro?
  - Eu – os dois disseram – Ele – novamente.
  - Se decidam – eu disse saindo – espero lá fora.
  Nem 5 minutos depois, Bernardo apareceu na porta. Eu o olhei apreensiva.
  - Eu não devia estar aqui, com a maior cara lavada e te dizer isso, mas eu me arrependo muito de tudo que eu fiz Luh. Esses dias me mostraram porque eu te considero minha melhor amiga, o porque de eu gostar tanto de você, e me fizeram perceber também, que eu te magoei muito com tudo. Eu entendo que você não sinta o mesmo...
  - Descul..
  - Shh – ele colocou o dedo sobre meus lábios – deixa eu continuar – assenti – E não sei o que estava acontecendo comigo Luh. Eu tinha virado um monstro, surtado. Eu fiquei cego de ciúmes e esqueci de tudo que você era para mim, eu sei que te perdi como amiga, mas eu precisava descarregar esse peso, eu senti muito sua falta princesa. – ele chorava ao falar essa ultima palavra.
  - Você sempre vai ser meu príncipe, Bê – eu disse – você me magoou, mas eu também devo ter feito – engoli seco – vamos tentar esquecer e seguir em frente?- ele me abraçou.
  - Vamos – segurei sua mão e voltei para dentro. Senti o olhar de Arthur sobre nós.
  - Eu vou lá.. – sussurrei para Bê
  -Ah,ok – ele piscou para mim e foi para a pista.


- O QUE ELE FALOU? – Arthur já gritava e estava vermelho.
- Voltamos a ser amigos – eu disse tentando manter o resto de calma em mim.
 - E amigos ficam andando de mãozinha ou sussurrando um para o outro Lua? – Ele ficava a cada minuto mais vermelho – Perdeu a língua Blanco? Ou deixou ela na boca do Bernardo? – Isso foi o fim para mim.
  - QUE MORAL VOCÊ TEM PARA FALAR AGUIAR? – GRITEI – ATÉ ONDE EU SEI, AMIGOS NÃO DORMEM JUNTOS! OU VOCÊ E  PÉROLA NÃO SÃO SÓ AMIGOS? – A expressão no rosto dele mudou drasticamente.
   - Ah Lua, não fale o que você não.. – bufei
   - Ela mesma me contou, Arthur - eu disse séria, ele parecia a ponto de desabar.
  - Luh, eu... – ele começou a se explicar
  - Você nada. Você não pode me cobrar nada, e eu também não. Nós tínhamos, alias, nós não temos nada – sorri falsamente.
  - Mas eu quero ter – ele me encarava. Aqueles olhos castanhos passavam sinceridade, confiança.
  - Eu também quero – ele me beijou. Um beijo cheio de desejo, saudade. Terminamos com selinhos e ele mordeu meu lábio inferior.
  - Eu ... – Arthur não ia falar, ia? O pânico tomou conta de mim.
 - Gosto de muito de você – conclui a frase e ele concordou. Voltamos para a balada e eu me apressei para me afastar de Arthur, não sei porque, não me sentia pronta para assumir um compromisso, mesmo que quando eu estou com ele minhas pernas tremem, meu sorriso só aumenta, meu coração parece querer sair do corpo, minha mente para de funcionar, meus olhos procuram sempre os dele, e meu minhas mãos sempre a procura de um mínimo contato, ele mexia comigo de uma maneira que ninguém mais mexia, um jeito único, somente dele, somente nosso e eu nunca ia querer perder isso. Pareceu que ele entendeu o meu recado, pois não tentou uma reaproximação.

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