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terça-feira, 23 de abril de 2013

Doce amor capítulo 73





Lua estava longe de obter as respostas para aquelas perguntas na manhã seguinte, ao sentar-se para tomar um café em silêncio com Arthur.

Ela ficara deitada na cama, fingindo que dormia, quan­do Arthur desligou o telefone, obrigando-se a não se mover e nem mesmo alterar a respiração quando ele entrou no quarto e se aproximou, chamando-a pelo nome baixinho, parecendo mais intrigado do que irritado diante daquele silêncio. Claro que ela não estava dormindo. Como poderia dor­mir sem ter idéia do que aconteceria?


Por que Sarah ligara agora que Arthur estava prestes a se casar com outra mulher? Se não por outro motivo, para mantê-lo preso. Sarah não podia viver com ele, mas também não queria que ou­tra mulher vivesse. E, se aquilo fosse verdade, a questão era como Sarah ficara sabendo que Arthur se casaria? Ele contara, se bem que isso era improvável, já que parecera surpreso com a ligação. Deve ter sido algum parente dele.

De qualquer modo, isso não importava, era o fim. Lua acabara chorando até pegar no sono. Estava com tanta raiva de Arthur. Mas também estava com raiva de si! Com raiva porque havia uma parte dela que queria se levantar e se jogar nos braços dele de novo.

— É melhor eu ir trabalhar... — ela disse, subitamente
— Não seja boba, Lua — respondeu Arthur. Parecia que ele também não dormira muito bem, e por isso estava de mau humor. — Eu disse a Jane que você não trabalhará mais na galeria.

Os olhos de Lua brilharam.

— Então é melhor você ligar e dizer que mudou de idéia.
— E por que eu faria isso?
— Porque até que Gina encontre alguém para dividir o apartamento, pretendo pagar a minha metade do aluguel, e preciso de um emprego para isso. Além do mais, eu deci­direi quando e se pretendo parar de trabalhar.
— Não se eu decidir demiti-la antes — ele retrucou impaciente.
— Tente — provocou Lua. — Os jornais adorarão isso. "Esposa processa marido por demissão sem justa causa!"

Arthur respirou fundo, esforçando-se para não se des­controlar.

— Lua, como minha esposa você não precisará traba­lhar. Nunca mais.
— Não sou sua esposa ainda... — ela respondeu furiosa.
— Ainda...
— O fato é que eu tenho de pagar o aluguel.
— Eu pagarei a porcaria do aluguel até que Gina en­contre alguém — ele disse, irritado diante da teimosia.

Arthur estava impaciente porque, noite passada, ao vol­tar para o quarto, vira que Lua não estava lá. Ela não estava no banheiro ou na cozinha, onde Arthur a procurou. Então só podia estar no quarto de hóspedes.

— E foi lá que ele a encontrou, encolhida na cama e dormindo!


Continua.....

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