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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Doce amor capítulo 67





— E eu não vou ficar nem um pouco sozinho com você hoje?
— Estamos sozinhos agora — argumentou. — Mas pa­rece que não estamos conseguindo nos comunicar muito bem.
— Concordo. Nós nos entendemos melhor quando es­tamos na cama.

E era na cama que Arthur queria estar naquele momento, na cama com Lua, sentindo o perfume dela, tocando-a, acariciando-a, sentindo-a reagir ao toque enquanto ele mergulhava no calor daquele corpo. Arthur a desejava tanto que doía! Na verdade, ele não se lembrava de desejar outra mu­lher do mesmo jeito. Arthur a desejava o tempo todo. Inca­paz de pensar em outra coisa quando estavam separados. Querendo apenas beijá-la e acariciá-la quando estavam juntos.


Em algum momento, na manhã daquele dia, ele fi­nalmente admitira para si que estava apaixonado por Lua. Apaixonado por uma mulher na qual não confiava. Loucura. Mas era uma loucura sobre a qual nada podia fazer. Ele a amava.
E mesmo que Lua não estivesse grávida do filho dele, Arthur sabia que teria de conquistá-la, e não su­portava imaginá-la perto de outro homem, e muito menos imaginá-la compartilhando com alguém a mesma intimi­dade que compartilhara com ele. Arthur só não entendia por que Lua, querendo confir­mar que Jack Garder ainda estava de posse do retrato, fizera aquilo na frente de seus pais.

— Lua...? — ele chamou, diante do silêncio dela.
— O que você quer que eu diga? — respondeu ela, descansando a cabeça no assento.
— Eu não quero... — Arthur parou, respirando fundo. — Ah esqueça. Não vou implorar! — ele disse. Era me­lhor tomar outro banho frio antes de ir para a cama do que implorar.

Lua o olhou torto. Ela não o entendia. Como podia querer fazer amor se acreditava que ela se envolvera com um homem velho o bastante para ser seu pai e outro mais velho ainda?
Mas era o que Arthur pensava. E ele achava que Lua estava apenas se fazendo de difícil.
Ela não queria que ele fizesse amor com aquela raiva toda, como se tivesse de provar que era dono dela. Mesmo sendo inexperiente, sabia como deveria ser o amor entre duas pessoas.
Ela suspirou.

— Vamos nos casar em breve. Você não pode esperar, Arthur?
— Por que eu deveria?

Ela engasgou.

Continua.....

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