3º Capítulo de De Escrava Do Amor 2º Temporada

Capitulo Quatorze – Reconciliação? Parece que não.

A musica alta tocava, fazendo todos que estavam ali dançarem. Melanie e Chay com a concordância de Rayana, levaram Arthur até aquela festa, para ele se distrair um pouco. Sophia e Micael levaram Lua para se divertir, ela não saia a muito tempo.
Uma cerveja, outro wisk, uma vodca, uma champanhe. Aos poucos, ambos foram ficando bêbados.
Uma Lua toda louca seguiu para a pista, e começou a dançar sensualmente. Por entre a multidão, Arthur surgiu. A olhou de forma intensa. Lua colou seu olhar nele.

Aos poucos eles foram se aproximando. Os olhares firmes um no outro. As mãos de Arthur a envolveram pela cintura, a puxando para perto de seu corpo, de um jeito sensual. Lua passou suas mãos pelo pescoço de Arthur, mantendo seus olhares colados.
A musica eletrônica tocava, e juntos eles dançaram. De forma nada romântica, eles colaram as bocas uma na outra. Furiosas e selvagens, eles quase se “engoliam”. Uma mão de Arthur desceu para a coxa de Lua, a apertando, ela ofegou e arranhou suas costas por baixo da blusa.
Ainda se beijando, foram indo para fora, e pegaram o primeiro taxi que viram. E foram em direção a um motel.

...
Lua acordou sob o sol que entrava na janela do quarto. Espera onde ela estava? Abriu os olhos de vez, sem se importar com a claridade, e quando viu aonde estava e com quem estava, quase pulou da cama.
Ao seu lado, tapado apenas por um lençol, estava Arthur, dormindo profundamente. Ele respirava de um jeito tão calmo.
- AGUIAR! – ela gritou, mas ele continuou dormindo. 
Lua começou a sacudi-lo sem dó até ele acordar.
- Ai, que foi? – ele perguntou colocando a mão na cabeça – LUA! – ele gritou assustado. Então não foi um sonho... Ainda bem! Quer dizer, que droga. Ah, ainda bem mesmo.
- O que aconteceu aqui? – Lua perguntou assustada. Olhou para suas roupas espalhadas no chão e segurou as lágrimas. Aquilo não podia ter acontecido. De jeito nenhum.
- Acho que... Não sei, Lua. Não me lembro de nada – disse Arthur colocando as duas mãos na cabeça.
- Nem eu – disse Lua – ai que dor de cabeça dos infernos. 
Ficaram em silêncio por alguns minutos, que pareceram horas.

- Certo, seja o que tenha acontecido aqui, é melhor a gente esquecer – disse Arthur após alguns minutos – foi só... Um momento de... Bem, acredito que estávamos bêbados.
Lua segurou suas lágrimas de maneira muito forte.
- Por mim não tem problema, já estou acostuma a esquecer suas burradas – ela disse se levantando enrolada no lençol – aliás, tudo que tem haver com você, estou acostumada a esquecer.
Ia caminhando até onde estavam suas roupas intimas quando ouvir Arthur falar:
- Como se eu também não estivesse acostumado a esquecer as suas burradas. Você não tem a mínima ideia do que eu passei.
Lua se virou, com os olhos fumegando pelas lágrimas e de raiva.
- Eu não tenho a mínima ideia Arthur? EU NÃO TENHO A MINIMA IDEIA? Você me abandonou com uma filha na barriga, no meio de uma depressão, eu estava me cortando. E você? Curtindo férias em Nova York, com sua namorada, enquanto eu, EU, tentava refazer a minha vida Arthur. Eu errei muito com você, mas nada, nada Arthur, justifica tudo o que eu passei por sua causa. Nada. – ela já chorava de raiva, de dor, de tudo.

Arthur a encarou por alguns segundos.
- Filha que não é minha! E ninguém veio me informar que você estava doente! – ele disse com raiva – e eu não estava curtindo férias com a minha namorada. Eu estava tentando curar o meu coração da dor que ele estava sentindo.
Lua riu ironicamente.
- Você tem toda a razão Arthur, ela não é a sua filha, ela não é nada sua. Ela é minha filha com o Pedro. Sabe por quê? Porque quando eu mais precisei de ajuda, ele estava lá comigo. Enquanto você era meu marido, e devia estar no lugar dele, ele estava ocupando o seu lugar, cuidando de mim e da minha filha. Ele fez o que você nunca fez por mim.
- ENTÃO FICA COM ELE, JÁ QUE ELE É MELHOR QUE EU! JÁ QUE EU EM TODOS ANOS QUE ESTIVE COM VOCÊ, NÃO FOI O SUFICIENTE PRA TE FAZER FELIZ. E ESQUECE, ESQUECE QUE ISSO ACONTECEU? SABE POR QUÊ? PORQUE NÃO SIGNIFICOU NADA! MAIS UMA VEZ, TUDO O QUE OUVE ENTRE EU VOCÊ, FORAM APENAS MOMENTOS. Que não tenho certeza se devem ser lembrados ou não.
Lua tinha muitas lágrimas escorrendo pelo rosto. Raiva, dor, angustia, medo.

- Acho que... Devemos guardar só os bons. – ela murmurou – já que ficou bem claro que não devemos ficar juntos.
Arthur ficou em silencio. Estava tudo tão confuso.
- Tudo bem – ele disse – acho que... você tem razão. É melhor eu me vestir e ir embora.
- É melhor mesmo.
De forma rápida, Arthur se vestiu, sem nem se importar que era a roupa de festa.
- Bem, hmm, tchau – ele murmurou saindo.
Quando ele fechou a porta, Lua sussurrou:
- Tchau, meu amor.
Finalmente soltando as lágrimas que ainda insistiam em cair, Lua escorreu pela parede, se encolhendo.