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segunda-feira, 1 de abril de 2013

7º Capítulo de Escrava do Amor



Capitulo Sete – Descoberta


POV de Lua
Como consigo não me sentir feliz? Fácil, Arthur acha que nunca o trai, o que é uma mentira. Pode não ter sido na época que ele achava, mas foi agora, nesse época, na época que já firmamos um compromisso eterno.
Arthur é um fofo, demais. Ele está sempre me beijando, me abraçando, dizendo eu te amo. De acordo com ele, quer tirar o tempo perdido. Como eu pude fazer isso com um homem desses?
Sophia me disse pra contar, mas como? Arthur nunca me perdoaria, nunca.
Arthur saiu pra trabalhar e Sophia vem aqui. Eu realmente preciso desabafar. Assim que ela chegou, a abracei apertado.
- Amiga – ela disse me abraçando.
- A Sophia, está doendo demais – eu disse.
Nos sentamos na cama, para conversar.
- Me conte – ela pediu.
- Está difícil de mais. Eu me sinto uma pessoa horrível. Arthur é a pessoa mais perfeita do mundo, ele me ama, ta eu também o amo, muito, mas você sabe muito bem o que eu fiz.
- Lua, não foi nenhum pecado.
- E se você tivesse feito isso com o Micael? Como estaria?
Sophia abriu a boca e nada saiu.
- Viu? Eu me sinto um monstro. Todo dia ele me diz eu te amo e a mesma coisa vem na cabeça: eu o trai, eu o trai. – comecei a chorar e Sophia me abraçou.
- Lua...
- E o pior Sophia! Eu o trai com o Thiago! Parece que tudo se voltou contra mim, de novo. Foi com a mesma pessoa que ele achava, sabe o quanto isso dói ainda mais?
Funguei e voltei a chorar.
- Você estava bêbada.
- Isso não justifica nada! A minha boca encostou na de outra pessoa que não é a do Arthur, isso dói, machuca. Eu sou a pessoa mais horrível do mundo.
Abracei Sophia e me apertei contra ela.
Passei o resto da tarde, chorando nos ombros de Sophia.

POV de Arthur
Eu nunca me senti tão feliz. Me sinto tão aliviado e feliz por saber que a Lua nunca me traiu, e que nos amamos.
Todo dia eu faço carinho, digo que a amo, porque, eu sinto em mim que devo “repor” o amor que deixei faltar todos esses anos.
- Tchau amor – lhe dei um beijo bem demorado. Estava saindo para trabalhar.
- Tchau amor. - Mais dois beijos e sai. 
Fiquei até mais ou menos uma da tarde trabalhando, quando dei falta de um documento. 
- Droga – resmunguei.
Peguei as chaves e voltei para casa. Subi as escadas silencioso, Lua poderia estar dormindo, quando ouvi ela e a Sophia conversando.
- Está difícil de mais. Eu me sinto uma pessoa horrível. Arthur é a pessoa mais perfeita do mundo, ele me ama, ta eu também o amo, muito, mas você sabe muito bem o que eu fiz.
O que a minha Lua fez? Me aproximei mais da porta, em silencio e escutei.
- Lua, não foi nenhum pecado.
- E se você tivesse feito isso com o Micael? Como estaria?
FEZ O QUE ?
- Viu? Eu me sinto um monstro. Todo dia ele me diz eu te amo e a mesma coisa vem na cabeça: eu o trai, eu o trai. 
Parei onde estava. Como assim a Lua me traiu?
- Lua...
- E o pior Sophia! Eu o trai com o Thiago! Parece que tudo se voltou contra mim, de novo. Foi com a mesma pessoa que ele achava, sabe o quanto isso dói ainda mais?
Não. Não. Não. Lua não pode ter feito isso, não pode. 
Meus olhos se lotaram de lágrimas que deixei cair, mas continuei a ouvir a conversa.
- Você estava bêbada.
- Isso não justifica nada! A minha boca encostou na de outra pessoa que não é a do Arthur, isso dói, machuca. Eu sou a pessoa mais horrível do mundo.
Como ela pode?
Sai dali o mais rápido que consegui, sem fazer barulho. Entrei no carro e dei partida, pra casa da Melanie e do Chay.
Deixei as lágrimas rolarem livremente, enquanto meu coração doía. Parece que uma faca entrou no meu peito, e está alojada aqui dentro. 
Ela me traiu. Ela me traiu. Ela me traiu. Ela me traiu. Ela me traiu. Ela me traiu. Ela me traiu. Essa frase fica se multiplicando na minha cabeça, me fazendo sentir maior dor ainda. 
Cheguei a casa deles e imediatamente bati na porta, urgente.
- Arthur?! – exclamou Melanie quando abriu a porta e eu me atirei em seus braços.
- Mel – eu sussurrei chorando. 
Ficamos mais um tempo parados na porta, até que entramos.
- Arthur, meu Deus, o que ouve? – Melanie me perguntou, meio assustada. 
- Plastic, o que ouve? – Chay me perguntou, também assustado.
Meu rosto estava inundado de lágrimas, que caiam livremente. Em meio a soluços, e paradas para respirar, contei tudo. O que eu ouvi, o jeito que Lua e eu estávamos.
- E senti que ela estava meio diferente, mas achei que ele só estava se acostumando com a mudança, nunca pensei que fosse... uma trai...
Voltei a chorar de novo e Melanie me abraçou.
- Ela é puta vagabunda de uma égua! – disse Melanie com raiva.
- Mel – repreendeu Chay – não é hora.
- Tudo bem – eu disse – ela tem razão. Eu nunca pensei que... ia doer tanto de novo. E dessa vez é de verdade.
Deixei novamente todas as lágrimas caírem. A dor está enorme, é como se tivesse um buraco dentro de mim.
Mas de uma coisa eu tenho certeza, Lua Blanco vai me pagar caro. Muito caro.

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