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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Doce amor capitulo 1 (nova web)






Arthur acordou sozinho.O que era estranho, porque ele tinha certeza de que não estava só quando adormeceu em um sono profundo algumas horas antes.
Algo a ver com uma deusa...? 

Lua, a deusa da juventude.Alta, magra, com cabelos loiros cacheados que iam até o meio das costas, e um par de olhos castanhos tão claros que pareciam dourados. Estranhos olhos magnéticos que brilhavam numa profusão de segredos.

Não que Arthur estivesse interessado em desvendar tais segredos. Lua era apenas uma distração, um modo de colocar o passado e todo o sofrimento do dia anterior. Arthur queria esquecer e se divertir, e a presença de Lua Blanco lhe proporcionava isso. Durante algumas horas, pelo menos.

Mas onde estava ela? Lá fora ainda estava escuro e os lençóis amassados ao lado de Arthur ainda estavam quentes. Portanto Lua não podia ter saído há muito tempo.

Ele fez uma careta diante da idéia de ela ter, simplesmente, desaparecido noite adentro. Isso era privilégio dele, Arthur! Vinho, jantar e a mulher na cama, sem jamais se envolver, e muito menos permitir que elas lhe invadissem a privacidade.

Claro que era um pouco mais difícil de fazê-lo quando a cama que compartilhavam era a dele!

Porque Lua não morava sozinha, lembrou-se Arthur. Algo a ver com uma companheira de quarto. Por isso, depois do jantar ele voltou com ela para seu apartamento sobre a galeria para uma bebida e outras coisas, quebrando, assim, uma regra inflexível.

Na verdade eram duas regras. Arthur deu um risinho nervoso ao se lembrar de que Lua na verdade trabalhava para ele, dois andares abaixo, na Galeria Aguiar, situada no andar térreo.

Mas em tempo de desespero é preciso tomar medidas desesperadas, e por isso Arthur levou Lua para o próprio apartamento, precisando se perder na beleza macia daquele corpo magnífico. E foi o que ele fez. E se flagrou fascinado e encantado, e o fato de Lua não ser uma das mulheres sofisticadas que geralmente ocupavam um espaço em sua vida, acrescentava mais excitação à noite. Ao ponto de a dor que Arthur sentia ter sido anestesiada, se não completamente apagada.

Ele deu um gemido e junto veio a lembrança do que os acontecimentos da noite anterior significaram para Arthur. Levantando-se para se sentar na cama, precisando se afastar do local daquele sexo fogoso e colocando-se de pé para dar as costas àqueles lençóis desarrumados, ele foi para o banheiro.

Só para dar um pulo repentino ao perceber que não estava só.

Continua.....

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