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domingo, 16 de setembro de 2012

Doce amor capitulo 6





Mas nunca, nem nos sonhos mais ousados dela, Arthur a convidaria para jantar e passar a noite com ele em seu apartamento.
Ele percebeu a presença de Lua antes mesmo de ouvi-la entrar na cozinha.

Sabendo que ela estava ali, parada à porta, em silêncio, atrás dele, enquanto continuava a preparar o café, Arthur atrasava ao máximo o momento em que teriam de conversar. Conversar era algo de pouca utilidade depois que se passava a noite com uma mulher.

Para ele, a manhã seguinte sempre era a pior parte dos relacionamentos breves e sem sentido que tivera antes e depois do divórcio. Conversa-se sobre o quê, meu Deus? O tempo? Sobre quem vai ganhar o campeonato de tênis este ano? Ou o torneio de golfe dos Estados Unidos? Nada disso era assunto para depois da noite de amor!

Mas a alternativa era discutir se eles se veriam de novo, o que era praticamente inaceitável para Arthur. Especialmente nesse caso. Agora ele sabia que cometera um grande erro ao se envolver com Lua Blanco e, certamente, não pretendia consertar a situação fingindo que este relacionamento, um caso à toa?, tinha qualquer futuro.

Ah, bem, hora de encarar a platéia, concluiu Arthur com impaciência, virando-se para Lua. Quanto mais cedo se livrasse daquilo, mais rápido poderia voltar à velha vida.

Lua estava vestida outra vez com a blusa de seda preta e calças justas, também pretas, que usara no dia anterior. O cabelo lhe caía sobre os ombros e a maquiagem tentava, sem muito sucesso, esconder o tom ligeiramente avermelhado do rosto, nos pontos onde a barba de Arthur e a intensidade daqueles beijos arranharam a pele delicada.

Arthur não iria por este caminho! Chega de pensar em como aquela mulher fora intensa e desejosa nos braços dele! Do contrário, acabaria levando-a para cama outra vez.

— Pronta para partir?— perguntou. — Ou gostaria de uma xícara de café antes? — ele estendeu-lhe a cafeteira.
Lua fez uma careta para a falta de sensibilidade de Arthur. Ele mal podia esperar para se livrar dela, não é?

Que tolice imaginá-los passando o dia. juntos, conversando, rindo e fazendo amor de novo...!

— Eu... Acho que não, obrigada — recusou Lua, imaginando se Arthur realmente esperava que ela saísse agora que a noite havia acabado.

Fez-se um silêncio constrangedor.

Continua.....

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