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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Doce amor capitulo 4




O êxtase também tomou conta de Arthur, que pulsava deliciosamente dentro de Lua, até se render às sensações do físico.

Depois do amor, ela se deitou com a mão pousada sobre o peito dele, que a mantinha ao lado com o braço ao redor da cintura.

Lua jamais sentira coisa parecida. Os corpos deles pareciam combinar perfeitamente. O sexo foi uma espécie de balde cheio de emoções intensas.

Ela sorriu sozinha ao se perceber feliz, totalmente relaxada e realizada. Realmente podia desabar, apaixonada e sem pensar em nada, nos braços daquele homem. Se é que já não estava apaixonada!

Levando em conta o comportamento desinibido em relação em Arthur, ela achava que podia ser o caso.

Que seja. Lua se sentiu mais íntima dele do que jamais se sentira, e se perguntou o que o futuro lhes reservava. Eles passariam o dia juntos? Era domingo, por isso nenhum dos dois precisava trabalhar. Talvez tomassem o café da manhã juntos? Antes de fazer amor. Então talvez fossem passear num parque da vizinhança. Antes de fazer amor. E depois eles podiam...

Lua, exausta e feliz, adormeceu.

Ao lado dela, Arthur estava deitado, insone, com o corpo plenamente satisfeito, mas a mente totalmente desperta.

Lua Blanco era linda e desejável, e se entregou a ele de um modo totalmente desinibido que ele considerou irresistível. Mas era a falta de controle dela que o alertou de que precisava resistir. As algemas de seda de qualquer mulher e aquela união confortável que mantinha uma pessoa presa até que ela não se reconhecer mais. Isto não era para Arthur. Nunca mais. Foi assim que toda a lembrança de dor e sofrimento dos quais ele tentara se livrar naquela noite voltaram.

E ainda por cima Lua era funcionária dele. Intocável, na verdade. Se bem que Arthur fizera muito mais do que simplesmente tocá-la!

Ele criara uma situação que sempre evitara no passado.

Desde o divórcio, há dois anos, conhecera várias mulheres, bebera vinho e jantara com elas, levara-as para a cama e saíra sem maiores arrependimentos. Nenhum dos relacionamentos durou o suficiente para criar qualquer tipo de laço, muito menos um elo emocional. Mas com uma funcionária, algo que Arthur sempre soubera e por isso evitara, seria um pouco mais difícil de escapar.

Mas ele escaparia de qualquer jeito. Fugiria e não se arrependeria.

Arthur não sabia muito bem o que faria em relação ao fato de Lua trabalhar para ele. A saída mais fácil seria dispensá-la.

Mas não lhe parecia justo que ela perdesse o emprego porque fora para a cama com ele. Na verdade, a maioria das mulheres pensaria que seus empregos estariam mais garantidos depois de ir para a cama com o chefe!
Arthur se virou um pouco para poder observá-la enquanto Lua dormia em seus braços. Teria sido por isso que ela se entregara com tamanha boa vontade para ele na noite anterior? Foi por isso que Lua voltou ao apartamento e fez amor com ele?

Se fosse isso, seria uma surpresa e tanto!
Ninguém, nem nada, era capaz de segurar Arthur Aguiar, muito menos uma sereia de cabelos loiros e olhos dourados.

Continua.....

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