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domingo, 23 de setembro de 2012

Doce amor capitulo 8

 

 



A oferta foi repetida mais por educação do que por qualquer outro motivo, percebeu Lua com o coração apertado, quando Arthur se sentou no balcão para beber o líquido fumegante sem nem ao menos olhar para ela.

Ela ficara tão fascinada pela atenção daquele homem lindo e sedutor na noite passada que não conseguiu acreditar na própria sorte quando Arthur pareceu corresponder ao interesse. Mas parecia que ela teria muito tempo para se arrepender.

A saída de Lua para não tornar a situação ainda mais constrangedora do que já estava...

— Estou indo, então — anunciou. — Eu... Obrigado pelo jantar — acrescentou de um jeito estranho.

E por tudo o mais, ela poderia ter dito, mas não disse. Depois das intimidades que eles compartilharam na noite anterior, isso seria realmente vergonhoso. Algo que pretendia jamais repetir, se a condição fosse se sentir assim na manhã seguinte.

Lua parecia um pouco intrigada com a grosseria, percebeu Arthur com certa irritação culpada depois de olhar para ela. Aqueles incríveis olhos dourados estavam alertas e arregalados, e ela ficara ligeiramente pálida diante da falta de entusiasmo dele. O que ela esperava, caramba?! Que ele faria declarações de amor eterno? Que ele diria que não poderia viver sem ela e a convidaria para acompanhá-lo a Nova York?

Droga, isso é a vida real, não um conto de fadas. E eles são adultos, não crianças românticas!

E se divertiram, mas isso era tudo.

— Vou voltar para Nova York ainda hoje — disse-lhe Arthur, distraidamente. — Mas eu ligarei para você — acrescentou, sabendo que não pretendia fazê-lo.

Arthur jamais deveria ter se envolvido com uma funcionária, por isso certamente não pretendia se encontrar com Lua Blanco fora do expediente nunca mais.

Até porque ele sabia que, caso se encontrasse com Lua fora da galeria, eles acabariam na cama, mais uma vez. Mesmo agora, olhando para o biquinho macio daquela boca, para aqueles cabelos loiros e para as sinuosas curvas do corpo sob a blusa, Arthur sentiu uma rajada de desejo, uma ânsia sobre a qual estava totalmente determinado a não fazer nada.

Lua, por sua vez, percebeu com pesar que estava mesmo sendo dispensada. Ela não era tão ingênua a ponto de não saber que, quando um homem diz que vai ligar depois de uma noite daquelas, sem nem ao menos perguntar o número de telefone, significava que ele não tinha a menor intenção de entrar em contato com ela!

Claro que Arthur era um pouco diferente e podia, se quisesse, obter o telefone de Lua com o Departamento Pessoal da galeria. Mas ela não achava que ele fosse fazer tal coisa.

A emoção de jantar com ele na noite passada e das horas que passaram juntos fazendo amor para depois ser dispensada logo de manhã foi a experiência mais humilhante de toda a vida de Lua.

Ela estava demorando demais para sair dali!

Continua.....

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