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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

4º Capitulo de Love comes when you least expect‏





Lua e Bernardo!!!!



Fomos até a Trekos&Cia a sorveteria da cidade, não estava muito quente, mas era domingo, e domingo é dia de sorvete, para nós e para toda a cidade. A TC ( Trekos&Cia carinhosamente apelidada) era o único lugar que eu ainda freqüentava com meu irmão,além do shopping, mas depois que ele começou a namorar, nem isso mais fazíamos, então só me restava encontrar os amigos dele. Os meninos estavam tocando, eles tinham uma certa faminha pela banda deles, e eu apenas por ser bonitinha ( Pedro jogava isso na minha cara) e saber dar festas, é claro. Peguei minha carteira e pedi sorvete de morango sem calda ( não estou para doces hoje ) e me sentei em uma mesa junto com a meninas, só então reparei como os meninos tocavam bem, e que eram merecedores dos aplausos que receberam. Assim que a banda parou me concentrei em meu sorvete, enquanto as meninas falavam qualquer besteira com a Pérola e o Felipe.
 - Esse lugar ta ocupado? – Ouvi uma voz e reconheci Bê apontando para a cadeira ao lado da Pérola, Logo Chay veio e se sentou na ponta. Mica se sentou entre Mel e Sophia. Vi Arthur vindo, o único lugar que restava era ao meu lado, comecei a suar frio, e vi seu sorriso de canto que eu passei a amar, tornei a atenção ao meu sorvete, que já derretia, senti um ar quente do meu lado e pude vê-lo sentado rindo de alguma coisa que alguém falou, eu sorri.
 - Muito boa a festa ontem, Luh – ele nunca me chama de Luh, era sempre Lua ou Blanco.
 - Obrigada – e com isso eu corei, sim, eu corei!
Deixei minhas fantasias de lado para elogiar a banda dos meninos.
 - Cara o som de vocês é demais – falou Felipe para Micael.
 - Muito bom mesmo – concordei.
 - Caraca Arthur, estamos bem mesmo, a rainha do not touch me nos elogiando – disse Chay.
 - Shiu, que ontem você tava com a princesa do not touch me ok? – falei e todos começaram a rir, Arthur me olhou pude sentir seus olhos sobre mim.
  - É difícil uma garota sair assim na rua – ele sussurrou no meu ouvido, no inicio me senti ofendida, eu amo minha camiseta do Beatles.
  - Ei, não fala da minha camiseta do Beatles – bati no braço dele.
  - Ai – e riu. Ficamos até umas 18 assim, conversando e rindo, Sophia Chay se pegando. Bê e Felipe apostando quem come mais sorvete, Mel e Micael apenas comendo e eu e Arthur nos olhando e falando sobre coisas que amamos.
  - SÉRIO, EU AMO química – falei química baixinho, pois sabia que ele me chamaria de louca.
  - FALA SÉRIO, QUIMICA LUH? – ele falou meio rindo – EU ACHO HISTÓRIA MUITO MELHOR! – e eu ri.
- Here comes the Sun era o toque do meu celular até ontem – confessei e ele pegou minha mão.
 - ESSE É O MEU TOQUE GIRL! – e fez um hive Five com as nossas mãos, estremeci com seu toque e pude sentir ele recuar, continuamos conversando, e agora já passava das 19.
 - Tenho que ir – falou Mel que estava quieta até agora, foi ai que me lembrei de ontem, Arthur e Mel, eu não deveria estar  fazendo isso, eles estavam  juntos não estavam?
 - Arthur, porque você não acompanha a Mel? – perguntei e ele me olhou confuso
 - Ta me expulsando baixinha? – fiz cara de indignada e ele riu – o Mica leva – gritou e voltou a me olhar e sussurrar em meu ouvido, ele tinha que perder essa mania, ou eu ia enlouquecer HAHA – Ele ta afim dela – fiz cara de pânico, era assim? Um troca troca? Eu não sabia se avisava a Mel, não ia dar tempo. Respirei fundo.
 - mas ontem vocês.. – comecei e ele colocou o dedo na minha boca.
- Shh – e me puxou pela mão – A gente já volta – Falou pro Bê que me olhou com uma cara de quem diz “ Não vai” eu apenas sorri amarelo para ele, Arthur me levou para uns bancos que tinham no estacionamento atrás do TC.
 - Ontem eu falei com ela – ele começou ainda segurando a minha mão – para ajudar o Mica, ele é meio devagar, sabe? – ele me olhou como quem pedisse permissão.
  - não é só ele.. – sussurrei baixo, mas não o suficiente para que ele não escutasse.
  - Que? – ele perguntou rindo de canto.
  - Nada – dei o mesmo sorriso amarelo.
  - Sabe de uma coisa – ele me puxou e passou o braço envolta de meus ombros – eu nunca pensei que nós poderíamos ter uma conversa – ele riu – mas agora até que eu gosto – eu ri junto.
   - idiota – falei rindo.
 - eiii – ele disse fingindo indignação, encostei a cabeça em seu peito – o Bernardo sempre falava da princesa – ele riu irônico – eu achava tudo baboseira – ele disse e me apertou ainda mais – mas agora eu sei que ele tem razão pequena.
Sorri e dei um beijo na bochecha dela, voltamos para dentro de mãos dadas, senti o olhar do Bê sobre elas, e tentei soltar, mas Arthur não deixou.
 - Tenho que ir para a casa – falei pro pessoal e dei um beijo em cada um que ainda estavam ali: Chay, Sophia, Bê e Pérola.
 - Eu te levo princesinha – Bê disse sorrindo para mim, retribui e peguei minha bolsa, dando um beijo em na bochecha de Arthur que me puxou para um abraço. Sorri com aquele perfume, e voltei para a casa com Bê.
   - Luh – ele me chamou pelo apelido,  coisa rara – você e o Arthur não...? – ele nem precisou terminar a frase.
  - NÃO – falei rindo, e ele me abraçou de lado.
  - Eu tremi so de pensar que ele podia estar com você – Bê falou e eu parei.
  - Porque Bernardo? – perguntei já irritada, ele não podia querer mandar na minha vida!
  - ELE NÃO É BOM PRA VOCÊ LUH! – ele gritava na meio na rua – EU CONHEÇO O ARTHUR! ELE VAI QUERER TE PEGAR E PARTIR PRA OUTRA! ELE NÃO TA APAIXONADO! – eu gelei,eu estava? Eu estava apaixonada pelo Arthur? Não podia..
  - PRA SUA INFORMAÇÃO, EU NÃO ESTOU APAIXONADA! – um trovão, e uma chuva, para melhorar meu dia – E SE ELE QUISER ME PEGAR – falei em tom de deboche – E DEPOIS PATIR PRA OUTRA – eu engoli o choro – EU FAÇO O MESMO!.
  - ta vendo princesa? – ele se acalmou, mas eu não – você ta apaixonada pelo mais canalha – agora ele parecia falar sozinho – você sempre teve todo o amor, o tempo todo, pra que? – ele chorava.
  - O que? – perguntei confusa.
  - Ah não venha se fazer de sonsa – ele disse, e eu continuei a olha-lo sem entender – EU TE AMO, EU SEMPRE TE AMEI – ele sentou na calçada, e fiquei com uma expressão de surpresa, deixei uma lagrima cair, eu sempre confiei nele como um irmão, e no fim, todos estavam certos, ele gostava mais de mim do que eu pensava. Sentei-me ao lado dele.
  - Luh – ele me chamou com a voz serena – desculpa – ele fungou – eu estava nervoso.
  - isso que você me falou – eu o olhei no olho – isso de – ele assentiu – é verdade? – outro lagrima, ele pareceu pensar.
  - Quer mesmo saber? – eu assenti – eu te via todo o dia, sorrindo, e meu coração disparava, quanto teu irmão veio conhecer a banda – ele respirou – eu vi a chance de te conhecer – ele sorriu – você usava um vestido preto soltinho, e seu cabelo tava preso em um coque mal feito – ele riu de novo – eu cheguei na sua casa e você me olhou com cara de deboche – ele abaixou a cabeça – eu fiquei com medo de nunca falar com você, mas ai teve aquele dia que faltou luz, e seu irmão foi comprar pizza, você sozinha e com medo, os caras diziam para alguém ir falar contigo, na verdade, o Arthur dizia, e eu fui e te vi chorando por aquele seu namorado de merd* - ele socou a própria perna – eu disse: Não chora princesa e você deu aquele sorriso para MIM – ele sorriu – foi ai que eu soube que sempre te amaria Luh, cada detalhe em você, suas manias, seus gostos, eu sei todos de cor- era a pura verdade, o Bê sempre foi meu melhor amigo, sabe tudo de mim, sempre me apóia, está sempre comigo, pra qualquer coisa, e de um jeito ou de outro, eu amo ele – e eu vivi esperando a chance de ver seu sorriso apaixonado para mim, eu vivia querendo namorar você ,eu viv.. – eu o interrompi.
Autora: Letícia Martin

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