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domingo, 27 de janeiro de 2013

Jogos do amor capítulo 38





- Está bem, Lua?
Virei o tronco. Era Arthur, claro!
- Aquele depósito de lixo devia ver por onde anda – brincou Arthur. Ele manteve uma cara séria, mas o pequeno tremor em sua voz deixou escapar um começo de gargalhada.
Comecei a pedalar vagarosamente ao lado dele, pois, se saísse correndo do jeito que queria, as coisas só ficariam piores.
- Como foi o seu final de semana? - perguntei educadamente.
- Bem - ele respondeu. - E o seu? Fez alguma coisa interessante?
- Ahã. Gastei um tempão no telefone - falei, olhando para ele.
- Eu também - ele disse, enquanto seus olhos escorregavam para encontrar os meus. Mas eu nunca admitiria que havia empurrado todas aquelas garotas ofegantes para cima dele. Com relutância, desci de modo desajeitado da bicicleta e passei a andar, empurrando-a entre nós dois.
- Escute, Lua - Arthur levantou a mão e, por um instante, pensei que ele iria colocá-la sobre a minha. Então, repousou-a sobre a outra extremidade do guidão, passando a empurrar a bicicleta comigo. - Sinto muito pela sexta-feira à tarde. Sinto muito pelo que disse sobre você, Pérola e o Ovos Mexidos. Não é da minha conta.
- Tudo bem - disse calmamente. Não estava mais com raiva dele. - Eu também sinto muito.
- Pelo quê? - perguntou. E me pareceu uma pergunta sincera.
- Por continuar fazendo perguntas quando você já tinha deixado claro que não estava a fim de responder.
- Ah - falou -, pensei que era por ter dado o meu telefone para todas aquelas garotas e dito a elas quanto eu adorava responder perguntas pessoais.
Minha boca ficou ligeiramente entreaberta. Ele riu. Nessa hora, esticou o braço e colocou sua mão sobre a minha, apertando-a.
- Amigos?

Continua.....

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