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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Escrava Sexual CAPÍTULO 08 Parte 2


CAPÍTULO 08 Parte 2 - CARLA



Lua pareceu relutar e mordeu os lábios. 

- Não confia em mim, Lua? 

- Que merda... Confio. 

Pegou o celular e discou. Assim que atendeu Lua já foi logo avisando. 

- Carla, não grita. Pode falar agora? 

- Estou bem, Carla. Não... Esquece isso. Estou sendo... 

Ela me olhou analisando o que diria. 

- Muito bem tratada. 

- Carla, escute. Ele... O... A pessoa que está comigo quer falar com você. 

- Não, Carla. Não é resgate. Ele precisa apenas conversar com você. Poderia fazer isso por mim? 

Depois da resposta Lua se dirigiu a mim. 

- Quando, Arthur? 

- Hoje à tarde. 

Informei onde gostaria de me encontrar com ela. Lua deu as informações. 

- Não diga nada ninguém, Carla. Nem à Soph. E não se preocupe. Ele não é... Má pessoa. 

- Obrigado. 

Foi tudo o que consegui dizer quando ela me devolveu o aparelho. 

- Eu ficarei sozinha então? 

- Será muito ruim pra você? 

- Não gosto de ficar sozinha. 

- Tentarei ser o mais breve possível. Não precisa temer. Está segura aqui. 

- Não tenho medo disso. Apenas não gosto de estar só. Eu já... Me acostumei com você por perto. 

Eu ri e a abracei. 

- Eu preciso fazer isso, Lua. Ou irei enlouquecer. 

- Eu sei, Arthur. Não se preocupe comigo. 

Também não me agradava muito o fato de deixá-la sozinha. Sabia que estava segura ali, mas mesmo assim eu queria estar perto dela. No entanto eu precisava tirar essa história a limpo. Se Carla realmente estivesse viva, então meus motivos para ter ódio daquele homem triplicavam. Eu estava muito ansioso e mal consegui almoçar. E assim que terminamos eu me preparei para sair. 

- Há vários filmes ai, CDs. Tente se distrair um pouco. 

- Que tipo de filme? 

Lembrei-me do que coloquei para ela assistir da primeira vez e entendi o porquê da pergunta. 

- Não se preocupe. Nada de cunho sexual. 

- Não me importaria se fosse... Só não gostaria... 

Seu rosto ficou vermelho. 

- Diga. 

- Não gostaria que você fosse o ator. 

Abracei seu corpo com força. Era impressão minha ou Lua também tinha algum sentimento por mim? 

- Eu posso ser o ator, desde que contracene com você, bebê. 

Ela deu um sorriso tímido. Despedi-me dela com um beijo. 

- Eu volto logo. 

Enquanto estava no jatinho eu pensava em como eu estava encrencado. Eu não imaginava que Lua seria assim... Tão fogosa. E que me deixaria louco de desejo por ela. O pior de tudo é que a bandida gostava de tudo o que eu fazia com ela. Sorri com a lembrança das suas palavras. Eu poderia ser um dominador. Com ela até que não seria má idéia, uma vez que aceitou tudo até agora. Se bem que peguei leve com ela. Mas a encrenca maior era que eu sabia estar apaixonado por ela. Burro... Burro... Por que não ouvi os conselhos do Bernardo, do Micael, aliás, da família toda? Micael iria rolar de rir quando soubesse disso. Melhor nem comentar. Pousei o jatinho no lugar de sempre e dirigi-me ao local combinado com Carla. Usaria uma blusa branca e uma calça preta como disse a Lua. Era um pequeno café e estava vazio. Por isso não foi difícil localizá-la. Era linda, minúscula. Era ela. Eu tinha certeza. Mudou muito nesse tempo todo. Também foram dez anos. Mas eu não me esqueceria jamais dos seus trejeitos quando estava nervosa. Apertando os dedos das mãos e piscando sem parar. Parei em frente a ela. 

- Carla? 

Ela ergueu os olhos pra mim. Uma emoção intensa percorreu meu corpo. Eram os mesmos olhos doces e calorosos que eu me lembrava. Sua boca se abriu e ela olhou pra mim de cima a baixo. 

- Você... Você é o sequestrador? 

Eu ri alto e me sentei. Estendi a mão para ela. 

- Aguiar. 

Ela continuava me olhando boquiaberta. 

- Caramba... Se todos os sequestradores fossem assim. Era ela. Eu tinha certeza. 

- Imagino que seja um elogio, por isso agradeço. 

- Onde está Lua? 

- Está segura. 

- Não esta maltratando-a, está?
- Depende. Maltratar tem vários significados. 

- Não brinque comigo. O que quer de mim?

- Conversar. 

- Como posso ter certeza que Lua está bem? 

- Você a ouviu. Não parecia bem? 

Ela pareceu pensar. 

- Sim. Parecia até... Feliz. Sabia que ontem foi aniversário dela? 

- Sim. Comemoramos... À nossa maneira. 

- Como assim? 

Inclinei-me na mesa. 

- Vim pra falar de você, Carla. 

- O que quer saber? 

- Quantos anos tem? 

- Pra que quer saber? 

- Responda. 

- 20. 

- Como foi parar na casa do avô de Lua? 

- Meu Deus... O que isso tem a ver? 

Passei as mãos nos cabelos. Era sempre a mesma curiosa e insolente. Carla sempre foi assim. 

- Responda, garota. 

- Bom... Não me lembro muito bem. Meus pais... Foram mortos... Quer dizer... Nossa casa pegou fogo, mas algumas pessoas me salvaram e levaram até o Billy. 

Eu prendi a respiração. Até então a nossa história era quase a mesma. 

- Eram só você e seus pais? 

Ela balançou a cabeça. As lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto. Ela não podia ver que eu também quase chorava, uma vez que não tinha tirado meus óculos escuros. 

- Não... Tinha meu irmão. Ele era tudo pra mim. Acho que... Virou cinza. Nunca conseguiram encontrar seu corpo. 

Ela deu um soluço. 

- Ele era minha vida. Nem pude fazer um enterro pra eles. 

- E o que aconteceu depois? 

- Fui viver com Billy. E nunca mais voltei ao lugar em que vivia. 

- Como se chamavam seus pais? 

- Antony e Elizabeth. 

Minha cabeça girava. Mesmo que eu tivesse quase a certeza quando a vi, ouvir tudo assim de sua boca era demais pra mim. 

- E... Seu irmão? 


Creditos: Elly Martins - web do blog nada pode nos para 

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