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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Escrava Sexual CAPÍTULO 08 Parte 4 - CARLA







Pela primeira vez eu fiquei sem graça e senti meu rosto em chamas.
- Sim.

- Arthur... Como pode? Ela era virgem.

- Agora não é mais. E é melhor que tenha sido comigo do que qualquer um. E além do mais... Eu estava cheio de ódio, Carla.

- E como ela reagiu a tudo isso?

Não consegui evitar um sorriso safado.

- Ela gosta, Carla. Foi feita pra coisa.

- Eu te proíbo de falar assim dela.

- Tudo bem. Me desculpe.

- Carla... Vamos combinar. Dê um jeito de não desgrudar desse celular. Vou falar com meus irmãos e entro em contato de novo.

- Já está indo?

-Sim. Lua já está há muito tempo só.

- Vejo que se preocupa com ela.

- Sim. E muito.

Abraçamos-nos mais uma vez.

- Quero você de volta, Carla. E isso vai ser breve.

Milhões de coisas passavam ao mesmo tempo pela minha cabeça. Saber que Carla estava viva era o melhor presente que eu poderia ter. No entanto saber que Billy usava minha irmã como se fosse sua amante quase me despedaçou por dentro. No fundo era exatamente isso que eu estava fazendo com Lua. Quer dizer... Eu fiz no começo. Porque agora as coisas mudaram drasticamente. Eu queria me vingar dele sim, mas não mais usando Lua. Eu não podia fazer isso com ela. De repente eu me senti cansado. Cansado antes mesmo de começar uma batalha. Assim que voltei à ilha, Lua já me aguardava na varanda da casa. A curiosidade e preocupação estavam estampadas em seu rosto. Mas ela não disse nada quando me aproximei. Apenas me olhava esperando que eu tomasse a iniciativa. Sem ao menos pensar direito puxei-a para os meus braços e enterrei meu rosto em seus cabelos. Como eu não dizia nada, Lua se afastou e percebeu que eu chorava.

- Arthur... O que foi? Conseguiu falar com Carla?

Meneei com a cabeça e puxei-a pela mão.

- Vem cá...

Sentamos - nos na varanda, Lua em frente a mim.

-É ela, Lua. A irmã que eu julgava morta é a pessoa que você julgava ser sobrinha do seu avô.

- Ah, meu Deus... E agora, Arthur?

- Lua... Você fazia idéia... Quer dizer, é claro que não. Quando te trouxe pra cá você era tão inocente.

Suas bochechas ficaram rosadas.

- Do que está falando, Arthur?

- Você tinha idéia do que seu avô fazia com Carla? E também com a tal Sophia?

- Como assim, Arthur? Eu não estou entendendo.

- Carla me contou Lua. Seu avô fazia delas... Amantes dele.

- NÂO. Mentira... Isso é mentira. Meu avô nunca...

- Eu ouvi da própria Carla, Lua. Acha que ela mentiria assim?

Ela ficou um longo tempo em silêncio.

- Não. Carla nunca faria isso. É íntegra e honesta.

Depois se levantou, ficando de costas pra mim.

- Eu nem sei o que dizer, Arthur. É tudo tão horrível, tão nojento... Meu avô...

E de repente ela rompeu em lágrimas. Peguei-a nos braços, colocando-a em meu colo.

- Desculpe-me por isso, bebê. Só Deus sabe o quanto eu gostaria que isso não fosse verdade.

- Eu sei. Não é culpa sua, claro que não.

- Mas é que... Doí, sabe?

- Eu sei. Sinto muito.

Beijei seus cabelos, enquanto ela continuava agarrada à meus braços, o rosto escondido em meu peito.

- Mas pelo menos você está feliz.

- Estou, Lua. Nunca poderia imaginar minha Carla viva.

- E o que pretende agora?

- Vou tirá-la de lá, é claro.

- E depois vai me devolver?

Eu não conseguia decifrar o que via em seus olhos.

- Isso é um outro assunto. Primeiro vou conversar com meus irmãos. Pedir a ajuda deles.

- E Soph?

- Carla quer que a tire de lá também.

- Meu avô vai morrer...

- Lua...

- Não, Arthur. Se ele faz essas coisas horríveis. Ele tem que pagar.


Creditos: Elly Martins - web do blog Nada Pode Nos Parar

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