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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Escrava Sexual CAPÍTULO 08 Parte 3



CAPÍTULO 08 Parte 3 - CARLA



- Meu irmão se chamava Arthur.

Ela estava de cabeça baixa. Tirei meus óculos e olhei pra ela.

- Arthur Queiroga Bandeira.

Ela ergueu os olhos assustada ao me ouvir pronunciar meu próprio nome. Seus olhos se abriram ainda mais e sua boca se abriu. Ela arfava e pensei que teria um ataque ali mesmo.

- Meu Deus... Você... Esses olhos... É você?

Ela chorava e nessa altura eu também chorava. Levantei-me e fui ate ela.

- Arthur... Arthur...

Carla também se levantou e se atirou em meus braços.

-É você, não é? Diga que é você.

-Sou eu, bruxinha.

Ela me abraçou mais forte ao me ouvir chamando-a como antes.

- Eu jamais me esqueceria desses olhos, Arthur. E seus cabelos... Meu Deus... O que aconteceu?

Eu sorri.

- Não sei. Ficaram assim.

- Carla... Não sabe o que vivi esses anos todos, pensando que estava morta.

- Eu também, Arthur. O que aconteceu? Como escapou?

- É uma longa e triste história, Carla.

-Vamos sair daqui? Vamos a um lugar mais tranquilo.

Fomos até um parque e nos sentamos sob as árvores.

- Eu me lembro apenas dos homens me tirando da cama dos meus pais.

- Então eu cheguei depois disso. Pensei que ainda estivesse lá. Graças a Deus você não viu nada.

- Mas o quarto ainda não estava em chamas.

- Não. Eles atiraram em nossos pais primeiro, Carla.

Ela deu um grito de horror e agarrou minhas mãos.

- Eu vi tudo e fugi. Acho que nem se deram ao trabalho de ver se eu estava lá. Chegaram atirando e atearam mais fogo.

- Isso é terrível, Arthur. Mas quem... Quem fez...

Eu a olhei profundamente e acho que ela deve ter entendido.

- Por causa das terras?

- Sim.

- E como viveu esse tempo todo, Arthur.

- Fui adotado por uma família muito especial, Carla. Eu os amo muito.

- Então é por isso que está com Lua? Para se vingar?

- Sempre perspicaz, Carla.

- Coitada, Arthur. É uma boa pessoa.

- Está sendo bem cuidada, Carla. Estamos só eu e ela.

- E você? Como tem vivido naquela casa?

Ela baixou os olhos e pressenti o pior.

- Estou bem.

- Nunca soube mentir, Carla. Quero saber de tudo.

De repente ela começou a chorar de novo. Abracei-a pelos ombros.

- O que foi, pequena? Pode confiar em mim, sabe disso.

- Não... Você ficará com mais ódio e descontará em Lua.

- Claro que não, Carla. Eu... Eu gosto dela.

Ela sorriu um pouco, apesar das lágrimas.

- Gosta em que sentido?

- Nesse mesmo que está pensando. Mas falaremos sobre isso depois. Agora me conte.

- Aquele... Aquele homem é horrível, Arthur. Eu o odeio... Tenho nojo dele.

- O que ele fez a você?

- A mim e a Soph.

- Carla, por favor, sem preâmbulos, fale logo.

- Nós somos como... Como esposas dele.

Eu me levantei aturdido.

- O que?

Ela chorava incontrolavelmente.

- Ele nos adotou... Simplesmente para servirmos a ele... Na cama.

- Maldito... Maldito...

Eu esmurrava a árvore, como se aquele demônio estivesse a minha frente.

- Eu devia te-lo matado... E não me vingar usando a Lua.

Sentei-me novamente, passando as mãos nos cabelos.

- Meu Deus, estou agindo feito ele. O que eu fiz com meu bebê?

- Bebê?
Eu ri.

- É assim que eu a chamo às vezes. Carla... Eu tenho que tirar você de lá.

- Mas... Como? Arthur ele virá atrás de você.

- Ate hoje não me encontrou. Aliás, como ele está?

- Acabado. Só vive na cama agora. Parece que morreu por dentro.

- Ótimo... A próxima agora será você.

- Mas... Arthur... E Soph? Não posso abandoná-la lá.

- Pegaremos a Sophia também.

- O que irá fazer?
- Dê-me um tempo, Carla. Tenho que fazer tudo calmamente. Preciso da ajuda dos meus irmãos.

- irmãos?

- Sim. São dois. Micael e Barnardo. Irá conhecê-los. Mas no momento, Carla, por favor. Tome cuidado. Não deixe que ele perceba nada.

- Pode deixar comigo, meu irmão.

Eu sorri e a abracei de novo. Era bom demais ouvi-la me chamando assim.

- Como descobriu sobre mim? Foi Lua?

- Sim. Disse que sentia sua falta. Quando ouvi seu nome fiquei louco. Aliás eu preciso voltar logo. Não gosto de deixá-la sozinha.

- Onde estão?

- Na ilha dos meus pais.

- Ilha... Caramba. Então são muito ricos?

- Sim, somos.

- E Lua, Arthur? Como fica nessa história?

- Fui um burro por usá-la, Carla. Eu... Acho que...

Ela esperou. Já não havia lágrimas, apenas um brilho divertido no olhar.

- Acho que me apaixonei por ela.

- Eita... E agora? O que pretendia fazer com ela?

- Fiz dela minha escrava... Na cama. Ficaria com ela até engravidá-la, depois iria devolvê-la.

- Grávida? Arthur, seu maldito... Viu o que fez? Quer dizer... Estão... Transando?

Pela primeira vez eu fiquei sem graça e senti meu rosto em chamas.

Creditos: Elly Martins - web do blog Nada Pode Nos Parar

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